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A demagogia moralista da Lava Jato não tem base na realidade mundial

(Michelangelo, o Último Julgamento) A falácia de que as causas do atraso brasileiro residem na corrupção é apenas uma maneira astuciosa de fugir aos problemas principais: o juro alto, a desigualdade, o egoísmo político das elites. Corrupção, tem no mundo inteiro, em escalas muito maiores do que no Brasil, e isso não foi problema para […]

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(Michelangelo, o Último Julgamento)

A falácia de que as causas do atraso brasileiro residem na corrupção é apenas uma maneira astuciosa de fugir aos problemas principais: o juro alto, a desigualdade, o egoísmo político das elites. Corrupção, tem no mundo inteiro, em escalas muito maiores do que no Brasil, e isso não foi problema para seu desenvolvimento.

A corrupção, por isso mesmo, precisa ser combatida com realismo, sem discursos messiânicos e moralistas.

O direito não pode se confundir com moral, assim como a política tem de ser vista como ela é, objetivamente, um campo da atividade humana que é regido por uma moral própria, a da responsabilidade.

***

No Jornal GGN
A democracia custa caro no mundo dos coroinhas, por André Araújo

Por André Araújo

A DEMOCRACIA NÃO É PARA SANTOS

A Democracia moderna é um regime político imperfeito e pleno de problemas, um deles é o financiamento de campanhas, mecanismo onde não há nenhum bom modelo, todos tem defeitos, cabe escolher o menos ruim porque bom não há.

Os EUA montaram um modelo simples e aberto: doações sem limites por pessoas físicas e empresas, desde que declarados. No caso de empresas há um atalho, doa-se a um Comitê (Political Action Committee), um simples jogo de espelhos, o Comitê é teoricamente destinado a uma causa ou bandeira política, e esse Comitê que recolhe o dinheiro, dá recibo e repassa para candidatos simpáticos à causa do Comité, tudo isso SEM LIMITE, o dinheiro acaba bancando candidaturas sob o pretexto de que elas servem a causa originária do Comitê.

O financiamento de campanhas nos EUA é um oceano de dinheiro, háincontáveis críticos do modelo de financiamento, tanto na esquerda como na direita, consideram um sistema VICIADO, CORRUPTO e REACIONÁRIO que beneficia as grandes corporações e os candidatos que defendem seus interesses contra o interesse público, o contexto é antigo e renovado.

É claro, claríssimo, só algum santelmo não deve enxergar, que esse modelo visa a comprar apoio no Congresso para os interesses do doador ou alguém acha que a Northrop, a Grumman, a Boeing, a Lockheed, a Rockwell, a Halliburton doam dinheiro sem interesse para congressistas? Ou que tal a bancada dos remédios, poderosíssima, bancada pela Pfizer, Abott, Lilly e outros grandes laboratórios que interagem com o Estado nas cruciais questões de patentes e fundos para pesquisa? Cada empresa farmacêutica vale entre U$ 100 e 200 bilhões de dólares, são as mais valiosas da Bolsa de Nova York e precisam de apoio político.

Há casos notórios de aprovação de verbas controversas para projetos bélicos ruins e inúteis, mas que garantem benefícios para regiões de onde vem esses congressistas. Fábricas de mísseis e aviões são grandes doadoras, tem escritório de lobby em Washington.

No Congresso americano há notórios representantes do setor de energia, do setor de medicamentos, do sistema financeiro além do famoso lobby da indústria bélica.

Há também uma enorme bancada pró-Israel, das mais bem financiadas, reunidas pelo AIPAC, American Israel Political Action Committee, um dos mais ricos lobbies de Washington.

Há enorme críticas a esse bloco, que prioriza o interesse de Israel contra o interesse geopolítico do próprio EUA, que é atado aos caprichos da direita bélica israelense.

É capaz que os coroinhas da GLOBONEWS achem que nos EUA os doadores são altruístas e filantropos, doam pela bandeira, são bilhões de dólares a cada dois anos, as eleições congressuais americanas são bianuais, o giro político-financeiro é imenso e alvo de ativistas de movimentos de transparência que pretendem uma política menos mercenaria.

