Nova política de preços da Petrobrás é contra os brasileiros e o Brasil

Por Cláudio da Costa Oliveira, colunista do Cafezinho

A nova política de preços adotada pela Petrobras é uma afronta ao povo brasileiro e faz parte do Projeto Lesa-Pátria implantado na empresa.

Como empresa estatal a Petrobras deve estabelecer uma política de preços que atenda as suas necessidades financeiras e econômicas, mas que também, sempre que possível, beneficie o consumidor brasileiro, que em última análise é o proprietário da empresa.

Assim foi feito de 2011 a 2014, quando a Petrobras subsidiou a venda no mercado interno, num momento em que o preço internacional do petróleo sofreu alta elevação.

Esta politica beneficiou os consumidores brasileiros, sem impedir que a empresa apresentasse elevados lucros, distribuindo dividendos e dando participação a seus funcionários.

É claro que se naquele momento a Petrobras estabelecesse preços de derivados no mercado interno acompanhando os preços internacionais, o lucro teria sido muito maior, mas os beneficiados seriam os investidores em bolsa (Wall Street), e não os consumidores brasileiros.

Em 2013 tendo como presidente Graça Foster foi firmado :

“Nossa política de preços no Brasil busca alinhar o preço do petróleo e derivados aos internacionais no longo prazo. No entanto para minimizar os impactos das variações no consumidor domestico, os preços de diesel gasolina e outros produtos não são necessariamente reajustados para refletir a volatilidade da cotação do petróleo e derivados nos mercados internacionais e as variações cambiais no curto prazo.”

Em 2015, já com Bendine como presidente não houve grande alteração :

“Nossa política de preços busca, no longo prazo, alinhar os preços internos do petróleo e dos derivados aos praticados no mercado internacional, evitando repassar os reflexos da volatilidade destas cotações e do câmbio no curto prazo. Assim, mesmo buscando convergência no longo prazo, podemos passar por períodos em que os preços de nossos produtos não estejam alinhados asos internacionais”

Portanto a política de preços era flexível e buscava identificar oportunidades que beneficiassem os consumidores brasileiros.

Já a atual política estabelecida por Pedro Parente é bem clara em sua intenção de simplesmente maximizar o lucro e a geração de caixa, buscando alcançar a maior distribuição de dividendos possível e a redução da alavancagem para 2,5 , como estabelece Wall Street.

Em 14 de outubro de 2016 fomos informados da nova política como a seguir :

“Essa política a ser praticada pela Companhia, terá como princípios :

1- O preço de paridade internacional

2- – Uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação

3- Nível de participação no mercado.

4- Preços nunca abaixo da paridade internacional.

A política que será posta em prática prevê avaliações para revisão de preços pelo menos uma vez por mês.”

Verificamos portanto que na política de preços de Pedro Parente o consumidor brasileiro será um simples instrumento para geração de lucro e pagamento de dividendos em Wall Street.

O item 4 do plano é bem claro : “Preços nunca abaixo da paridade internacional “. O que significa dizer que acima pode.

Ou seja, os brasileiros pagarão sempre o preço máximo possível para impedir a entrada de concorrentes, com reajustes mensais.

Vejam a que ponto chegamos, um monopólio estatal explora o consumidor brasileiro para pagar dividendos em Wall Street. È isto que eles chamam de administração competente ?

O Brasil hoje é governado por colonizadores que só pensam em explorar o país e seu povo. É fantástico.

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