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Milei admite que pretende governar por decretos

Recentemente, o Presidente argentino twittou sobre a inflação, dizendo: “A inflação é um fenômeno monetário que ocorre quando há um excesso de oferta de dinheiro, o que faz com que o poder de compra da moeda caia, provocando o aumento de todos os preços expressos em unidades da moeda local”. Ele sugeriu que, se as […]

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Reuters/Agustin Marcarian - Via EBC

Recentemente, o Presidente argentino twittou sobre a inflação, dizendo: “A inflação é um fenômeno monetário que ocorre quando há um excesso de oferta de dinheiro, o que faz com que o poder de compra da moeda caia, provocando o aumento de todos os preços expressos em unidades da moeda local”. Ele sugeriu que, se as contas forem feitas corretamente, é possível ver uma luz no fim do caminho.

Milei falou sobre o papel crucial do Congresso no longo prazo, um dia antes de seu discurso na abertura das sessões ordinárias do Parlamento. Ele mencionou as dificuldades que encontrou para avançar com o projeto de Lei Ômnibus e disse que espera retomar todas as reformas após as eleições intermediárias de 11 de dezembro de 2025. Ele afirmou que ainda há “3 mil reformas a serem apresentadas”.

Milei também comentou sobre a possibilidade de um levante social como resposta às políticas de seu governo. Ele divulgou uma nota do Financial Times em que disse acreditar que há “zero chances de um levante social, a menos que ocorra algum evento motivado politicamente ou haja interferência estrangeira”. Ele disse ainda que grupos de esquerda podem conspirar para sabotar governos que não compartilham de suas visões.

Em entrevista ao Financial Times, Milei disse que, dado o fracasso do debate sobre o projeto de Lei Ômnibus, ficou claro que os políticos não hesitam em prejudicar os interesses dos argentinos para preservar seus privilégios. Segundo Milei, com a atual composição do Congresso, é difícil aprovar reformas. No entanto, ele assegurou que há outras reformas que podem ser implementadas por decreto.

Finalmente, Milei admitiu que pretende governar por meio de decretos, caso não consiga aprovar as reformas propostas por seu governo no Congresso. Ele minimizou o possível impacto negativo de seu plano de ajuste, afirmando que não vê chances de um levante social. Essas declarações foram dadas antes de seu discurso para abrir as sessões legislativas.

Tudo realmente indica para um agravamento acentuado da crise política argentina. A desestabilização da Argentina traz consequências diretas para toda a região e afasta ainda mais o objetivo de integração regional, enfraquecendo o polo latino-americano globalmente, com consequências negativas a longo prazo.

Mas é internamente que se observa o prejuízo. É o prejuízo de milhões de argentinos terem que lidar com uma das maiores altas dos preços da história e nenhuma perspectiva de melhora, pelo contrário, a perspectiva é de acentuação da crise.

Fonte: Página 12

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