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Negociar mandato pode ser o fim da consagração obtida por Dilma Rousseff

A direita pede impeachment; a esquerda pede abdicação; a quem aproveita? por Wanderley Guilherme dos Santos Compram-se riscos de desfecho popularmente ruinoso quando o pessoal do setor de serviços, dispondo de meios de propaganda, parece capturar a liderança ideológica do setor secundário. Por razões estritamente de mercado de trabalho e de renda, variável em limites […]

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Brasília - DF, 20/06/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para o Jornal El-País no Palácio da Alvorada. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A direita pede impeachment; a esquerda pede abdicação; a quem aproveita?

por Wanderley Guilherme dos Santos

Compram-se riscos de desfecho popularmente ruinoso quando o pessoal do setor de serviços, dispondo de meios de propaganda, parece capturar a liderança ideológica do setor secundário. Por razões estritamente de mercado de trabalho e de renda, variável em limites toleráveis, os radicais da palavra ousam apostas estratégicas, capazes que são de absorver eventuais custos do fracasso. A turma do trabalho pesado, contudo, expõe-se a custos absolutos, a saber, perda de cem por cento da renda. Há uma disparidade de custos, visível na frívola radicalidade dos repassadores de ideologia, e o cauteloso cálculo da liderança operária. O ímpeto da crônica intelectualizada alimenta-se com o sucesso de audiência, integrada por múltiplos de si próprios. Não há assembleias de analistas similares às grandes convocações sindicais. À falta de controle crítico das propostas de ação, os generais do radicalismo competem pelo aplauso inorgânico dos apaixonados, mas com renda garantida. A população da internet tem ralo compromisso com o destino das propostas, aplauso ou vaia. Nada se segue, como recompensa, além de mais aplauso ou vaia.

Surpreendentes fórmulas para substituição do poder em exercício negligenciam o detalhe de que continua em exercício um poder detém razoável capacidade bélica. No mínimo, por tempo suficiente para infligir custos irreparáveis a parte da tropa assalariada se esta, persuadida pela promessa de vitória consagradora, entregar-se a celebração antecipada. Pois a Central Única de Trabalhadores sucumbiu à pressão dos alquimistas institucionais, apoiando que Dilma Rousseff prometa o que não tem autoridade para entregar – convocar novas eleições presidenciais ou plebiscito, a moeda de troca é maleável – se o Senado restituir-lhe o mandato. Omite-se do conchavo informar quantos e quais seriam os senadores convertidos, quantos legisladores na Câmara dos Deputados, sem a qual o conchavo não funcionará, e, ainda, se não haverá pronunciamento do Supremo Tribunal Federal, ativado pelo PSDB, OAB, ou qualquer um dos agentes que se sinta espoliado.

No linguajar ideológico do século XX figurava a apostasia do “voluntarismo” quando alguma liderança escapava às “condições objetivas de luta”, tentando impor iniciativas sustentadas pelo desejo de que o sucesso estivesse ao alcance de uma greve ou de um artigo jornalístico. Ignorando a “correlação de forças”, os apressados substituíam a real distribuição de poder pela contabilidade subjetiva que, não sendo compartilhada pelos grandes números, padecia de imperdoável idealismo. Idealismo desastrado, risco atormentando os reformadores diante de escolhas urgentes. Não assim aos propagandistas da vitória-a-espera-de-um-grito, certos de que a intensidade do desejo consegue sujeitar o mundo a suas elucubrações.

Duradouras expressões de inconformismo com o governo interino de Michel Temer indicam disposição do público de aderir à demanda de retorno aos “quadros institucionais vigentes” de que falava, em 1955, o general Henrique Lott. Se, à época, cumpria garantir a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek, reivindica-se agora a restituição do mandato à presidente Dilma Rousseff, vitoriosa em 2014. O moto sincronizado de todas as manifestações tem sido “Fora Temer”, sem menção de remendos à Constituição contundida. Então, por que cargas d’água, contra a ilegal tomada do poder pelo PMDB, não basta o simples retorno de Dilma Rousseff à presidência? De onde surgiu a espaventosa ideia de novas eleições? E o que pensar do estranho enigma de exigir o retorno de Dilma Rousseff para que ela, então, convoque um plebiscito?

