CNJ: Lava Jato fez negociação espúria com os EUA para garantir milhões da Petrobras

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Um relatório da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado por Andréia Sadi, do G1, revela irregularidades na 13ª Vara Federal de Curitiba durante a Operação Lava Jato.

O documento, elaborado pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, expõe uma “negociação paralela” entre os procuradores da Lava Jato e autoridades dos Estados Unidos, relacionada a uma multa de US$ 853,2 milhões imposta à Petrobras pelo governo americano.

Segundo o relatório, 80% dos recursos da multa, que totalizam R$ 682 milhões, foram destinados ao Brasil e depositados pela Petrobras em 2019.

A juíza Gabriela Hardt, então à frente da 13ª Vara, determinou que o montante fosse aplicado em uma fundação controlada por membros da Lava Jato. Essa decisão foi posteriormente contestada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), que bloqueou os recursos.

O documento critica as ações da Lava Jato, caracterizando-as como uma transformação do combate à corrupção em um benefício para interesses privados, em uma prática que Salomão classifica como “cash back”.

Além disso, o relatório aponta que a cooperação internacional que possibilitou às autoridades americanas investigar irregularidades na Petrobras não foi conduzida conforme a legislação brasileira, e as informações obtidas pelos Estados Unidos não foram devidamente compartilhadas com as autoridades brasileiras.

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