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General ameaçou o STF e atacou a Constituição

Jeferson Miola As declarações absolutamente inaceitáveis do General Eduardo Villas Boas chocam muito pelo conteúdo, é claro. Mas chocam ainda mais por terem sido ditas por ele, autoridade máxima das forças armadas e alguém que até então se sobressaía pela sobriedade na crise. A nota no twitter destoa da autoridade e liderança apaziguadora que o […]

16 comentários
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Jeferson Miola

As declarações absolutamente inaceitáveis do General Eduardo Villas Boas chocam muito pelo conteúdo, é claro. Mas chocam ainda mais por terem sido ditas por ele, autoridade máxima das forças armadas e alguém que até então se sobressaía pela sobriedade na crise.

A nota no twitter destoa da autoridade e liderança apaziguadora que o Comandante do Exército vinha exercendo perante a tropa e também perante segmentos crispados da caserna.

O General não perdeu só o tom; perdeu o equilíbrio e a noção do papel constitucional reservado às forças armadas.

Alegando defender a Constituição, o General tomou justamente o partido daqueles que espezinham o princípio constitucional da presunção da inocência. A mensagem dele é clara: o STF só tem 2 alternativas: ou condena o Lula ou condena o Lula:

Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

É uma incógnita o motivo para a publicação destas manifestações absurdamente erráticas e inoportunas. Seriam fruto de tensões internas, de pressões externas ou a soma de ambas?

Independente da motivação para o ato do General, é fundamental haver uma condenação contundente à ameaça que ele fez não ao STF, mas à justiça, à Constituição e ao Estado de Direito.

É essencial a ampla e rápida manifestação democrática das organizações populares do campo e da cidade, da OAB, da CNBB, das entidades eclesiásticas, profissionais; dos políticos, partidos e juristas democráticos e de todos os setores comprometidos com a restauração do Estado de Direito.

O regime de exceção dá mostras inexoráveis de evolução para um regime de características fascistas. O assassinato da vereadora Marielle Franco e o atentado a tiros ao Lula são notáveis evidências disso.

O assanhamento de setores militares deve ser esmagado na origem, pois a adição do componente militar à dinâmica do golpe – justo neste contexto de fascistização do processo político – poderá jogar o país na ditadura mais profunda e arbitrária nunca antes vivenciada.

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Comentários

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Pedro Cândido Aguarrara

04/04/2018 - 12h42

Por quê só AGORA ele brada contra a impunidade???

Por quê não bradou contra a impunidade quando viu um processo contra Romero
Jucá ficar 14 ANOS no STF, “aguardando perícias”, e PRESCREVER!!!!

Cale a sua boca suja, nojento general, que precisa se sentir apoiado pela Globo para fazer declarações.

Declarações que desobedecem a Justiça Militar e a Constituição Federal.

E fica IMPUNE, esse estrupício, e falando em impunidade!

Volte pro seu quartel e fique por lá calado e quieto.

evlaldo ciríaco

04/04/2018 - 10h21

Tempos estranhos né; temos um juiz no Paraná que se declara um fora da lei; um procurador que faz greve de fome pela condenação de alguém; 3 patetas em um tribunal de 2ª instância, um revisor no STJ de cunho alemão; agora se junta a pior de todas a redEsgoto um general fora da lei. O que falta mesmo para uma guerra civil?

JOHN JAHNES

04/04/2018 - 09h52

RESPEITO À CONSTITUIÇÃO” pediu o general.
As pessoas honestas do Brasil só querem isso, “respeito à constituição”.
Chega de casuísmos, de condenações por ouvir falar, de falações em depoimentos forçados de bandidos confessos e que não provam nada do que dizem, não dá mais para que juízes partidários fujam da lei, e façam sua próprias leis, para ajudar os seus políticos preferidos em detrimentos dos políticos contrários a eles.
CHEGA, BASTA DE CASUÍSMOS. RESPEITEM A CONSTITUIÇÃO, SÓ, MAIS NADA, ESSA É A FUNÇÃO PRINCIPAL DOS ONZE MAGISTRADOS QUE SÃO MINISTROS DO STF.
1- QUAL A FUNÇÃO PRINCIPAL, TALVEZ ÚNICA, DO STF?
2- 2- O STF PODE MUDAR UM LEI QUE ESTÁ NA CONSTITUIÇÃO?
3- 3- O STF PODE INTERFERIR NOS OUTROS DOIS PODERES?
4- 4- O STF PODE FAZER UMA NOVA LEI?
Se você responder essas QUATRO perguntinhas que qualquer estudante de direito tem o dever e a obrigação de saber as respostas de cor e salteado, veremos que o correto será dar ONZE a ZERO, na votação da apelação de LULA, a favor dele.
Qualquer outro resultado é coisa de bandido de toga que quer inventar e mudar CLÁUSULA PÉTREA da CONSTITUIÇÃO, só para ter seu nome citado diariamente na mídia e parecer que é gente boa, quando na verdade só estará satisfazendo todos outros bandidos de togas que querem ficar famosos, condenando e prendendo, sem provas reais, só com falação de bandidos confessos, o grande ex-presidente LULA.

