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Nova pesquisa aponta queda histórica na aprovação de Trump

Seis meses depois da posse, Trump amarga o pior índice de aprovação do segundo mandato e vê apoio independente ruir Seis meses após assumir o cargo pela segunda vez, o presidente Donald Trump vê sua taxa de aprovação despencar para 37%, o menor índice registrado durante seu segundo mandato e apenas um pouco acima do […]

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Com a inflação pesando no dia a dia, sete em cada dez americanos desaprovam a condução econômica do governo e exigem mais ação.
Apesar de avanços legislativos, a popularidade de Trump cai, especialmente entre independentes que rejeitam o foco em tarifas e cortes sociais.

Seis meses depois da posse, Trump amarga o pior índice de aprovação do segundo mandato e vê apoio independente ruir


Seis meses após assumir o cargo pela segunda vez, o presidente Donald Trump vê sua taxa de aprovação despencar para 37%, o menor índice registrado durante seu segundo mandato e apenas um pouco acima do pior resultado de toda a sua trajetória presidencial — quando atingiu 34% ao final do primeiro governo. Os dados são do mais recente levantamento Gallup, realizado entre os dias 7 e 21 de julho, pouco tempo depois da sanção da chamada One Big Beautiful Bill Act, em 4 de julho.

A queda é significativa: desde o início da nova gestão, em jaFneiro, a aprovação de Trump entre os adultos dos Estados Unidos recuou dez pontos percentuais. Entre os eleitores independentes, grupo considerado crucial para o equilíbrio político do país, a rejeição foi ainda mais acentuada. A avaliação positiva caiu 17 pontos, chegando a 29% — o menor patamar já registrado em qualquer fase dos dois mandatos.

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Apesar da retração, o apoio dos republicanos permanece sólido, com cerca de 90% dos filiados à legenda avaliando positivamente o trabalho do presidente. Já entre os democratas, a aprovação segue na casa dos dígitos simples, mantendo-se historicamente baixa.

O novo ciclo de popularidade de Trump começou semanas após a aprovação da polêmica One Big Beautiful Bill Act, uma legislação que concentra diversas prioridades do presidente: redução de impostos para pessoas físicas e empresas, aumento de gastos com segurança nas fronteiras, defesa nacional e produção energética. Para financiar essas medidas, o projeto corta verbas destinadas a programas sociais como Medicaid e o auxílio-alimentação SNAP (Supplemental Nutrition Assistance Program).

Apesar de ter sancionado uma das agendas mais ambiciosas de sua segunda gestão, Trump enfrenta resistência popular em praticamente todas as frentes de atuação. Em relação ao desempenho diante de temas nacionais e internacionais, os números seguem negativos. A única área com avaliação ligeiramente melhor é o manejo da situação com o Irã, com 42% de aprovação. Logo atrás vem a diplomacia internacional (41%), imigração (38%), economia (37%), conflito entre Israel e Palestina (36%) e comércio exterior (36%). As piores avaliações foram registradas na gestão do orçamento federal (29%) e na crise na Ucrânia (33%).

Curiosamente, exceto pelo caso do Irã — que não havia sido mensurado anteriormente durante o segundo mandato — todas as outras áreas mostram quedas em relação ao início do ano. O orçamento federal, por exemplo, apresentou uma redução de 14 pontos, enquanto imigração e Ucrânia caíram oito pontos cada.

Entre os republicanos, há um consenso quase unânime sobre o bom desempenho de Trump. A diplomacia internacional lidera com 93% de aprovação. Exceto pela Ucrânia, com 70%, os demais temas variam entre 81% e 88% dentro do partido. Já os democratas concedem, no máximo, 12% de aprovação — no caso da Ucrânia — e as demais avaliações estão na casa dos dígitos unitários. Entre os independentes, a aprovação máxima é de 36%, também na questão do Irã. Na gestão orçamentária, esse número cai para apenas 19%.

