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Ufa! Inflação recua em março

Ufa! Aparentemente, o susto inflacionário, que assustou consumidores e o governo no primeiro bimestre, já passou, e os números de março recuaram. A “prévia” da inflação de março, ou seja, o índice IPCA-15 do IBGE, que mede a inflação no mês até o dia 15 (mas usando também um período de 30 dias), registrou um […]

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Divulgação

Ufa!

Aparentemente, o susto inflacionário, que assustou consumidores e o governo no primeiro bimestre, já passou, e os números de março recuaram.

A “prévia” da inflação de março, ou seja, o índice IPCA-15 do IBGE, que mede a inflação no mês até o dia 15 (mas usando também um período de 30 dias), registrou um importante declínio, ficando em 0,36%.

Em fevereiro tinha sido de 0,78% e no mesmo período de março de 2023, de 0,69%.

Com isso, a inflação acumulada em 12 meses registrou mais uma queda, para 4,14%, o que a coloca perfeitamente da meta almejada pelo governo.

O item Alimentação e Bebidas, que exerce uma influência muito forte na política, e especialmente entre o eleitorado de baixa renda, registrou alta de 0,91% em março, sinalizando uma queda em relação aos 0,97% de fevereiro e, sobretudo, sobre os 1,53% de janeiro (que foi o motivo principal do susto).

No trimestre, porém, a inflação dos alimentos ainda permanece alta, em 3,45%, bem acima do índice geral, que foi de 1,46% no mesmo período. O principal desafio do governo Lula, neste momento, é reduzir este índice. O lado bom é que, segundo analistas, o avanço da colheita dos principais produtos agrículos deve ajudar bastante a reduzir o preço final destes produtos nas gôndolas dos mercados.

No acumulado em 12 meses, todavia, a inflação de alimentos está relativamente baixa, 3,13%, contra 4,14% para o índice geral.

Abaixo, o texto divulgado há pouco pelo IBGE, com mais detalhes:

Com impacto de Alimentação e Bebidas, IPCA-15 é de 0,36% em março

A prévia da inflação ficou em 0,36% em março, 0,42 ponto percentual (p.p.) menor que a de fevereiro, quando variou 0,78%. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91% e impacto de 0,19 p.p. no índice geral. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado hoje (26) pelo IBGE.

O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada no mesmo período em 2023. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em março. Além do grupo Alimentação e bebidas, também se destacaram os grupos Transportes (0,43% e 0,09 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,61% e 0,08 p.p.). As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,19% de Habitação.

No grupo Alimentação e bebidas (0,91%), a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%). Outros itens apresentaram queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%). A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).

No grupo Transportes (0,43%), houve queda na passagem aérea (-9,08%), que registrou o maior impacto negativo (-0,07p.p.) no mês. Por outro lado, a gasolina (2,39%) teve o maior impacto positivo (0,12 p.p.). Em relação aos demais combustíveis (2,41%), houve alta nos preços do etanol (4,27%), enquanto o gás veicular (-2,07%) e o óleo diesel (-0,15%) registraram queda. O subitem táxi apresentou alta de 0,61% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (6,04%), a partir de 8 de fevereiro.

Ainda em Transportes, a variação do ônibus intermunicipal (0,71%) foi influenciada por reajustes no Rio de Janeiro (6,69%), a partir de 24 de fevereiro; e em Curitiba (6,41%), a partir de 5 de fevereiro. No subitem trem (-1,00%), houve redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro (-2,20%), a partir de 2 de fevereiro.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,61%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,73%) e pelos itens de higiene pessoal (0,39%).

No grupo Habitação (0,19%), no resultado do gás encanado (-0,35%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados a partir de 1º de fevereiro: no Rio de Janeiro (-0,65%), redução média de 1,30%; e em Curitiba (-1,20%), redução de 2,29%.

Belém tem o maior avanço e Goiânia, o menor

Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi registrada em Belém (0,74%), por conta das altas do açaí (18,87%) e da gasolina (1,96%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,14%), que apresentou queda nos preços do automóvel usado (-3,19%) e das carnes (-1,02%).

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Jhonny

26/03/2024 - 13h09

Basta ir ao mercado para ver claramente que este numeros sao invençoes.


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