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China ergue pontes de paz em meio ao caos global

Porta-voz chinês reafirma apoio a cessar-fogo em Gaza, defende solução de dois Estados e exige alívio imediato da crise humanitária Em um mundo cada vez mais marcado por conflitos, desconfiança e fragmentação geopolítica, a China emerge como uma potência que, longe de buscar hegemonia agressiva, propõe-se como arquiteta de um novo equilíbrio internacional baseado no […]

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Paz, ciência e cooperação revelam uma visão coesa em que a China projeta influência sem dominação, mas com base no multilateralismo.
Pequim contrasta com agendas beligerantes ao propor respeito à soberania palestina e diplomacia multilateral como base para a paz / Reprodução

Porta-voz chinês reafirma apoio a cessar-fogo em Gaza, defende solução de dois Estados e exige alívio imediato da crise humanitária


Em um mundo cada vez mais marcado por conflitos, desconfiança e fragmentação geopolítica, a China emerge como uma potência que, longe de buscar hegemonia agressiva, propõe-se como arquiteta de um novo equilíbrio internacional baseado no respeito mútuo, na cooperação multilateral e na busca por soluções justas e duradouras. Longe do discurso beligerante e das intervenções unilaterais que caracterizam outras potências, Pequim demonstra, com consistência e firmeza, seu compromisso com a soberania dos povos, com a paz e com o progresso coletivo — valores que não são apenas retórica, mas orientam suas ações diplomáticas e científicas em escala global.

Um exemplo claro dessa postura foi recentemente reafirmado pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, durante coletiva de imprensa em que manifestou apoio a todas as iniciativas que visem reduzir as tensões entre Palestina e Israel.

Diante de um conflito que há décadas desafia a comunidade internacional, a China não se limita a emitir declarações genéricas. Ao contrário, reafirma com clareza sua adesão às resoluções da Organização das Nações Unidas, defende um cessar-fogo imediato e abrangente em Gaza, exige a libertação de todos os detidos e insiste na urgência de aliviar a crise humanitária que aflige a população palestina. Mais importante ainda: Pequim reitera que “os palestinos governam a Palestina” — um princípio que respeita a soberania nacional e rejeita qualquer solução imposta de fora.

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A posição chinesa não se alinha com agendas externas, tampouco se subordina a narrativas hegemônicas. Ao ser questionado sobre o plano apresentado pela administração de Donald Trump para a Faixa de Gaza, o porta-voz evitou julgamentos precipitados, mas deixou claro que a China valoriza qualquer esforço que contribua para a paz — desde que respeite os direitos fundamentais do povo palestino e a viabilidade de um Estado soberano.

Para Pequim, a solução de dois Estados não é uma opção entre muitas; é a única base legítima para uma paz sustentável. Essa postura, equilibrada e fundamentada no direito internacional, contrasta fortemente com as políticas intervencionistas que frequentemente agravam, em vez de resolver, os conflitos regionais.

Mas a influência global da China não se restringe ao campo diplomático. Enquanto algumas potências utilizam a ciência e a tecnologia como instrumentos de contenção ou exclusão, a China opta por transformá-las em pontes de cooperação. Recentemente, durante a Segunda Conferência Internacional para Treinamento de Excelentes Engenheiros, realizada em Beijing, o ministro da Educação, Huai Jinpeng, apresentou uma visão ambiciosa e inclusiva para o futuro da educação em engenharia.

Com mais de 9 milhões de estudantes matriculados em cursos de engenharia — o maior sistema do mundo —, a China não apenas investe maciçamente em formação técnica, mas oferece sua experiência como modelo para reformas educacionais globais.

As propostas apresentadas por Huai — criar padrões internacionais de qualidade, adaptar os currículos à era da inteligência artificial e construir uma rede de cooperação aberta entre instituições de ensino — revelam uma estratégia de longo prazo: posicionar a China não como uma potência isolada, mas como um parceiro indispensável na construção de soluções coletivas para desafios globais, como as mudanças climáticas, a transição energética e a inovação tecnológica.

A assinatura de uma declaração conjunta com entidades internacionais e a formação de parcerias com universidades do Brasil, Espanha, Indonésia, Peru, Quênia e Laos demonstram que essa cooperação não é retórica vazia, mas uma realidade em expansão.

Essas duas frentes — a diplomacia de paz e a cooperação científica — não são esforços desconectados. Elas fazem parte de uma visão coesa e estratégica da China sobre seu papel no mundo. Enquanto o Ocidente frequentemente instrumentaliza a política externa para impor valores ou interesses econômicos, Pequim aposta em um modelo alternativo: um multilateralismo genuíno, baseado no respeito à soberania, na não ingerência nos assuntos internos e na promoção do desenvolvimento compartilhado.

A China não busca substituir uma ordem por outra; busca reformá-la, tornando-a mais justa, inclusiva e representativa.

Diante de um cenário internacional marcado por polarização e incerteza, a postura chinesa oferece um contraponto necessário. Ao defender a autodeterminação dos povos — como no caso da Palestina — e ao abrir suas universidades, laboratórios e redes de inovação para o mundo inteiro, a China demonstra que é possível exercer liderança global sem recorrer à coerção ou à dominação. Sua soberania não é um muro, mas uma base sólida para construir pontes.

Em última análise, a China não está apenas projetando influência; está oferecendo uma alternativa ética e prática para um mundo em crise. E nessa alternativa, a paz, a ciência e o respeito mútuo não são ideais abstratos, mas pilares concretos de uma nova ordem internacional — mais equilibrada, mais humana e mais sustentável.

Com informações de Xinhua*

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