A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) atualizou suas projeções para a economia argentina, prevendo uma inflação anual de 250,6% para este ano, um aumento significativo em relação à estimativa anterior de 157,1% feita em novembro. Esta revisão segue as medidas iniciais implementadas pelo presidente ultraliberal Javier Milei.
De acordo com a OCDE, com sede em Paris, essa inflação colocará a Argentina no topo do ranking mundial de inflação, superando a Turquia, que tem uma projeção de inflação na faixa dos 50%.
O relatório divulgado pela OCDE nesta segunda-feira destaca uma aceleração da inflação geral no final de 2023, com um impacto considerável na inflação média anual de 2024. A inflação mensal atingiu 25,5% em dezembro de 2023, com expectativas de que permaneça em níveis similares em janeiro.
Desde sua posse, há menos de dois meses, Milei adotou políticas econômicas audaciosas, incluindo uma desvalorização de 50% do peso argentino e o início de um processo de liberalização de preços. Além disso, planeja modificar centenas de normas e leis com o objetivo de reverter a crise econômica que afeta mais de 45% da população argentina com a pobreza.
O Congresso da Argentina está debatendo um conjunto de reformas ultraliberais propostas por Milei.
A OCDE prevê que a elevada inflação e o ajuste fiscal significativo resultarão em uma contração do PIB argentino em 2024, seguida por uma recuperação no crescimento em 2025, à medida que as reformas começarem a ter efeito.
A organização projeta uma recessão mais profunda para este ano, com uma contração do PIB de 2,3%, e um crescimento de 2,6% do PIB em 2025, quando a inflação deverá ser de 64,7%.
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