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Bomba! Antes do assassinato de Marielle, milícia já monitorava políticos do PSOL

Ronnie Lessa, em delação homologada pelo STF, revelou que a espionagem do PSOL não se limitava a Marielle Franco, mas incluía outros membros do partido. Em depoimento à PF, Lessa detalhou como os irmãos Brazão infiltraram Laerte Silva de Lima e sua mulher, Erileide Barbosa da Rocha, no PSOL. Ambos eram “braços armados” da milícia […]

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Domingos Brazão, um dos mandantes do assassinato de Marielle

Ronnie Lessa, em delação homologada pelo STF, revelou que a espionagem do PSOL não se limitava a Marielle Franco, mas incluía outros membros do partido. Em depoimento à PF, Lessa detalhou como os irmãos Brazão infiltraram Laerte Silva de Lima e sua mulher, Erileide Barbosa da Rocha, no PSOL. Ambos eram “braços armados” da milícia de Rio das Pedras.

“O Domingos [Brazão], por exemplo, não tem papas na língua. Ele simplesmente fala que colocou um espião no PSOL, no partido da Marielle. E o nome desse espião seria Laerte, que é uma pessoa do Rio das Pedras, que depois eu soube se tratar de um miliciano”, declarou Ronnie. Além de Marielle, Lessa mencionou Marcelo Freixo, Renato Cinco e Tarcísio Motta como alvos de interesse. “Não somente em relação à Marielle. Ele falava sempre do Marcelo Freixo. Falava do Renato Cinco. Tarcísio Motta… Falava dessa pessoa. E demonstrava, assim, um interesse diferenciado por essas pessoas, pelas pessoas do PSOL.”

Em entrevista ao Fantástico, Freixo chamou Lessa de “psicopata” e criticou a relação entre crime, polícia e política no Rio de Janeiro. “Ronnie Lessa é um psicopata. É uma pessoa sem qualquer respeito à vida. Quantas pessoas ele matou antes da Marielle? A psicopatia dessa pessoa, bem como sua covardia, se somam a um Rio de Janeiro onde crime, polícia e política não se separam.”

Detalhes da delação de Lessa foram divulgados pelo Fantástico, onde ele admitiu pela primeira vez ter cometido os assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Em duas horas de depoimento gravado, Lessa revelou os mandantes, o que receberia pelo crime e o destino da arma usada em 14 de março de 2018.

Laerte e Erileide se filiaram ao PSOL em abril de 2017, e foram expulsos do partido em dezembro de 2020. O PSOL declarou que sua real atuação era conhecida desde meados de 2019, mas as iniciativas para sua expulsão estavam sob investigação. “Os fatos mostram que as milícias não possuem limites em sua atuação criminosa e contam, por muitas vezes, com o apoio de agentes do Estado, quando eles próprios não o são”, disse o partido em nota.

“O PSOL segue na luta por justiça até que todos os envolvidos no assassinato de Marielle e Anderson sejam julgados e condenados.”

Lessa também afirmou que Laerte pode ter “enfeitado o pavão” e levado os irmãos Brazão a superestimar as ações políticas da parlamentar. Segundo o relatório da PF, isso poderia explicar a reação exacerbada de Chiquinho contra um assessor de Marielle após ela se opor a um projeto de lei na Câmara do Rio. O projeto de flexibilização de regras de regularização fundiária na Zona Oeste mirava áreas de interesse da família Brazão e foi votado contra por toda a bancada do PSOL.

Laerte foi preso em 2019 na Operação Intocáveis e solto em 2020, mas voltou a ser preso no final de 2023. Ele era um dos principais responsáveis pelo recolhimento e repasse de taxas da milícia de Rio das Pedras e atuava no ramo de agiotagem. Segundo o Ministério Público, um endereço na Estrada de Jacarepaguá, nº 3145, era considerado um “escritório” da organização.

Com informações do G1

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