Além disso, há a imensa indústria do lobby, a maior indústria de Washington, com 1.200 firmas e 110.000 empregos, faturando bilhões de dólares, cuja função é influenciar o Congresso e a Administração para os interesses de quem paga, podem ser empresas e países, só a China tem nove escritórios de lobby em Washington a contrato. A Venezuela de Chavez chegou a ter 16 escritórios trabalhando pelo seu governo. O Equador de Rafael Correa teve a seu serviço o maior de todos os escritórios, o SPB, o mesmo da Arábia Saudita, Qatar e China.

Todos os contratos de lobby são REGISTRADOS no Departamento de Justiça, e no contrato consta qual a finalidade, para qual interesse específico esta se pagando, TUDO ÀS CLARAS, no Brasil não só é proibido como seria visto como corrupção, perseguido e punido, dentro do modelo de FINGIR que somos todos beatos, o Brasil prefere o faz de conta à realidade.

Há e sempre houve no Brasil um JOGO DE INTERESSES em torno da política, SEMPRE. Nos tempos do Império, os Embaixadores do Brasil em Londres ganhavam comissão dos banqueiros quando assinavam empréstimos paro o Brasil, fato bem descrito nas memórias do Embaixador Heitor Lyra (dois volumes pela Editora da Universidade de Brasília). No Governos Vargas e JK, um grupo politicamente bem entrosado do Rio de Janeiro ficou sócio da Volkswagen e da Klabin sem por dinheiro porque conseguiu vantagens no Governo para esses grupos, todos fatos públicos que todo mundo sabe, porque o escândalo agora com as ”LISTAS”, como se caíssem em um santuário de noviços? Ninguém sabia, porque o espanto? Ao tempo de Dom João VI já havia corrupção a céu aberto, os historiadores da nova safra relatam com detalhes o que se cobrava por fora na Alfândega do Rio antes da Independência, a tabela era em torno de 17%. Na República Velha o financista Percival Farquhar nadava de braçada com suas concessões de ferrovias, eletricidade, bondes, telefone, portos, mineração e Farquhar era notório pagador de propinas da época e bajulado aliciador de jornais, ver sua interessantíssima biografia O TITÃ, edição da Livraria Cultura, mais de 700 páginas.

Na construção de Brasília, a corrupção foi imensa, maior em escala que a corrupção do Mensalão e do Petrolão. Ninguém acreditava que Brasília pudesse ser construída em cinco anos, mas foi contra tudo e contra todos, a peso de ouro para as empreiteiras.

Foi atingido o alvo a partir de cataratas de dinheiro no processo de construção da cidade.

Mas consolem-se, nos demais países da América Latina o jogo é MUITO MAIS PESADO, porque incluem também assassinatos na luta pelo poder e os valores do jogo financeiro são proporcionalmente muito maiores que no Brasil, a política espanhola e francesa também tem grandes áreas de dinheiro no jogo de interesses, sem falar da Itália. Na Ásia, Oriente Médio e África, o jogo pesado do dinheiro na política é histórico, o maior corrupto do Século XX foi o Generalíssimo Chiang Kai Shek, Presidente da China até 1949, que roubava o soldo dos soldados chineses pagos pelos EUA, dando aos soldados autorização para saquear no lugar de soldos, Chiang vendeu ao Exército japonês munição de artilharia enviada pelos EUA para que a China a usasse contra os japoneses, esse era seu nível de corrupção, os soldados andavam descalços porque ele embolsava o dinheiro das botas enviado pelos trouxas americanos.

Com isso, Madame Chiang Kai Shek morreu em Manhattan aos 105 anos em 2008 em um apartamento duplex com 29 empregados, então sejamos mais realistas e menos espantados.

Na substituição de um modelo político por outro, o novo cairá no mesmo jogo de interesses em questão de tempo, porque esse jogo é da essência da Democracia, que é um regime de composição de interesses e esse entroncamento entre governo e empresas lembra sempre corrupção, seja com propinas, alto salários, mordomias, favorecimento a projetos, abertura de concessões, relações externas de comércio e investimentos, o campo desse imbricamento é infinito e sempre existirá sob formas abertas ou disfarçadas.