Comparação histórica não é favorável

A média de aprovação de Trump no segundo trimestre deste ano (abril a julho) foi de 40%. Esse índice se assemelha ao registrado durante o mesmo período de seu primeiro mandato (39%), mas está bem abaixo da média histórica dos presidentes eleitos após a Segunda Guerra Mundial. No geral, a marca para esse trimestre costuma ser de 59%. O único outro presidente a ficar abaixo da metade foi Bill Clinton, em 1993, com 44%.

Na comparação com outros presidentes que cumpriram dois mandatos, Trump também aparece em posição delicada. Richard Nixon, em 1973, teve uma aprovação de 44% durante o escândalo Watergate — a mais próxima da atual. Barack Obama e George W. Bush também ficaram abaixo dos 50% no segundo trimestre de seus respectivos segundos mandatos. Já Dwight Eisenhower, Ronald Reagan e Bill Clinton obtiveram aprovações majoritárias em momentos equivalentes.

Índice de simpatia também recua

O percentual de americanos que veem Trump de forma favorável também caiu. De 48% logo após sua posse, em janeiro, o índice desceu sete pontos e chegou a 41%. Entre os republicanos, a aprovação segue estável em 93%. Já entre os democratas, ela permanece baixa, em torno de 4%, sem grandes variações desde o início do ano. Entre os independentes, houve uma redução expressiva: de 47% em janeiro para 34% agora.

Ao fechar o segundo trimestre de seu segundo mandato, Donald Trump pode comemorar a aprovação de grande parte de sua agenda política. No entanto, a aceitação popular não acompanhou os avanços legislativos. Fora o núcleo republicano, poucos americanos parecem satisfeitos com a forma como o presidente tem conduzido os negócios do país. Com uma avaliação que bate o recorde negativo do primeiro governo e desempenho fraco em temas essenciais como economia e imigração, o caminho para uma recuperação política ainda parece longo.

Trump enfrenta queda de popularidade após seis meses de mandato; deportações e economia dividem opinião pública

Seis meses após assumir o cargo pela segunda vez, o presidente Donald Trump vê sua popularidade despencar, dividindo a opinião pública entre sua base de apoio inabalável e o restante do país, que demonstra crescente insatisfação com sua gestão. Apesar de ter aprovado grande parte de sua agenda legislativa, o desgaste político se intensifica, especialmente em temas como imigração e economia — áreas que, segundo pesquisa da CBS News, preocupam cada vez mais os eleitores.

Foco em deportações divide opinião

Um dos pilares da política de Trump desde o início do segundo mandato tem sido o endurecimento das políticas de imigração, com ênfase na deportação de imigrantes. No entanto, a popularidade desse programa vem se deteriorando à medida que os americanos percebem quem está sendo afetado.

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A pesquisa indica que, embora o programa de deportação tenha contado com apoio majoritário no início do mandato, essa maioria já não existe mais. Hoje, o índice de aprovação é ligeiramente negativo, sustentado quase que exclusivamente por republicanos e eleitores do movimento MAGA (Make America Great Again).

O que mais preocupa os americanos é a percepção de que o governo não está focando sua ação em criminosos perigosos, como prometido, e sim deportando um número maior de pessoas do que o esperado. Além disso, há uma rejeição crescente ao uso de centros de detenção, com a maioria dos entrevistados desaprovando a forma como esses espaços estão sendo utilizados.

Os hispano-americanos, em particular, relatam que os latinos estão sendo mais visados em operações de fiscalização, o que eles consideram injusto. Essa percepção tem impacto direto na aprovação tanto do programa de deportação quanto do próprio presidente Trump entre esse grupo. Enquanto em 2024, na reta final da campanha, Trump conquistou a aprovação de metade dos hispânicos, hoje esse número caiu para um terço.

Apesar disso, uma parcela significativa dos americanos reconhece que as políticas de Trump reduziram as travessias irregulares na fronteira. Ainda assim, a avaliação negativa sobre a imigração parece estar mais ligada ao modo como o governo lida com os imigrantes já presentes no país do que à atividade na fronteira em si.

