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Aragão: não há conversa com golpista. Eleições livres já!

(WILSON DIAS/ AGÊNCIA BRASIL/FOTOS PÚBLICAS) O golpe e o pecado de alianças com o inimigo de classe Por Eugênio José Guilherme de Aragão, sub-procurador da República e ex-ministro da Justiça Crime de rico a lei cobre, O Estado esmaga o oprimido. Não há direitos para o pobre, Ao rico tudo é permitido. À opressão não […]

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(WILSON DIAS/ AGÊNCIA BRASIL/FOTOS PÚBLICAS)

O golpe e o pecado de alianças com o inimigo de classe

Por Eugênio José Guilherme de Aragão, sub-procurador da República e ex-ministro da Justiça

Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!
(hino A Internacional)

A realidade histórica que nossa esquerda política parece não ter compreendido até hoje é a da luta de classes. Não se trata necessariamente de um confronto físico, como imaginam fascistas ignorantes, mas de um confronto de condições políticas, econômicas e ideológicas. Há um antagonismo inexorável entre aqueles que se apropriam da riqueza social e aqueles que a produzem e padecem sob a tutela violenta dos apropriadores, ou, formulado de forma mais simples, entre os parasitas do capital e os expropriados do produto de sua força de trabalho.

É escandaloso que, enquanto a maioria das brasileiras e dos brasileiros vive com salário mínimo ou até menos, devendo com ele cobrir suas despesas de habitação, vestuário, alimentação e educação dos filhos, uma minoria abastada não se contenta com seus polpudos ganhos do estado e exigem mesadas empresariais de 50, 500 mil ou até milhões, para garantir vantagens indevidas aos contratados em obras e serviços para a administração.

É preciso colocar a mão na cabeça e perguntar-se: que diabos alguém faz com uma mesada dessas??? Para quê tanto dinheiro? Para comprar SUVs, viver em apartamentos de luxo, frequentar jantares e coquetéis em ambientes para poucos e comprar roupas de custo imoral? Enquanto isso, nossos irmãos lascados se abrigam em barracos e barracões, de lona, de madeira, de alvenaria e latão, submetidos a todas intempéries possíveis, expostos a ratos, lacraias, baratas, escorpiões e a uma polícia violenta que em nada perde para os bandidos em crueldade. Captam água sem tratamento, convivem com esgoto a céu aberto e acessam a energia elétrica por gambiarras. Não têm assistência efetiva à saúde e a educação que lhes oferecem padece de permanente subinvestimento. Vestem-se com roupas velhas doadas ou mais novas, compradas em brechós. São obrigados a sair de madrugada de casa para se espremerem em condução publica cara e de péssima qualidade para chegar ao trabalho, onde abaixam a cabeça para não perder o emprego e comem de suas matulas simples esquentadas, quando possível, num microondas ou frias mesmo, quando o empregador não o disponibiliza. Chegam em casa à noite, fugindo dos assaltos e, esgotados, ainda cuidam de seus filhos e de suas filhas.

E nossa esquerda política, dizendo defender os desapropriados, não consegue, em nome de uma tal “governabilidade”, deixar de parlamentar com os apropriadores aos sorrisos, fazendo-lhes concessões em troca de migalhas de poder. Migalhas, diga-se de passagem, até bem-vindas, porque permitem um mínimo de ação inclusiva e redistributiva. Mas são migalhas, nada mais do que migalhas, se comparadas com a capacidade da apropriação criminosa do patrimônio público e social.

Compreender a luta de classes implica não aceitar arranjos de poder em detrimento do esforço de empoderamento da classe trabalhadora e dos excluídos. É não aceitar conchavos espúrios com o inimigo de classe. Acertos táticos eventuais com setores reacionários são possíveis apenas quando não agravam o desequilíbrio de forças no enfrentamento da profunda iniquidade.

Os atores progressistas foram alvo de um ataque vil coordenado por políticos golpistas inescrupulosos, com apoio das instituições judiciais e parajudiciais e da mídia comercial. Seus objetivos são o completo aniquilamento do frágil estado social brasileiro, piorando as condições de vida de milhões de trabalhadores e excluídos, bem como a entrega barata dos ativos nacionais, submetendo o Brasil aos interesses dos Estados Unidos da América. Tudo em prol de negociatas que constituem um assalto à Nação e nossa capitulação ao crime organizado, incluído o tráfico internacional de drogas. Quaisquer alianças que preservem os interesses e objetivos dos usurpadores corruptos da soberania popular são incompatíveis com o projeto de um Brasil altivo, independente e inclusivo, sendo, por isso, inaceitáveis para quem padece da profunda desigualdade econômica e para quem tem consciência política.