Mas, eis que a presidente Dilma Rousseff dispõe-se a apoiar novas eleições desde que recupere o mandato. Como assim? Se todos os movimentos pelas capitais afora recusam sua destituição do poder, a que vem abdicar em favor de novas eleições fora do cronograma previsto? Só com emenda constitucional, e quem irá convencer o Congresso, os tribunais, àqueles interesses que financiaram a campanha pelo impedimento e os jornais corrompidos? Negociar o mandato com interlocutores não autorizados pode ser o fim da consagração obtida por Dilma Rousseff. Afinal, foi por um conchavo, desmoralizando o valor do voto, que ela saiu; é assim que pretende voltar? Mau negócio.

Wanderley Guilherme dos Santos é cientista político, autor de vários livros na área. Seus artigos são publicados originalmente no blog Segunda Opinião

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Comentários

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Roberto Carlos da Silva

02/07/2016 - 10h48

Seu texto é péssimo! Você escreve de maneira incompreensível! Mude de ramo.

    Atineli

    03/07/2016 - 09h31

    Talvez vc deva aprender a ler antes de criticar o autor que certamente é mais qualificado do que você.

      Roberto Carlos da Silva

      13/07/2016 - 22h35

      ad homine?

        Atineli

        14/07/2016 - 04h16

        AD HOMINEM !!!

    Joel PinGuim

    03/07/2016 - 11h22

    Roberto Carlos é o eterno rei. “Rei da petulância”.

Caíque Pereira

01/07/2016 - 20h57

Me impressiona a INFANTILIDADE de alguns colunistas. Apenas me respondam como a DILMA poderá reverter 7 votos sem colocar em pauta o Plebiscito…algum inteligente tem uma maneira diferente ou acreditam em fadas, duendes e bruxas? Vão se catar. Outra coisa, PLEBISCITO não é eleição, é consulta.

    O Mapa Da Mina Negócios Online

    01/07/2016 - 22h46

    Exato, infantilidade é a palavra, parece coisa de D.A. de faculdade…

    Atineli

    03/07/2016 - 09h27

    O problema é que no Reino Unido o Cameron tb achou que a população saberia ver a importância de ficar na Europa. Eleições diretas como Requião quer seria ridículo pois seria endossamento do golpe. Eleições gerais através de plebiscito Dilma até poderá conduzir, como ela já explicou, desde que tenha apoio. Enfim, ela se mantém firme e não está decidindo nada sem ter como premissa básica a recuperação do seu mandato. Espero que ela se fortaleça em suas viagens nas próximas semanas.

      Caíque Pereira

      03/07/2016 - 12h51

      Recuperar o mandato é IMPRESCINDÍVEL, mas não conseguirá NADA se não tiver o compromisso CLARO de peguntar à NAÇÃO se queremos ou não eleições já.

        Atineli

        03/07/2016 - 13h08

        Sim Caique, vc tem razão. E é o que Dilma já deixou bem claro, ela não pode defender o plebiscito antes de ter o apoio do senado e todos os outros grupos políticos e movimentos sociais. E com certeza Dilma não gostaria que fosse eleições diretas presidenciais somente, ela gostaria de comandar um governo de transição até as próximas eleições que poderão ser adiantadas caso haja uma resposta de plebiscito nesse sentido. Eu particularmente acho uma estreiteza pensar que eleições diretas JÁ se aplica à uma situação de golpe. SOMENTE ELEIÇÕES GERAIS (Senado, Câmara, Executivo e tb STF) poderia propiciar as condições ideais para uma reforma política dentro de uma constituinte exclusiva. Nesse ponto Dilma está corretíssima.

Messias Franca de Macedo

01/07/2016 - 18h47

… E por que estes senadores [supostamente] desenvolvimentistas e nacionalistas exigem a moda de troca do plebiscito?
“Que negócio é este?!”
É mais um achaque contra a presidente legitimamente reeleita?
Eu afirmei ‘REELEITA’!
E nós votamos na honrada presidente Dilma Vana Rousseff para um mandato que deverá se expirar à 00:00 de 01/01/2019!

Wellington O Lima

01/07/2016 - 17h07

Temer, plebiscito, novas eleições… É tudo a mesma sopa. Sem crime é golpe.
Mandato diz até 2018. Ponto. Melhor nada que compactuar de alguma forma com golpistas nojentos.
Sou mais de irmos pra porrada logo !

    Roberto

    02/07/2016 - 18h40

    De que adianta um mandado até 2018, se a presidenta é de “Mentirinha”?

