Câmara aprova o fim da reeleição

Bem, pelo menos algumas coisas boas já saíram dessa reforma política, ou melhor, contra-reforma política, que vem sendo empurrada goela abaixo do Brasil pela turma do Cunha.

Quer dizer, não são exatamente coisas boas e sim pequenas vitórias de resistência para que as coisas não piorassem.

Primeiro, a derrota do distritão, que iria encher a câmara de subcelebridades televisivas.

Agora a Câmara aprovou, por esmagadora maioria, quase unanimidade, o fim da reeleição para cargos no Executivo.

Isso vai ajudar a renovar a classe política.

Se bem que é difícil ver algo de bom numa reforma feita dessa maneira, a toque de caixa, violentando tão agressivamente o debate que vinha rolando há anos no país.

O incrível foi a ver a hipocrisia do PSDB. A iniciativa de Fernando Henrique Cardoso de patrocinar uma emenda de reeleição para si mesmo agora fica ainda mais marcada, como um casuísmo desonesto e antidemocrático dos tucanos para ficarem mais tempo no poder.

Os bolivarianos ao menos elegeram uma nova constituinte, fizeram uma nova carta, realizaram plebiscitos populares. Aqui foi um golpe palaciano do nível “eduardo cunha”.

PS: Para ser franco, nem sei mais se é boa ou não. Estou confuso. De qualquer forma, da maneira como foi feito, foi muito ruim.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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