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Vitória de Trump abala economia global

Mercados mundiais em queda com resultado de Trump Os mercados asiáticos começaram cedo a reagir à possibilidade de uma vitória do candidato republicano na Agência Pública A Moody’s prevê que as políticas de Donald Trump podem reduzir a empregabilidade por 3,5 milhões de empregos e aumentar a taxa de desemprego por 7% nos próximos quatro anos. […]

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Mercados mundiais em queda com resultado de Trump

Os mercados asiáticos começaram cedo a reagir à possibilidade de uma vitória do candidato republicano

na Agência Pública

A Moody’s prevê que as políticas de Donald Trump podem reduzir a empregabilidade por 3,5 milhões de empregos e aumentar a taxa de desemprego por 7% nos próximos quatro anos. Também prevê a entrada do país em recessão em 2018. Os mercados financeiros globais entraram em queda nesta terça-feira à noite, após a divulgação dos resultados iniciais das eleições que dão a liderança inesperada de Donald Trump na corrida para a Casa Branca.

Os três principais índices de futuros de Wall Street desceram mais de 4%. O índice médio de futuros industriais do Down Jones caiu mais de 700 pontos ou mais de 4%. O índice de ações S&P 500 desceu mais de 100 pontos e o índice tecnológico Nasdaq caiu 200 pontos.

A incerteza dos resultados de uma das eleições mais renhidas dos últimos tempos deixou investidores em todo o mundo nervosos. O índice japonês Nikkei caiu mais de 800 pontos ou quase 5%, levando a uma reunião de emergência do governo nipónico. E o índice Hang Seng de Hong Kong perdeu 650 pontos ou 2,8%. O peso mexicano – que perdeu valor quando o candidato Republicano subiu nas sondagens durante a campanha – caiu para um mínimo recorde dos últimos 8 anos, de acordo com a Bloomberg.

“Tudo é incerto neste momento,” disse Christ Weston, conselheiro de mercado da IG Markets em Melbourne. “Os analistas de sondagens deviam todos ser despedidos. Os mercados não estavam preparados para isto.”

A bolsa de valores norte-americana disparou nos últimos dois dias com as sondagens que indicavam a provável vitória de Hillary Clinton. Mas assim que os resultados começaram a ser divulgados, Donald Trump foi dado como vencedor provável em estados decisivos como a Flórida e o Ohio e os mercados financeiros entraram em pânico.

Donald Trump prometeu rasgar acordos comerciais de longa data caso seja eleito e introduzir taxas de dois dígitos em bens importados do México e da China. A sua mensagem de isolamento foi bem recebida por eleitores que se sentem ignorados numa economia global que está cada vez mais interligada. No entanto, muitos especialistas já avisaram que estas propostas podem ser um desastre para a recuperação económica dos Estados Unidos e potencialmente lançar o país para uma recessão.

A Moody’s prevê que as políticas de Donald Trump podem reduzir a empregabilidade por 3,5 milhões de empregos e aumentar a taxa de desemprego por 7% nos próximos quatro anos. Também prevê a entrada do país em recessão em 2018.

“Donald Trump nunca ocupou nenhum cargo público e não tem experiência em políticas financeiras. Além disso, é um extremista,” disse Yang Delong, economista-chefe do First Seafront Fund em Shenzhen. “Isto é interpretado pelos investidores como uma grande incerteza. É por isso que os mercados caíram e o preço do ouro subiu.”

Entretanto, o conselho de administração da bolsa de valores da Coreia do Sul convocou uma reunião de emergência para a manhã de quarta-feira, para debater a queda acentuada dos mercados financeiros.“Ainda não tomámos medidas quanto à reação da bolsa de valores às eleições dos Estados Unidos mas estamos a observar de perto os mercados e as eleições norte-americanas,” afirma Kang Byung-mo, director de análise do mercado financeiro na Korea Exchange.

Seja quem for o vencedor das eleições, a democracia será a derrotada, afirma o jornal China Daily, do Partido Comunista da China. A corrida eleitoral foi vista como uma “farsa política caótica” aos olhos de muitos.

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Antonio Carlos Lima Conceicao

09/11/2016 - 09h04

Se as bolsas caíram, então ele não era o candidato da rapinagem financeira internacional, o que isola um pouco os golpistas brasileiros.
Pelo visto, o eleitor mundo afora está cansado de servir a parasitagem financeira. Que a vontade do eleitor dos EUA seja respeitada, ao contrário do que ocorreu aqui.


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