Fala-se que os partidos parceiros do golpe, PMDB e PSDB, afundados na lama das megapropinas, procuram “uma solução” para a crise em que enfiaram o País com auxílio da mídia e das agências persecutórias. Qual a solução? Desfazer o golpe? Reinstituir a presidenta eleita arrebatada covardemente por quem lhe devia lealdade de vice? Devolver o poder à soberania popular, para que escolha o caminho a seguir? Não, nada disso. Isso seria coisa de esquerdista. Querem aprofundar a agenda do golpe e, de preferência, com apoio do PT.

Como assim? Os partidos do golpe estariam tentando convencer Temer a largar o osso o mais rapidamente possível, com garantias de leniência na persecução penal, para que possam manter o rumo das “reformas” com um sucessor escolhido por suas bancadas de trombadinhas entre pessoas que não têm nenhum compromisso com os interesses da maioria das brasileiras e dos brasileiros. E, segundo avaliação dos golpistas, não poderiam perder tempo, pois, do contrário, impor-se-ia, na contramão de seus planos anti-povo, a vontade das ruas.

Vencida a hipocrisia, reina, agora, o cinismo absoluto. É evidente que esse Congresso contaminado por práticas de gatunagem na sustentação de um governo golpista ilegítimo não tem condições de escolher o futuro Presidente da República sem contaminar, também, seu governo com sua extorsão criminosa de vantagens materiais. Só a soberania popular manifestada em eleições diretas e livres poderá restaurar a democracia e permitir a afirmação dos interesses nacionais e da maioria das brasileiras e dos brasileiros.

Acordos com as forças da reação e do golpe só podem ser estabelecidos dentro desse objetivo: a realização imediata de novas eleições. Nada menos. Nossa preocupação é precisamente impedir a aprovação de medidas anti-povo. Só o restabelecimento de um governo legítimo conseguirá barrar as articulações espúrias no Congresso. Exigimos respeito!

Enquanto em Brasília o MPF leva à frente, sempre com métodos policialescos e num viés moralista que nega a história, o desbaratamento de quadrilhas no poder político, em Curitiba permanece a intenção de destruir as lideranças de esquerda e, mais precisamente, do PT. A burguesia sabe cumprir seu papel. A destruição da política como um todo é a afirmação absoluta do poder econômico e do poder burocrático subserviente àquele. Na luta de classes, temos que combater isso com toda nossa energia. E, para tanto, não é bom confiar no ministério público, na polícia e no judiciário, instituições que fizeram papel sujo no golpe dos corruptos; instituições que não passam de instrumentos dos apropriadores criminosos, a quem sempre trataram com leniência que contrasta com a severidade do julgamento público e escandaloso do PT e da esquerda. Se hoje essas instituições não têm outra opção que a de se afirmarem no combate às forças corruptas, isso se dá porque foram atropeladas pelos fatos. Não o fazem, porém, para preservar os interesses nacionais, promover justiça social e proteger direitos dos mais fracos. Fazem-no na alavancagem corporativa e privilegiam bandidos aquinhoados, dando-lhes imunidade judicial porque expuseram seus comparsas. E ainda acham que isso é um prêmio para brasileiras e brasileiros!

É importante não nos iludirmos. A saída eventual de Temer não altera nada na correlação de forças. Os golpistas mudam de cara mas não de tática e nem de estratégia. As forças progressistas continuam a ser alvos de um ataque destrutivo, com campanha de desmoralização midiática e com perseguição implacável. E, nesse contexto, não pode haver concessão nenhuma. A luta de classes não desaparece num passo de mágica, num apelo demagógico à união de todos as brasileiras e todos os brasileiros. Aceitar esse apelo é aceitar a aliança entre estuprador e estuprada. Precisam reconhecer o golpe que deram e reconhecer, como força política legítima, os vencedores das eleições de 2014 e, só depois, conversaremos sobre acertos pontuais táticos que permitam o avanço de nossa luta.

Com inimigos de classe, só se negocia entre a capitulação deles e a vitória de trabalhadores e excluídos.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Igor

28/05/2017 - 17h17

Aragão, O Breve, lutando desesperadamente para ver se consegue sair da agonizante e humilhante situação de OSTRACISMO. E essa paixão doentia pelo MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ALEXANDRE DE MORAES que ele não consegue há tempos disfarçar.

SERGIO GUIMARAES

27/05/2017 - 14h03

Concordo plenamente com a posição de Aragão, a “lei” tem que ser imposta igual para todos, a sorte deles é que o país ainda da essa liberdade de foro privilegiado, não podemos de imediato tirar o réu servidor da cadeira pública, se assim fosse já estaria no convívio negro familiar, chegaremos lá…

fernando

27/05/2017 - 13h18

Aragão escreveu o texto antes ou depois de encher o rabicó de chá de ayahuasca ?

