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A Lava Jato só acaba quando acabar com o PT

Charge: Gilson por Jeferson Miola Consumado o golpe para derrubar a Presidente Dilma e interromper o ciclo dos governos do PT que o PSDB não conseguiu licitamente nas últimas quatro eleições presidenciais, a Lava Jato seria encerrada. Uma vez concretizado o plano inicial, a Operação perderia sua razão de ser. Esta era a aposta prevalente na […]

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Charge: Gilson

por Jeferson Miola

Consumado o golpe para derrubar a Presidente Dilma e interromper o ciclo dos governos do PT que o PSDB não conseguiu licitamente nas últimas quatro eleições presidenciais, a Lava Jato seria encerrada. Uma vez concretizado o plano inicial, a Operação perderia sua razão de ser. Esta era a aposta prevalente na crônica política.

A evolução da Lava Jato, entretanto, indica que os controladores da Operação preferiram evitar o alto custo político de encerrá-la logo após a farsa do impeachment. Optaram por continuá-la, porém ajustando seu caráter, que passou a ser abertamente eleitoral e partidário.

Confortáveis no regime de exceção e de arbítrio que dá guarida à sua atuação político-ideológica, os juízes, delegados e procuradores da Lava Jato removeram a máscara da imparcialidade e da isenção que nunca tiveram.

Perderam o pudor, abandonaram o menor senso de decência pública e atuam acima e à margem da Lei. Se mostram tão despudorados quanto o candidato a prefeito de Curitiba que, sem auto-censura e vergonha humana, admite vomitar com o cheiro de pobre [sic].

Esses personagens se sentem poderosos, heróicos e inatingíveis graças à Rede Globo e à mídia que, no noticiário, incensa-os e glorifica-os, assim como sublima os não-valores que eles representam.

A virulência empregada contra o PT e o ex-presidente Lula assumiu um padrão totalitário nas fases recentes da investigação. Nas semanas pré-eleitorais, a força-tarefa promoveu um espetáculo propagandístico para condenar midiaticamente o ex-presidente Lula sem provas, mas com “muita convicção”; e para decretar a prisão de dois ex-ministros dos governos do PT, em flagrante inobservância ao devido processo legal e ao Estado de Direito. Tudo sob medida para fornecer munição e alvejar as candidaturas do PT na eleição municipal.

O contorcionismo dos agentes da Lava Jato para livrar de investigação e julgamento os integrantes do governo golpista, não é menos apavorante que esta realidade autoritária. A força-tarefa se esgueira em explicações inexplicáveis que não conseguem ocultar a seletividade e o direcionamento para mirar exclusivamente os “inimigos do regime” e safar os “bandidos do regime”.

Por dois anos e meio, os justiceiros da Lava Jato perseguem e caçam Lula, sem encontrar nenhuma ilegalidade. Apesar disso, e com impressionante petulância, transformam Lula no “comandante máximo”, “no general”, no “maestro” do “maior esquema de corrupção” do país.

Contraditoriamente, entretanto, a força-tarefa não investiga, não processa e não julga Cunha, Temer, Aécio, Jucá, Serra etc – todos, sem exceção, multi-campeões em delações, e donos de sabidas contas bancárias em paraísos fiscais, abastecidas aos milhões, com dinheiro provindo de corrupção na Petrobrás e em outras estatais que controlam.

A oligarquia golpista firmou um grande pacto para a restauração neoliberal na sua versão ultra-reacionária, que combina retrocessos nas conquistas do povo brasileiro, com regressão em matéria de direitos e liberdades civis e a re-colonização do Brasil pelas metrópoles imperiais.

A Lava Jato é um instrumento da oligarquia para aniquilar o PT e destruir a biografia e o legado de Lula, impedindo-o de disputar e vencer a eleição de 2018. A verdadeira disputa em curso não é a eleição do próximo dia 2 de outubro, mas sim a guerra final que a Lava Jato proclamou contra o PT e Lula.

A Lava Jato só acaba quando acabar com o PT. Nesta guerra, não há alternativas: ou vence o fascismo, ou vence a democracia.

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Comentários

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C.Poivre

29/09/2016 - 00h35

A propósito, a histórica disputa entre Cerra e Aecim de Furnas não é pelo controle do psdb ou de candidatura a presidente, é de quem foi o maior beneficiado pelos gigantescos propinodutos que regam os jardins do alto tucanato desde o 1º (des)governo fhc. Os dois estão nesta famosa Lista que a pgr esconde a 7 chaves, sendo o segundo o seu coordenador oficial segundo o autor da Lista, Dimas Toledo, que nunca foi sequer chamado a depor:

http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/os-nomes-e-valores-da-lista-de-furnas

JOHN J.

28/09/2016 - 23h47

LAVAJATO NA VERDADE SÓ ESTÁ SERVINDOPARA LAVAR E DEIXAR BEM LIMPINHOIS TODOS RATOS QUE ERAM OPOSIÇÃO DA DILMA., INCLUUUUUUUSIVE OS RATOS DO PMDB QUE SÃO TRAÍRAS IGUAIS AO TEMER, O CORRUPTO GOLPISTA MOR.

Era uma terra pacata e distante – Sem cerca, sem grade, sem muro
Até que lá chegou um farsante – Que escondia o passado obscuro
Ele falava em ordem e em lei – Ensinando o povo a ter medo
Fizeram então dele o seu rei – Mas o rei tinha um segredo
É que a força do tirano – Não era espada nem cobre
Não era o grito do insano
Era o silêncio do pobre.
(SONETO DA OPRESSÃO)
http://racismoambiental.net.br/?p=225104
**** “Tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes”. (Provérbio mexicano) ****


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