      Atineli

      03/07/2016 - 09h30

      Se ela voltar vai ter muita mudança e podes crer que de mentirinha não haverá nada. Não ficará pedra sobre pedra.

        Roberto

        04/07/2016 - 02h22

        Essa tambem era a promessa de 2014

        Roberto

        05/07/2016 - 15h35

        Essa não era a promessa de 2014??

renato andretti

01/07/2016 - 16h57

ELA VOLTA COM A FORÇA DO POVO.
NÃO ENTENDER ISTO…
È a mais pura ignorancia..
É como se quisessemos que ela tirasse a roupa de civil
e mostrasse sua roupa de hEroina , a MULHER MARAVILHA.
E nos ficassemos assistindo ela voltar..
metendo o braço em todo mundo..
ELA VOLTA com a FORÇA DO POVO!!!!!!!!!!!!!!
E a ela foi entregue o VOTO SAGRADO DOS SUPER PODERES
DO POVO (eu tambem)..
E ela pode fazer o que achar que esta certo…
VOLTA DILMA, É DIFICIL ESTAR NO SEU UNIFORME SE SUPER HEROI..
OS QUE VOTARAM EM VOCE, SÃO A KRIPTONITA QUE VOCE
TEM QUE CARREGAR.

    Pinheiro CFC

    01/07/2016 - 18h14

    Em qual mundo você esta. “Força do povo”, que povo? Saia da casinha, Dilma não tem apoio nenhum(alias, nunca teve) os votos foram todos para o Lula, você ha de convir. Agora com o Lula todo queimado, ele mesmo não consegue nem 20% dos votos(faça a soma dos ainda existentes militantes do PT). O povo se arrependeu da pior forma possível, como diria o outro – “A voz o povo é a voz de Deus” . Olha o que o povo fez com o Brasil e esta fazendo no Reino Unido . O dito popular se alto desconstrói. (ETA POVO BURRO)

      Carlos Eduardo

      01/07/2016 - 19h41

      Acorda meu camarada. Acho que está viajando na maionese, hoje 60% dos eleitores preferem a Dilma que o Temer. Esse lula que você cita, não deve ser o Lula ex-presidente. Como você disse, “ETA POVO BURRO”, você é o ÁS, sabe tudo, mas esquece que Lula ainda é eleitoralmente muito forte. A memória do seu governo nas classes populares parece que continua presente. Isto faz com que ele hoje, longe ainda das eleições presidenciais de 2018, já parta de 30% das intenções de voto. O que ele fez não pode ser desfeito. Ninguém poderá fazer o povo vomitar o que comeu em oito anos de seu governo.

      SeiQueNadaSei

      02/07/2016 - 09h13

      Retirando os seus exageros e brutalidade desnecessária, o que se retém de óbvio do seu comentário é que o melhor sistema é a ditadura ou qquer outro onde o povo não decide,apenas assiste (pela TV). Ou numa versão menos truculenta, mas igualmente idiota era invocar Guizot na sua teoria de que “só os esclarecidos” é que podem votar. Admitindo que vc não é a favor da ditadura, então talvez queira esclarecer diante da sua visão “Guizonista”, quem hoje são os esclarecidos no Brasil? Essa massa de manobra que repudia (e iguala a um único ParTido) a corrupção que tira uma presidente honesta e conduz ao poder um bando de corruptos?

Messias Franca de Macedo

01/07/2016 - 17h25

… E por que estes senadores [supostamente] desenvolvimentistas e nacionalistas exigem a moda de troca do plebiscito?
“Que negócio é este?!”
É mais um achaque contra a presidente legitimamente reeleita?
Eu afirmei ‘REELEITA’!
E nós votamos na honrada presidente Dilma Vana Rousseff para um mandato que deverá se expirar à 00:00 de 01/01/2019!

O Mapa Da Mina Negócios Online

01/07/2016 - 15h28

Bom texto, para um mundo ideal em algum universo paralelo em que as provas da inocência de Dilma sejam suficientes para comover os senadores a arquivar seu processo mesmo sob intenso ataque da mídia e dos fascistas que certamente farão mt mais barulho às vésperas da votação, como aconteceu na Câmara, em que alguns deputados mudaram votos de não para sim pelo golpe devido à pressão. Ainda mais em ano eleitoral…

    Alexsander

    01/07/2016 - 16h10

    Com certeza. Dilma relutou, avaliou. Ela sabe que suas são parcas, e uma delas é aderir à proposta do senador Requião.