Ronaldo de Almeida Bezerra

26/05/2017 - 23h50

Concordo com a posição de Aragão, nada de aceitar acordo com golpistas, já chega o voto em Rodrigo Maia para presedir a câmara. Vamos continuar a assistir o desmantelo do país com a classe de menor e sem renda pagando pelo golpe efetuado por um congresso sem credibilidade. Qualquer acordo é cair na ilusão da retomada da democracia e crescimento com justiça social. A palavra de ordem para a soberania do país é diretas já.

Claudio da Silva

26/05/2017 - 11h46

Admiro muito a coragem e lisura do Subprocurador Aragão. Ele mete o dedo na ferida da sacanagem política brasileira!!!

Eduardo Rodrigues Martins

24/05/2017 - 20h09

À luta, então, todos nós, como fizemos exemplarmente hoje em Brasília sem esmorecer!
Vamos avançar até derrotá-los nas ruas e também na política.
Novas manifestações, cotidianamente, nas ruas e praças, e não importa que tamanho tenham.
Uma nova greve geral ampliada em tempo (2 dias) e quantidade de adesões.
Um novo “Ocupa Brasília”, brevemente e com muito mais gente ainda.
Parabéns aos jovens, aos nem tanto assim, às mulheres todas, à gente toda que esteve hoje na Esplanada resistindo bravamente!

Valdeci

24/05/2017 - 19h20

Muito bom conhecer o pensamento de
Eugênio Aragão; um bom conselheiro com um nível intelectual muito elevado.

Roberto

24/05/2017 - 19h10

A esquerda brasileira também faz parte da oligarquia!

Até Darcy Ribeiro era filho de uma das famílias mais ricas do país!

Sérgio Neibert

24/05/2017 - 21h23

Concordo plenamente, estas integralmente certo. não tem como conversar com essa gente.

Adilson

24/05/2017 - 17h00

Se a Dilma tivesse desde o início colocado o Dr. Aragão na Justiça, os “meninos” de Curitiba não teriam instalado a ditadura da toga.

Júlio César

24/05/2017 - 16h44

Diretas já e eleições gerais. Porque o governo que entrar se ficar esse bando de larápios no congresso e na câmara vai ser difícil governar.

walter cruz de oliveira

24/05/2017 - 15h57

que clareza, que compromisso humano e nobreza de espirito do dr Aragao. A cultura escravagista esta impreguinada na alma da elite brasileira, o que se apresenta neste momento não é divergência politica ou luta por liberdade ecomômica e sim a saudade ou o ressentimento atê porque o nosso pais foi o ultimo pais do mundo a abandonar o trafico de navios negreiro ainda assim por pressão de paìses industiralizados da europa.

José Das Couves

24/05/2017 - 18h51

É disso que tô falando! Pocas ideia com golpista!

Laercio Ferreira

24/05/2017 - 17h04

UM SUB PROCURADOR , DIFÍCIL DE ENCONTRAR NA NEO COLÔNIA . ´UMA AGULHA NO PALHEIRO DO GOLPE DA CORRUPÇÃO, DAS MINORIAS ARIANAS E BRANCAS E´UM EU-GÊNIO ,SEM PAPA NA LÍNGUA , CONHECEDOR DAS ARTIMANHAS DA JUSTIÇA DOS RICOS , DENTRO DO JUDICIÁRIO PELEGO PRA ELITES SUBJUGADAS AOS CAPITAIS FINANCISTA, EX MINISTRO JÁ CALEJADO DAS FALCATRUAS DO LEGISLATIVO SEM LEI?

Valeria Miguez

24/05/2017 - 14h01

Pela volta de Dilma à Presidência! Já !

Gisele Silva

24/05/2017 - 16h55

Isso já ra virando novela mexicana. Ninguém quer se comprometer todo mundo compadre.

Maria Aparecida Barbosa

24/05/2017 - 13h36

Apoio pleno as eleições diretas, sem acordo. Espero que o trabalhador (a) assuma a responsabilidade da mudança, porque não dá para esperar nada das elites colonialista.

Alberto Loayza

24/05/2017 - 13h25

Sempre com análisis políticas claras. Parabéns!

Alberto

24/05/2017 - 13h21

Sempre com análisis políticas claras. Parabéns!

RICARDO CARDOSO

24/05/2017 - 13h15

É isso aí!!! Perfeita explanação!

