O mercado financeiro reduziu mais uma vez sua projeção para a inflação de 2025, aproximando-se da meta perseguida pelo Banco Central sob a gestão de Gabriel Galípolo em seu primeiro ano à frente da instituição. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13), a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,80% para 4,72%.
O novo número se aproxima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, um limite máximo de 4,5%. Embora ainda acima desse patamar, a queda indica uma tendência de desaceleração nos preços e reforça a possibilidade de o BC cumprir a meta ainda em 2025.
Segundo o IBGE, a prévia da inflação oficial de setembro registrou alta de 0,48%, puxada principalmente pelo aumento da energia elétrica. No acumulado de 12 meses, o IPCA chegou a 5,17%, mesmo após uma deflação de -0,14% em agosto. O resultado reflete a oscilação de preços e os efeitos da política monetária de juros altos mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), com a taxa Selic atualmente em 15% ao ano, projetada estável há 16 semanas consecutivas.
As expectativas para o crescimento econômico permanecem estáveis, com o Produto Interno Bruto (PIB) estimado em 2,16% para 2025, 1,80% para 2026 e 1,83% para 2027. No câmbio, o dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,43, abaixo da projeção de R$ 5,50 feita há um mês, sinalizando leve estabilidade para os próximos anos.
A redução nas expectativas de inflação representa um avanço simbólico para Galípolo, que assumiu o comando do Banco Central com o desafio de alinhar a política monetária à estabilidade de preços e ao crescimento sustentável. Caso o IPCA se mantenha ou registre nova queda, o presidente do BC poderá encerrar seu primeiro ano muito próximo de cumprir a meta, fortalecendo a credibilidade de sua gestão e abrindo espaço para a redução das taxas de juros.


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