Economia e tarifas em foco

Enquanto o debate sobre imigração se acirra, outro ponto crítico da agenda de Trump também enfrenta resistência popular: a economia. A maioria dos americanos continua preocupada com os preços dos produtos e serviços, e espera que o governo tome medidas mais efetivas para combatê-los.

Sete em cada dez entrevistados afirmam que o governo não está fazendo o suficiente para reduzir os preços. Paradoxalmente, Trump tem dado mais atenção a tarifas — uma política que a maioria dos americanos desaprova. Isso coloca o presidente em rota de colisão com a opinião pública, que vê a inflação como um dos principais problemas do país.

A desaprovação de Trump em relação à inflação chegou a quase dois terços dos entrevistados — o maior índice negativo de sua gestão até agora. Além disso, pela primeira vez, a maioria diz que o governo está se concentrando demais em cortar gastos, o que pode afetar programas sociais importantes para muitos cidadãos.

Lei “One Big Beautiful Bill” divide opiniões

Uma das conquistas mais ambiciosas da administração Trump foi a aprovação da chamada One Big Beautiful Bill Act, uma legislação que reúne diversas prioridades do presidente, como redução de impostos e aumento de gastos com segurança e defesa. Para financiar essas medidas, porém, o projeto corta verbas de programas sociais como Medicaid e o auxílio-alimentação SNAP.

A recepção da população à lei tem sido negativa. Seis em cada dez entrevistados desaprovam a legislação, com a maioria acreditando que ela beneficiará os mais ricos e prejudicará os mais pobres. A parcela da população que vê vantagens para a classe média ou trabalhadora é minoritária.

Apesar da divulgação governamental, muitos americanos ainda desconhecem os detalhes da lei, o que indica que o governo terá um longo caminho pela frente para convencer o público de que a medida é benéfica para todos.

Caso Epstein não afeta base de apoio

Enquanto isso, o presidente tem enfrentado críticas em torno da liberação de documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein. No entanto, a pesquisa indica que esse assunto não tem grande impacto sobre a avaliação geral de Trump, especialmente entre sua base de apoio.

A maioria dos republicanos e eleitores MAGA continua aprovando fortemente o desempenho do presidente, principalmente em questões de imigração. Ainda que alguns membros do partido expressem insatisfação com a forma como o governo está lidando com o caso, o tema não é considerado prioritário para a avaliação da presidência.

Por outro lado, uma parcela significativa da população — incluindo democratas, republicanos moderados e eleitores independentes — acredita que os arquivos devem ser divulgados, com a suspeita de que contenham informações comprometedoras sobre figuras poderosas.

Aprovação geral continua em queda

Com tantos desafios internos e externos, a popularidade de Trump segue em queda gradual, mas constante. Hoje, sua taxa de aprovação se aproxima dos 40%, patamar em que permaneceu durante boa parte de seu primeiro mandato. A estrutura por trás desse índice negativo é semelhante: forte apoio entre os republicanos e rejeição majoritária entre os demais grupos.

A pesquisa CBS News/YouGov foi realizada com uma amostra nacionalmente representativa de 2.343 adultos americanos entrevistados entre os dias 16 e 18 de julho de 2025. A margem de erro é de ± 2,5 pontos percentuais.

Apesar de avanços legislativos importantes, como a aprovação da One Big Beautiful Bill Act, o segundo semestre do segundo mandato de Donald Trump é marcado por uma crescente insatisfação popular.

A política de deportações, a economia e a percepção de favorecimento aos mais ricos têm afetado negativamente sua imagem junto ao eleitorado geral.

Com uma base de apoio sólida, mas um resto do país cada vez mais distante, o presidente enfrenta o desafio de reverter essa tendência em um cenário político cada vez mais polarizado.

Com informações da Gallup* e CBS News*

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