    Ivan Pinheiro

    01/07/2016 - 21h05

    Tenho uma interpretação ” simplista “! Se a Presidente já foi inocentada das denúncias o processo do impeachment tem que ser arquivado.Esta porra de rito do processo não tem nenhuma razão pra continuar, a não ser pra dar oportunidade para os acusadores continuarem a manobra.

      O Mapa Da Mina Negócios Online

      01/07/2016 - 22h42

      Sim, vc tem razão. Mas o Zé Cardozo não tá querendo queimar cartucho com o STF agora, quer deixar p reverter depois (esse Zé..).

      Roberto

      02/07/2016 - 18h51

      Não tinham provas contra Vargas em 45 também, nem contra João Goulart. Muita gente lutou contra, mas mesmo assim nenhum dos dois voltou!

Bacellar

01/07/2016 - 15h55

Concordo.

E há de se botar na mesa o fato de que os rentistas menos apaixonados ideologicamente devam ter a exata dimensão da diferença entre o Meirelles “lulista” de 2003 e do “temerário” de 2016. Entre as distintas nádegas do referido e o lombo de nossa equina classe trabalhadora existia um pelego chamado Lula (com o perdão do presidente que estimo demais, utilizo essa expressão a título de exemplo), arrocharemos para depois dividir…Como se dará essa relação agora? Vai doer no lombo sim…Mas e as nádegas? Como ficam? Serão duramente castigadas também. Quem comprará a ideia de que os esforços serão repartidos por pmdbistas, tucanos e afins quando (e se) vier a bonança?

A fina flor da plutocracia veracruzense vai realmente apostar nesse cavalo paraguaio? Assim a pelo? Assim apelo…Pensem nos seus bolsos senhores.

Daniel

01/07/2016 - 14h11

Excelente reflexão. Que espero esteja passando pela cabeça da equipe e de Dilma e Lula.
Ao meu ver, boa parte desta questão está associada a inércia do povo. Muita gente ainda está manipulada pela mídia demonizadora, que transformou Dilma, Lula e o PT em “demônios vermelhos”. Mas uma parte destes, ao mesmo tempo está vendo que os que a afastaram e se colocaram em seu lugar, não valem o que o gato enterra.
Então essas pessoas não sabem ao certo se o que está aí foi causado por Dilma ou pelos que a rodeavam e chantageavam.
E essas pessoas estão indo para a rua pedir o Fora Temer, mas não exatamente o Volta Querida.
Para a esquerda, que parece que levou um enorme soco no estômago, e perdeu o fôlego, isto era o que se tinha para o momento. Todos unidos pelo Fora Temer mas não necessariamente a volta de Dilma.
Alguns querem a volta de Dilma, por Dilma e seu projeto.
Algumas dessas pessoas já entenderam que a democracia só será respeitada com a volta de Dilma.
E por isso apoiam sua volta. Pela democracia. Mas aí querem que ela convoque o plebiscito.
E quem deveria abrir os olhos de toda a esquerda, e de todos os outros, está com medo de perder esse apoio, se quiser forçar um Volta Dilma sem isso.
A mídia jogando a favor dos GOLPISTAS, a esquerda, os democratas e os legalistas estão fazendo o que podem. Diga-se de passagem, abandonados por muitas categorias que defendem o seu lado, mas não estão defendendo a democracia como um todo. Tem muita gente que aparece para lutar pelos seus direitos, mas não se junta a luta geral.
Inclusive muito pobre, que teve usa vida melhorada por quem está sendo Golpeado, que está dando as costas.
O que falta nessa história é uma carta aberta de Dilma, de Lula, do PT, deixando claro para o povo o quais os erros cometidos no governo, e quais as correções serão feitas. Qual o papel das chantagens que Dilma sofreu de Cunha e a Câmara, nas coisas que deram errado, por exemplo. Uma conversa franca com o povo, sem firula, dando nomes aos bois que podem ser dados.
Humildade. Correção. Valores. Os valores que fizeram o PT ganhar quatro eleições seguidas.
União das esquerdas, num compromisso público pelo Brasil, pela soberania nacional.
Divulgar medidas efetivas, por exemplo, para sanear as contas da Petrobras em definitivo.
Isso vai unir aqueles que querem a volta de Dilma por Dilma, com todos os outros que querem a volta de Dilma pela Democracia, com os que querem a volta de Dilma pelo PT, pelos seus programas sociais, por tudo que a esquerda, Lula e o PT representa e já representou pelo país.
Aí Dilma voltará com força e apoio para realizar as mudanças que tem que ser feitas.
No meu ver, já se perdeu tempo demais, essa união de movimentos como Povo sem Medo, Frente Brasil Popular, Levante Popular da Juventude, e todos os outros espalhados por aí, já deveriam ter sentado, se acertado e se unido com FUP, CUT, e outras centrais sindicais, e com as Partidos de Esquerda, e todos se unificarem, para unificar o povo.
Pois em última instância, é o povo unido que barrará o GOLPE, restituirá Dilma, garantirá a Democracia, e as mudanças que se fazem necessárias.
Olhem para o que está em jogo. Percebam que os golpistas estão no modo “tudo ou nada”, e se não entrarmos nesse modo também, não venceremos.