Nos termos dos reis absolutistas anteriores à Revolução Francesa o jogo de interesses era às claras, com a Democracia passou a ser encoberto, mas, na sua essência, pouco mudou desde os Imperadores Romanos , nas eleições de Papas o ouro corria solto, na Era Moderna o Príncipe de Talleyrand, Ministro do Exterior desde a Convenção da primeira fase da Revolução até a Restauração Bourbon de 1814, vendeu a independência da Polônia por 4 milhões de francos ouro, os regimes da Convenção, do Diretório, do Consulado, do Imperio e ao fim da Restauração se estruturavam sobre composição de interesses que eram pagos em cada caso.

No regime do absolutismo, o Tesouro nacional se confundia com a fortuna do Rei e dos seus Ministros, o Ministro da Fazenda de Luís XIV, Nicolas Fouquet, ficava com um terço dos impostos arrecadados, construiu o palácio de Vaux-le-Vicomte, para o qual convidou o Rei para um banquete de três dias, o Rei Luís XIV ficou de tal forma impressionado que mandou construir Versailles para superar seu Ministro. Fouquet conseguiu o cargo de Superintendente de Finanças de Luís XIV por compra, tendo antes vendido seu cargo anterior no Parlamento.

O célebre Primeiro Ministro Cardeal de Richelieu (Armand Louis du Plessis) se tornou o homem mais rico da França por conta de seu cargo e isso era considerado normal.

Nas monarquias do Oriente Médio, o tesouro dos Estados se confunde com a fortuna do soberano, não se sabe onde acaba uma e começa a outra. O Emir do Qatar, Hamad al Thani depos seu pai, Emir Khalifa al Thani em 1995, o pai deposto fugiu e se exilou, levando o tesouro nacional de 8 bilhões de dólares. Graças à intermediação do governo dos EUA, foi feito um acordo e se acertaram as contas, toda a operação foi organizada por um grande escritório de advocacia de Washington, com honorários a peso de ouro.

A Democracia moderna é muito nova, só tomou forma após o fim da Grande Guerra de 1914-1918. Antes disso a Democracia era censitária em todo os grandes países, era só para ricos.

A qualificação de eleitores dependia da propriedade e da renda, o voto não era universal, as mulheres só votaram nos EUA a partir de 1920, no Brasil a partir de 1932.

A primeira Democracia moderna foi a República de Weimar, nos escombros da derrota alemã de 1918, quando o Príncipe von Baden passou o poder ao primeiro presidente eleito, o socialista Friedrich Ebert, essa Democracia idealista foi um caos econômico, social e político.

Portanto a chamada “democracia moderna” só tem CEM ANOS, é um regime muito novo no tempo histórico, cheia de riscos e imperfeições e por todo esse período de um século a Democracia é uma coleção de acidentes, convulsões, riscos, golpes e lutas violentas pelo Poder.

Nos EUA, a política sempre foi muito pior, a corrupção na política americana é lendária e superava qualquer outra democracia moderna chegando até nossos tempos, quando a eleição de Kennedy de 1960 foi garantida pela ultra corrupta família Daley, que controlava a política de Chicago desde 1955 e chega a nossos dias. Richard Daley pai foi Prefeito de Chicago de 1955 a 1976 e seu filho de 1989 a 2011, reeleito cinco vezes. A eleição de Kennedy dependeu dos votos de Chicago que evidentemente não foram de presente, tendo todo o cheiro de fraude eleitoral ou votos comprados, sem esses votos Kennedy perderia a eleição de 1960.

Já o sucessor de Kennedy, Lyndon Johnson, deveu sua carreira política desde o início pelo apoio financeiro da empreiteira texana Brown & Root’s , que hoje faz parte do grupo Halliburton, também texano e profundamente enraizado na política interna e externa, sendo um dos seus controladores o Vice Presidente de George W.Bush, Dick Cheney. Após a guerra do Iraque, a Halliburton fornecia ao exército desde água a munição, era dona dos fornecimentos ao Iraque, vastíssima corrupção em escala sideral, foi multada, pagou e hoje está limpinha.

Lyndon Johnson deixou para a esposa vasta herança, tendo sido exclusivamente político toda a vida, era notoriamente corrupto e não fazia muita questão de esconder. A biografia mais importante de Lyndon Johnson THE PATH TO POWER, de Robert Caro, editora Vintage Books (Random House), com 882 páginas, narra com detalhes saborosos e escabrosos, de novela, o ambiente de corrupção onde vicejou a carreira política do futuro Presidente Johnson.