Josildo Allves

24/05/2017 - 15h55

#DiretasJá #Foratemer

Luiz Carlos P. Oliveira

24/05/2017 - 12h48

Governar e legislar só com o voto vertical. Enquanto votarmos por esse sistema vai ser difícil. É inacreditável que o brasileiro vote num programa de governo, através de um presidente, e eleja, ao mesmo tempo, maioria que será oposição. É um sistema eleitoral descabido.

Luiz Carlos P. Oliveira

24/05/2017 - 12h45

Abaixo o golpe. Chega de tanta hipocrisia. DIRETAS JÁ. Ou reconduzam a Dilma ao cargo. Esses canalhas já provaram por que deram o golpe. Queriam parar a lava a jato. Aécio e Temer são os maiores bandidos desse país. Já passou da hora do justiceiro de Curitiba ouvir o que o Cunha tem para falar. E aí, como disse a Dilma, “não ficará pedra sobre pedra”.

Jorge Leite Pinto

24/05/2017 - 12h43

Perfeito!!!

Julio Senna

24/05/2017 - 15h36

Se não acontecer confrontos fisicos não haverá nada a conseguir, seguir articulando políticamente não tem nada a ver com o povo brasileiro, só tem a ver com maracutaias corruptas.

Edir Figueredo

24/05/2017 - 15h29

O povo quer diretas já.

Lucas Weglinski

24/05/2017 - 15h13

Lulu Pereira

24/05/2017 - 15h07

ouviu lula?

Vitor

24/05/2017 - 12h07

Alguém manda esse sujeito voltar ao planeta Terra.
O que a esquerda precisa aprender é a ganhar eleições legislativas. Enquanto não fizer isso, vai viver de textinhos xiliquentos e inúteis como esse.
Ninguém vai reconhecer nada, acorda!

    Teka

    24/05/2017 - 12h35

    Pô, cara! O que o Aragão está dizendo é exatamente isso. Antes de ganhar eleição presidencial, o PT vinha avançando gradualmente na conquista de espaços nas casas legislativas, até que estabilizou a linha de crescimento, aparentemente, atingido o limite. Veio a carta com a proposta de conciliação de interesses e composição para a governança. A aliança com as classes hegemônicas resultou exatamente nisto: a esquerda governa e a direita legisla. Aragão diz que isto não interessa mais. Os caras querem a guerra, com submissão absoluta dos trabalhadores! Não temos outra alternativa. A esquerda terá que assumir as tarefas de governar e de legislar. Disporá de meios e terá quadros com votos suficientes para impor esta correlação de domínio?
    Parece que é este o tipo de questão que está proposto.

      Vitor

      24/05/2017 - 13h51

      Camarada, para a esquerda assumir o papel de legislar, precisa primeiro alfabetizar politicamente o povo. Não adianta nada o cara votar em Lula e no deputado evangélico da igreja dele, por exemplo. E esse trabalho sempre foi ignorado pela esquerda. Não existe esse limite de que você fala (ou que seja de 54,5 milhões de votos), mas sem o Dirceu para falar nisso, parece que o PT ficou acéfalo.
      O texto fala em reconhecer os vencedores das eleições de 2014, mas esquece que os vencedores dessas eleições também são esses que estão no Congresso atual (gostemos deles ou não). Parece que há uma amnésia coletiva que esses caras também foram ELEITOS pelo povo. Achar que eleições diretas vai devolver alguma coisa é esquecer do que aconteceu em 2015.
      Enquanto a esquerda ficar nesse mi-mi-mi e blá-blá-blá do texto acima e não estruturar uma tática efetiva para eleições legislativas, nada vai mudar. Pode espernear a vontade…

        Antonio Carlos

        24/05/2017 - 16h36

        É melhor ter o executivo sem o legislativo do que ter nenhum.

          Vitor

          24/05/2017 - 17h41

          Eu vi a beleza que foi quando os acordos acabaram…

          Roberto

          24/05/2017 - 19h45

          E antes deles acabarem Lula renovava as licenças da globo, uma a uma!

    JVALDONIR

    24/05/2017 - 12h50

    Vitor, conheces a etmologia do teu nome???Não é possivel ter este nome e ser tão imbecil!!!!

      Vitor

      24/05/2017 - 13h32

      A eleição vai ser indireta e o imbecil sou eu, tá certo…

Thiago Silva

24/05/2017 - 15h07

Diretas já! !!!!

João Cláudio Fontes

24/05/2017 - 15h02

Fora Temer !!! Diretas já !!!

Lobo

24/05/2017 - 11h51

Infelizmente, Aragão esta certo! Tem que radicalizar e lutar para direitos…

Chico de Paula

24/05/2017 - 14h34

Ótimo texto.


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