    zuleica jorgensen

    03/07/2016 - 22h47

    Concordo plenamente com você e já se fala abertamente nessa carta ou manifesto ou declaração de propósitos. Acho que virá , sim, só não sei se fará os efeitos pretendidos. Mas a meu ver é a única coisa sensata. Temer não vai conseguir ficar e só a volta de Dilma assegurará a democracia. Caso contrário, teremos eleições indiretas em 2017 e, pelos meus cálculos, a eleição de 2018 será cancelada.

Alex Abreu

01/07/2016 - 13h25

Dilma deixa claro que o primordial é restituir seu mandato com plenos direitos. O movimento por novas eleições é de um grupo de senadores, caberá a eles levar a proposta adiante e conseguir os apoios, Dilma não encabeçará este movimento. Se forem bem sucedidos aí sim ela aceita como democrata que é. Até porque ela defende eleições gerais, todos os congressistas teriam de abdicar de seus mandatos, e este grupo de senadores, liderado por Roberto Requião, parece querer somente eleição presidencial. Enfim, Dilma volta e depois discute-se esta questão, se os senadores assim quiserem, claro.

    O Mapa Da Mina Negócios Online

    01/07/2016 - 15h31

    Isso, simples assim. Pq é tão difícil p esse povo da esquerda tradicional entender isso? É pouco provável inclusive q esse movimento dos senadores prospere adiante, mas aí são outros 500.

Rita Lama

01/07/2016 - 13h12

Muito interessante… Faz sentido. Como entao o Senador Roberto Requiao vem trabalhando por essa ‘nova eleicao’? E tem tido muita promocao nos blogs, com pouca discussao.

    O Mapa Da Mina Negócios Online

    01/07/2016 - 15h30

    Simples, não há como ter os votos sem esse aceno para os senadores q estão com Requião, simples assim, é isso ou nada. Claro, boa parte da esquerda é bem de vida e pode esperar até 2018 com o país quebrado p poderem capitalizar nas eleições (se houver eleições), ok, eu não posso esperar até lá nem a maioria do povo.

      João Luiz Brandão Costa

      01/07/2016 - 18h02

      Não é uma questão de esperar até lá. É sobretudo não deixar continuar o que esse “governo” está fazendo. Já leram o decreto criando a Política de Segurança Institucional? Mais seis meses, e qualquer coisa, até fazer xixi na rua, poderá ser enquadrado, dependendo de quem for – como sempre – como ato contra o estado, E ela só volta, se for absolvida. Se não acenar com a convocação de plebiscito, não volta. Simples assim.

        SIDNEY MACHADO

        01/07/2016 - 19h23

        Perfeito. TEMER é uma excrescência.

        O Mapa Da Mina Negócios Online

        01/07/2016 - 22h46

        Exato. É isso.

      SIDNEY MACHADO

      01/07/2016 - 19h22

      Até 2018 o Temer e seu consorciado Serra irão dar de bandeja o Presal. Então não restará saída para o Brasil. Estava é a última bandeira nacionalista que p9dr recuperar osenha brios do povo brasileiro. Se deixarmos passar este tempo que será dado ao Temer pelas Olimpiadas Dilá não volta e o projeto demoníaco do Psdb de votar ao poder com o PMDB como vice vingará e tudo acabará para o Brasil.

    Atineli

    03/07/2016 - 09h20

    Pior é o PHA que tb só fala nisso e tem pouco respeito pelo mandato da Dilma. Parece que pirou …


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