Bahia: Refinaria privatizada provoca desabastecimento de Gás de Cozinha

Os argumentos sórdidos contra a realização da Copa

Por Miguel do Rosário

09 de junho de 2014 : 14h32

Ótimo comentário do leitor Antonio Victor.

Ele ajuda a derrubar um argumento um tanto mesquinho, que considera a construção de um estádio um desperdício, quando sabemos que aquele estádio gerará empregos, renda e impostos durante décadas, ajudando a desenvolver a região onde ele está instalado. Os estádios foram preparados para receber não apenas partidas de futebol, mas grandes shows e sediar eventos de todo o tipo.

Ele observa ainda que a Inglaterra sediou uma Olimpíadas no momento mais difícil de sua história, três anos após o término da II Guerra, quando o país ainda estava devastado pelos bombardeios alemães e com dívidas alucinantes geradas pelos gastos do conflito.

Os EUA também viveram situação parecida. Sediaram uma Olimpíadas em 1932, quando a nação se encontrava vergada por uma de suas piores crises de sua história (após o crash da bolsa, de 1929), com milhões de pessoas desempregadas em todo país.

Em ambos os países, sediar um grande evento foi considerado um momento para erguer a autoestima do povo, e fazê-lo acreditar que as crises seriam superadas.

E duvido que, naquela época, a Olimpíadas tenha sido usada, tanto na Inglaterra quanto nos EUA, como pretexto para a realização de tantas obras estruturantes, de mobilidade urbana, como vimos aqui.

*

Inglaterra e EUA sediaram Olimpíadas nos momentos mais difíceis de seus países

Por Antonio Victor, em comentário para o post Os ganhos da Copa em infra-estrutura.

O argumento mais sórdido que a direita usa contra a Copa é de que não se pode fazer eventos assim sem resolver os problemas nacionais. Eu pesquisei aqui e descobri duas coisas interessantes: a Inglaterra sediou uma Olimpíada três anos depois da segunda guerra, com o país ainda destroçado. E mais, os EUA sediaram a Olimpíada de Los Angeles em 1932, no auge da recessão, com milhões de americanos desempregados e passando fome. Inclusive a Olimpíada de 1932 foi a de maior investimento até então. O que para o primeiro mundo é motivo de progresso, usado para levantar o moral do povo, no Brasil é usado para aniquilar a autoestima nacional.

ScreenHunter_3928 Jun. 09 14.30

NULL

Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

Apoie O Cafezinho

Crowdfunding

Ajude o Cafezinho a continuar forte e independente, faça uma assinatura! Você pode contribuir mensalmente ou fazer uma doação de qualquer valor.

Veja como nos apoiar »

10 comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário »

MARCELO ERDMANN BULLA

02 de julho de 2018 às 19h14

O texto é sórdido.

Responder

Nelma F. Santos

10 de junho de 2014 às 18h06

Tem sempre alguém esquecendo as coisas boas do Brasil . Terrível isso !

Responder

Roberto Leonardo Ferreira

10 de junho de 2014 às 15h01

Uma vez num jogo de Camp.Brasileiro aquele Galvão quando transmitia jogos de campeonatos por aqui ele metia o pau e esculhambava os estádios brasileiros(com razão) e enaltecia os de fora e ainda dizia assim:Quando é que os nosso estádios serão de primeiro mundo…Aí um diz desses tava falando dos nosso aeroportos e enaltecia os de fora principalmente os da Ásia…kkk

Responder

Miguel Do Rosario

10 de junho de 2014 às 06h20

Também sou contra o trensalão, mas isso não quer dizer que sou contra o metrõ.

Responder

Miguel Do Rosario

10 de junho de 2014 às 05h13

Wagner, fala sério. Tens noção do que é a odebrecht. Vc acha que um estádio faz diferença pra ela? A odebrecht esta trabalhando agora com tecnologia militar coisa de centenas de bilhões de dólares. Demais, olha os números. Se o custo é 1 bilhão isso inclui a construção do estádio, a mão de obra. Quero que o governo e a odebrecht se fodam, mas udenismo sem noção é mais foda ainda. Se há sobrepreco isso é um problema do tribunal de contas, mas porra nao to falando disso. Vc acha que algum estádio no mundo não teve sobrepreco? O Maracanã antigo não teve sobrepreco? Quem deveria fazer o estádio? O exército? O povo ama futebol, adora ir a jogos e fica contra um estádio? Fazer o q agora ? Demolir a porra do estádio? Fala sério!

Responder

Wagner Santos de Barros

10 de junho de 2014 às 00h41

uma coisa é defender o governo, e eu defendo (até certo ponto). Outra coisa é aceitar qualquer coisa, qualquer “pragmatismo”, em nome do posicionamento político…

Responder

Wagner Santos de Barros

10 de junho de 2014 às 00h39

pô miguel, apoiar estádio de 1bilhão, lucros estrondosos para Odebrecht que tá aí desde a ditadura, não dá…

Responder

Thiago Luz

09 de junho de 2014 às 23h18

li outro dia que o exercito doará colchonetes para abrigar os turistas nos jogos em cuiabá. a rede hoteleira da cidade não comporta o público que acorrerá a cidade quando da realização dos jogos. é indefensável a construção de um estádio em cuiabá. desafio a alguém, mesmo os que seguem o futebol, que me diga quem foi o campeão do mato grosso no ano passado. pq não fazer uma copa com 7 sedes? rio, sao paulo, belo horizonte, curitiba, salvador, porto alegre. pq os alucinados do pt queriam 17 sedes o que não ocorreu por resistência da fifa? essa historia de que serão utilizados para shows, etc, etc, é balela. que evento acontecerá em cuiabá que necessite de um estádio daqueles? roubalheira, roubalheira, só esse o motivo. o resto é conversa fiada.

Responder

Deixe um comentário