Apesar da “crise”, a economia brasileira resiste!

A força da economia brasileira é impressionante.

É um erro comum a muitos analistas, inclusive do campo progressista, comparar a economia brasileira de hoje com os anos 80 ou 90, ou mesmo nos comparar às economias decadentes da Europa, como Espanha ou Grécia.

Não há comparação. A economia brasileira de hoje é infinitamente mais sólida e mais diversificada do que a dos anos 90, porque temos muito mais infra-estrutura, mais petróleo, mais energia, mais projetos em andamento, houve um gigantesco crescimento do mercado de consumo, as contas públicas são mais sólidas, o mercado de trabalho amadureceu, a mão-de-obra evoluiu.

A economia não vai as mil maravilhas. Há enormes desafios a superar. E o governo faz um jogo perigoso, ao sacrificar-se politicamente em nome de iniciativas econômicas defendidas pelo campo adversário.

Entretanto, as filas de espera para os restaurantes da moda continuam crescendo, os vôos continuam lotados, as lojas permanecem cheias, a venda de ingressos para os cinemas bate recordes.

Sim, há setores em crise, como o de construção civil, em função da maneira irresponsável como o Ministério Público conduz a operação Lava Jato, portando-se quase com sadismo em relação ao imenso mercado de trabalho envolvido.

A mídia e os setores que conspiram contra o governo e contra o Brasil querem produzir uma crise de qualquer jeito, para usá-la como instrumento de pressão política contra Dilma.

O próprio governo brinca com fogo, ao impor um ajuste fiscal sem fazer antes uma campanha política de esclarecimento da população.

Jornalistas e analistas, porém, costumam subestimar a inteligência do povo para driblar a crise.

Os institutos de pesquisa não captam a criatividade do povo.

O povo muda seus hábitos conforme a inflação, de maneira que a inflação real na casa do cidadão é diferente da inflação do instituto de pesquisa.

A inflação dos primeiros 15 dias julho, medida pelo IBGE, ficou em 0,59%. Ainda é alto, mas é o menor índice do ano. E nos últimos meses, a inflação tem arrefecido, de maneira que não é correto alardear um descontrole inflacionário que não existe.

A comparação com Grécia ou Espanha é simplesmente idiota porque o nosso endividamento é muito baixo, comparativamente a outras economias, e nosso nível de reservas internacionais é um dos mais altos e sólidos do mundo.

Abaixo reproduzo algumas notícias de hoje, que naturalmente não vão para as manchetes da mídia apocalíptica. Ficam escondidas, quase com vergonha, em pés de página.

Contra a apatia irritante do governo, contra o conspiracionismo destrutivo do Ministério Público, contra as campanhas apocalípticas da mídia, contra as manobras sinistras do imperialismo, contra tudo e contra todos, a economia brasileira resiste!

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No blog Arena do Pavini

Lucro da Vale avança 61%, Ambev lucra R$ 2,5 bi e Embraer ganha R$ 399,6 mi no 2º trimestre
Por Mayara Baggio

A mineradora Vale lucrou 61% mais no segundo trimestre deste ano, ante 2014, enquanto a líder em vendas de bebidas no país Ambev teve lucro de R$ 2,5 bilhões e os ganhos da fabricante de aviões Embraer cresceram 24,9%, apontaram os balanços divulgados hoje pelas companhias.

Após três trimestres de prejuízo, Vale ganha R$ 5 bi

Puxada pela melhora nos preços do minério de ferro no mercado internacional e por reduções em custos, a Vale registrou lucro líquido de R$ 5,144 bilhões no período, uma alta de 61,4% na análise anual. Depois de registrar prejuízo por três trimestres seguidos, a empresa brasileira apresentou uma geração de caixa livre, apontada pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês), de R$ 6,817 bilhões, contra R$ 9,136 bilhões nos mesmos meses de 2014.

De abril até junho, a receita líquida da mineradora totalizou R$ 21,44 bilhões, um recuo de 3% ante o ano anterior, enquanto os custos aumentaram em 17,7%, para R$ 15,97 bilhões, e as despesas operacionais caíram 49,9%, para R$ 1,53 bilhão.

Mesmo com vendas menores, Ambev lucra R$ 2,5 bi

Já na Ambev, o lucro líquido somou R$ 2,5 bilhões, uma alta de 15,7% na comparação com 2014. A receita líquida da companhia ficou em R$ 9,91 bilhões, acima dos R$ 8,17, bilhões do ano passado. O Ebtida da fabricante cresceu 23,9%, para R$ 4,12 bilhões, apesar da queda nas vendas. Os volumes de vendas consolidados diminuíram em 3,4%, diante da comparação com os meses da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. No trimestre, as vendas caíram 7,9%.

Lucro da Embrar sobe 25%

Devido, principalmente, à valorização do dólar frente ao real, a fabricante de jatos Embraer teve lucro líquido no segundo trimestre de R$ 399,6 milhões, um aumento de 24,9% na comparação com o ano anterior. A receita líquida da exportadora totalizou R$ 4,66 bilhões, avanço de 18,6%. Por fim, o Ebtida da companhia diminuiu em 5,95% na análise anual e somou R$ 548,2 milhões. No relatório trimestral, a Embraer também revisou suas projeções de receita para 2015: entre US$ 5,8 bilhões e US$ 6,3 bilhões, ante estimativa anterior de US$ 6,1 bilhões e US$ 6,6 bilhões. A mudança ocorreu por conta de uma diminuição de US$ 300 milhões nos ganhos das áreas de defesa e segurança da empresa.

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No G1

Lucro do Bradesco cresce e chega a R$ 4,47 bilhões no 2º trimestre

Em relação ao mesmo período de 2014, aumento foi de 18,4%.

No primeiro semestre, o lucro da instituição somou R$ 8,717 bilhões.
Do G1, em São Paulo

O banco Bradesco anunciou ter registrado lucro líquido contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre de 2015, após atingir R$ 4,244 bilhões nos três meses anteriores – um aumento de 5,4%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro mostrou crescimento de 18,4%.

O banco Bradesco atingiu seu maior lucro trimestral na história, segundo levantamento da consultoria Economatica. De acordo com o levantamento, considerando todos os bancos de capital aberto, o lucro do Bradesco neste segundo trimestre é o terceiro maior da história, atrás apenas dos resultados do Banco do Brasil, em 2013, e do Itaú Unibanco, em 2014.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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