Pedro Corrêa promete transformar Lava Jato em pantomina

Corrêa promete denunciar 100 políticos à Lava Jato, incluindo Aécio, Wagner e Rebelo

no Jornal GGN

Condenado a 20 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras, o ex-deputado Pedro Corrêa, que já liderou o Partido Progressista (PP), elabora termo de acordo de colaboração premiada com as autoridades da Lava Jato, em troca da redução de pensa para um ano e meio, e pagamento de multa de R$ 4 milhões. Ele foi acusado de receber cerca de R$ 11 milhões do esquema na Petrobras.

Segundo informações da Folha de S. Paulo deste domingo (10), Corrêa, para obter as vantagens da delação premiada, deve entregar à Lava Jato uma lista de cerca de cem políticos que devem ser investigados, incluindo entre eles o senador Aécio Neves (PSDB) e os ministros Jaques Wagner e Aldo Rebelo.

Folha não revelou quais as cartas que Corrêa supostamente teria em mãos contra Aécio e os titulares do governo Dilma Rousseff (PT). Apenas destacou que, mais uma vez, o “braço direito” da presidente é mencionado no âmbito da Lava Jato.

Desde o início do ano, quando passou a ser classificado como “porta-voz” informal do governo, Wagner vem sendo alvo de reportagens feitas com base em vazamentos seletivos de informações.

Na primeira, publicada pelo Estadão, o ex-governador da Bahia aparece trocando mensagens com o empresário Léo Pinheiro, da OAS, preso na Lava Jato. O jornal escreveu que Wagner angariou doações eleitorais para a campanha do PT em Salvador em 2012 junto à empresa e, em 2014, passou a ser cobrado por executivos que teriam interesse em liberar recursos de um convênio que envolve o Ministério dos Transportes. O teor da denúncia dá conta de que Wagner atuou em benefício da OAS em troca de doações privadas.

Um dia depois, o ministro foi citado em reportagem sobre a delação de Nestor Cerveró. O ex-diretor da Petrobras teria dito à Lava Jato que Wagner recebeu doações ilegais em 2006, quando foi eleito governador da Bahia.

Contra Aécio, a Folha reeditou a denúncia de Carlo Rocha, entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, que disse em delação que, em 2013, levou R$ 300 mil a um diretor da UTC, que lhe disse que o valor iria para tucano. Aécio nega e não quis comentar a reportagem, assim como Wagner e Rebelo – que até então não havia sido mencionado na Lava Jato.

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