Esses fatos são importantes no atual clima político brasileiro, porque muitos jornalistas citam os EUA como contraponto à corrupção da vida política brasileira, obviamente por completa ignorância do que foram e do que são os Estados Unidos e sua política interna, onde um pesadíssimo jogo de interesses é a regra em Washington até hoje, considerado algo normal.

Compensar doadores de campanha com Embaixadas, corrupção de baixo nível, um terço das Embaixadas americanas, algumas em países importantes, fundamentais sâo “mimos” reservadas para “doadores” de campanha, em Brasília nos últimos anos os Embaixadores dos EUA John Danilovitch e Clifford Sobel não eram diplomatas, eram ricos homens de negócios que deram dinheiro para campanhas presidenciais, algo que inexiste no Brasil, portanto nesse campo e em muitos outros somos mais éticos que os americanos, apresentados pelos jornalistas da direita como exemplo da moral na política.

Um exemplo dessa leviandade foi a nomeação da notória Pamela Harriman, ex-nora de Churchill e depois casada com um dos homens mais ricos dos EUA. W. Averrel Harriman, sendo ela inglesa, foi nomeada Embaixadora dos EUA na França, pelo Presidente Reagan, Pamela não era diplomata, não era americana, tinha uma vida pessoal nada puritana e ganhou de presente uma das mais cobiçadas Embaixadas dos EUA, faleceu no cargo nadando na piscina do Hotel Ritz.

Nos países da América Latina, a corrupção é historicamente muito maior que no Brasil. No México, os Presidentes do partido hegemônico de 1929 a 2000, o PRI, seguiam o roteiro de apontar o sucessor (“el dedazo”), elegê-lo, depois sair do México para não atrapalhar o sucessor, essa era uma regra não escrita e ao deixar a Presidência poderia levar até 2 bilhões de dólares. O mais notório corrupto foi o Presidente Miguel Alemán, que no resto sempre apesar de corrupto fez um bom governo. No Peru há uma longa tradição de alta corrupção, assim como na Argentina. São exceções no continente o Chile e o Uruguai. Em alguns dos países andinos, a corrupção tem uma vertente ainda pior, é mesclada com o tráfico de drogas, que também atinge o México, é corrupção combinada com extorsão, sequestros e assassinatos por atacado, ainda pior, envolvendo por vezes as forças armadas.

No Brasil a tradição é de Presidentes saírem pobres ou remediados do cargo, não deixaram herança os Presidentes da Primeira República. Getúlio Vargas. Café Filho, Juscelino Kubitschek, Jango deixou a mesma fazenda que já era dele, os Presidentes militares retornaram às suas vidas de classe média, Tancredo não deixou fortuna, nem FHC, o Brasil tem LONGA TRADIÇÃO DE BAIXA CORRUPÇÃO em comparação com outros países emergentes, mas esqueceram de avisar os jornalistas brasileiros que ainda falam na maior corrupção do mundo POR COMPLETA IGNOR NCIA DO QUE É O MUNDO, não tem informação ou cultura para olhar fora do Brasil.

A campanha anti-corrupção no Brasil já cobrou e vai cobrar um alto preço na economia, negócios são paralisados pelo risco altíssimo de ser enredado em investigações e escracho na mídia, por mera suposição, o que pode acontecer em negócios que envolvam o Governo.

O custo da corrupção pode ser alto, mas muito mais altos são outras formas de desvios de dinheiro público como ineficiência e incompetência que grassam na Administração Pública de todos os níveis, excesso de pessoal generalizado, salários absolutamente fora de proporção com o serviço prestado, aluguéis e prédios extravagantes, as perdas monumentais da política cambial, um só semestre custou 207 bilhões de Reais de prejuízos ao Banco Central, milhares de prédios públicos abandonados , Embaixadas desnecessárias, a missão brasileira junto a OEA tem 21 brasileiros na folha do Tesouro, além da Embaixada junto ao Governo americano, mais as Comissões militares, mais a Junta Interamericana de Defesa, mais a Corte Interamericana de Direitos Humanos em San Jose, muita gente para pouco serviço, salários em dólar, a carga fiscal do Brasil custa 39% do PIB, se juntarmos o déficit vai a 41%, contra 22% no México e 23% nos EUA, que com essa carga, sustentam forças armadas espalhadas pelo mundo inteiro incluindo, 7 frotas, 10 porta aviões nucleares , 800 bases militares , auxílio militar em dinheiro a mais de 18 países, a maior cota da OTAN.

A propina é a forma mais primitiva de corrupção, há muitas outras mais sofisticadas e que nem se cogita em tocar, aliás a presente campanha deixou enormes setores intactos enquanto se implode o sistema político como um todo sob aplausos da mídia suicida, o que virá acabará com a mídia tal qual ela existe hoje, essa é a experiência histórica, a República de Weimar era uma bagunça total? A imprensa alemã atacava todo dia essa frágil democracia.

Para consertá-la chegou Adolf Hitler.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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ari

20/04/2017 - 20h56

Costumamos endeusar pessoas ou grupos de pessoas de outras épocas ou países. Todos são unânimes em elogiar Canudos e sua luta, mas quando se fala em MST, as expressões são de bandidos para cima.
1) Na África do Sul, após a criação da Fundação Nelson Mandela, empresas e pessoas físicas do mundo inteiro mandavam suas contribuições. Se o cheque vinha em nome do Nelson Mandela, ele o punha em sua conta pessoal. É óbvio que as doações não eram para ele.
2) Os inconfidentes tiveram razões outras que não o patriotismo para tentar libertar-se. Quase todos deviam à Coroa, inclusive Silvério dos Reis. Tiradentes era o alferes que comandava um batalhão (perdoem-me se a linguagem militar não é exatamente essa) que fiscalizava a saída ilegal de ouro. Ao ser transferido, ele perdeu as “comissões” que recebia aqui e acolá para fazer vista grossa.
De qualquer forma, isso não invalida suas biografias. Sempre achei uma idiotice comparar quem rouba uma lata de leite em pó ou R$ 10,00 com um Emílio Odebrecht

João Luiz Brandão Costa

20/04/2017 - 18h21

Porra Miguel. Nessa altura dos acontecimentos? Arrazoado de tema de prova de “humanas e conhecimentos gerais” do ENEM, só faltou falar sobre a influência da menstruação das borboletas japonesas na formação das cracas da ponte Rio -Niterói. A hora de subjacências e conjuncturências já passou. Fala da greve, vai prá rua, como diria o Dória, seja pró-ativo. Na tua idade se faz as coisas, deixa com nós coroas as análises.
Digo isso porquê te admiro, e seu esforço com seu blog. Mas, no que me concerne, tô de saco cheio de ler as diversas análises para explicar o que todos já sabem, e creio,
pelo menos a maioria de teus leitores.

zezinho

20/04/2017 - 15h03

Lembrete que a proposta mais recente de legalização do lobby a chegar nas notícias foi a do Romero “Suruba” Jucá!

Flaviano Starling Loureiro Alves

20/04/2017 - 14h49

Pois é, né? O Brasil, em matéria de corrupção ainda precisa “comer muito feijão” para chegar ao mesmo nível (e sofisticação) de corrupção que os demais países de primeiro e terceiro mundo, mas com o ardoroso apoio dos coxinhas da nossa lumpem classe média, o Brasil logo chega lá.

Zé Ningo

20/04/2017 - 13h47

Magnífico texto para os ignorantes que adoram falar asneiras entre elas a mídia que destila seu veneno em doses homeopáticas e a que mais rouba. “Os barões brasileiros estão blindados, nada acontece com eles, caso queira mexer eles mandam matar, é assim e sempre foi. Ainda falta muito para sermos um país correto e civilizado.

Benedito de Melo Souza

20/04/2017 - 11h45

Oi Miguel, caramba como você escreve bem!

Parabéns, obrigado companheiro!

Frustrado

20/04/2017 - 08h40

Se o pt tivesse cumprido o que prometeu não teria lava jato e vou dizer mais… se não fosse o “goupe” além da lava jato o Brasil estaria pior que a Venezuela…

    Benoit

    20/04/2017 - 10h12

    O que e por que as coisas estariam indo melhor se não fosse o PT? Ou voce não tem a menor ideia e se contenta em repetir os mantras espalhados durante dezenas de anos por algumas conhecidas revistas de direita que embotaram a capacidade de pensar de uma parte grande de uma geração?

    ari

    20/04/2017 - 20h50

    Se você se der a trabalho de pesquisar antes de falar, vai ver que não é bem assim
    No Ministério da Fazenda você pode ver uma coisa interessante. Após a saída do Levy, assumiu o Nelson…Pois bem, o PIB começa a melhorar, chegando a -0,9 e depois a 0,3 nos últimos trimestres antes do golpe. Logo após, ele volta a piorar.

LUIZ TAVE

20/04/2017 - 08h09

JOAO SILVA , NEM PENSAR COM GILMAR MENDES NO TSE , SERIA A GLORIA DO PSDB , esse moço não e` confiável !

Rodrigo

20/04/2017 - 07h06

O texto traz relevantes informações a respeito de como realmente funciona o mundo moderno e escancara a hipocrisia da mídia tupiniquim. Eu acrescentaria as biografias dos ‘barões ladrões’ americanos do séc. XIX: J.P. Morgan, Rockefeller, Gould, etc, etc. Gente boa. Boa pro fogo!

Carlos de oliveira

20/04/2017 - 06h02

E assim o texto defende descaradamente a corrupção. Tudo o que escreve só demonstra a urgência do combate a essa chaga que está destruindo até mesmo a maior nação do mundo. Mas o autor na sua imoralidade desonesta não percebe isso. Caminhamos a passos largos para a extinção da espécie humana e a crise moral está no centro deste processo. Não há causa mais urgente.

    João Bosco Coelho Costa

    20/04/2017 - 08h40

    Requer um pouquinho mais de sofisticação intelectual o entendimento desse texto. Atributo que parece não possuíres.

      Fernando

      20/04/2017 - 12h01

      Você tem razão ; olhar a roubalheira aos cofres públicos como algo banal , necessária e até natural requer um pouquinho mais de sofisticação intelectual; sofisticação intelectual que só se atinge com uma cheirada de uma boa e longa carreira de cocaína; bem ao gosto dos petistas !

    Nathalie

    20/04/2017 - 08h52

    Amigo, se vc quer combater a corrupção do modo q a imprensa alemã combateu a dela, derrubando a republica d weimer e elevando adolf Hitler como solução, vc propoe um estrago maior do q a própria corrupçao. Nao sejamos fanaticos

Zoio

19/04/2017 - 22h17

Começou a demagogia da petralhada, querendo culpar a lava jato pela ruína deixada pela incompetência da Dilma, o poste criado pelo chefe da ORCRIM e pela roubalheira generalizada liderada pela alma mais honesta do Brasil (sim, se roubava antes o PT profissionalizou o roubo em todas as instâncias).. Não adianta espernear, Lula mega réu e delatado vai acabar seus dias em cana. A delação do Palocci só vai fechar a tampa do caixao desse bandido..

    João Bosco Coelho Costa

    20/04/2017 - 08h43

    Não é a “petralhada” que está culpando a Lava a jato, são os fatos e dados que demonstram isso. Para tipos como vocês. obtusos até a última célula, apreender isso é impossível. As sinapses foram substituídas por descargas de ódio.

    óculos

    20/04/2017 - 11h32

    Pois é, pode até ser que um corrupto se regenere, quem sabe? Agora uma pessoa limitada, incapaz de compreender o que está escrito, a esse só resta dar coice a esmo, ser montado ou puxar carroça, pastar o que lhe oferecem e morrer zurrando o que lhe ensinaram. Não dá raiva, não: da dó.

    João Silva

    20/04/2017 - 17h50

    O psdb, que manda na Petrobrás, vender o poço de pré sal de Carcará a preço de banana para os franceses é que é roubalheira profissional.
    Não tem nenhuma providência do justiceiro de Curitiba e a mídia elogia.
    Golpe é isso.

João Silva

19/04/2017 - 20h55

Sugestão: que tal permitir toda contribuição de campanha, de pessoas físicas e jurídicas, desde que sejam para o TSE e se some aos valores do financiamento público de campanhas já distribuído proporcionalmente aos partidos?

Não haveria como o poder econômico exigir a contrapartida pois o recurso foi repassado ao fundo público é distribuído.

Só teria que combater o caixa 2.


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