DIREITO AO PONTO” – O BRASIL NÃO É O PAÍS DA IMPUNIDADE
https://www.youtube.com/watch?time_continue=78&v=uTH9vL3IOns

    LUIZ PRETO

    04/04/2018 - 10h27

    Você inverteu os valores. O STF é composto por pessoas que nunca foram juízes e foram colocados ali por indicação política. Atuam para salvar seus “padrinhos”, políticos corruptos e interpretam as leis conforme o condenado. Nas demais instâncias os juízes são de carreira, atuam dentro das leis e são apartidários.

      Benoit

      04/04/2018 - 10h55

      Se as coisas funcionassem como deviam, o general seria demitido imediatamente e depois, dependendo da natureza dos pronunciamentos dele, deveria ser processado. Numa democracia não compete a defesa da constituição aos militares e sim das fronteiras do país, subordinados ao comando civil.

Marcos

04/04/2018 - 08h27

A democracia brasileira morreu. Podem enterrar o cadáver.

Beto Castro

04/04/2018 - 07h53

Tudo que está acontecendo no Brasil é porque as forças democráticas da Nação se omitem na defesa do Estado de Direito. Encurralados pela farsa que criaram, os golpistas não tem alternativas que não seja inventar mais mentiras para justificar as primeiras. Entre estas, a ameaça da força bruta para calar a democracia e suas instituições. Não há clima para um golpe militar contra 60% da população da Nação sob pena de um banho de sangue de proporções inimagináveis. Os políticos democráticos se limitam a fazer o jogo sujo dos aparelhadores do golpe que caminham para o fechamento dos três poderes como o último ato antes da barbárie. Todos já sabem o enredo desse teatro de marionetes através da cassação sumária dos mandados de golpistas e não golpistas em caso de reação dos poderes da República como ocorreu em 1964 e o mergulho do país numa carnificina sem precedentes, através de uma ditadura fascista cruenta e nefanda. Todos os brasileiros sabem quem são os criadores deste holocausto que diante da derrota na mesa de poker viciado ensaiam os seus blefes hediondos. Os anciões de pijama e meia dúzia de SSs ridículos não tem poderes para desafiar uma Nação inteira sem combustíveis para colocar em seus tanques sucateados e sem motoristas para os dirigir. A reação dos Estados federados será maligna. O país não pode viver à deriva a mercê de um punhado de traidores pusilânimes e calhordas enquanto os patriotas sofrem no desemprego e na fome e os vândalos doam as riquezas da Nação aos colonizadores oportunistas e vagabundos que financiaram o Golpe. Aqueles que ameaçam a Pátria sem noção da correlação de forças não passam de carrapetas. E carrapetas não dão em piões. Os aventureiros que mergulharam o país no caos que botem as suas barbas de molho, pois as listas com os seus nomes já circulam nas Universidades brasileiras e na internet. Se recolham as suas insignificâncias antes que tenham que fugir em barcos infláveis para os seus asilos nos países que escolheram para ser cidadãos de quinta coluna. O jogo sujo acabou!

    Beto Castro

    04/04/2018 - 09h51

    Onde se lê “mandados”, leia-se “mandatos” – Nona linha.

Juba

04/04/2018 - 07h48

O BRASIL VAI MUITO MAL.

baltazar pedrosa

04/04/2018 - 07h46

General entreguista,ele não se preocupa com a soberania brasileira, podem levar todas as empresas estratégicas do pais,entregue o pré sal,enterre a indústria naval,porque então você não é do bem,esse se tornou moleque de recado da rede golpe.

LUIZ PRETO

04/04/2018 - 07h20

Não podemos considerar uma nação democrática quando temos uma “suprema” corte formada por indicação política e serve apenas para salvar políticos bandidos. Dizem que estão ali para defender a Constituição (!?), então mostrem aonde está na Constituição esse absurdo salvo-conduto dado a Lula por 2 semanas. Isso é regime de exceção ! A maioria dos Ministros nunca foi juiz antes e a cada instante interpretam a lei de uma forma, dependendo do condenado. Só criam instabilidade jurídica.

Alex

04/04/2018 - 06h23

REDE GOEBBELS.

Moacir

04/04/2018 - 05h56

Eu que não concordo com ele, então, não sou um cidadão de bem?? Porém o dinheiro que pago de impostos lhe servem muito bem!!
Nossa, deve estar deslumbrado pelo Estado de exceção que estamos vivendo.
Não deu um pio em apoio ao Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, mas na defesa de golpistas parece ter muitas palavras, impressionante.

Virgilio de Santa Cruz

04/04/2018 - 05h03

A intervençao no Rio, foi o prenuncio do golpe militar!

Tudo orquestrado junto com a banda podre do judiciario, principalmente dos magistrados do sul e a midia canalha.

O assunto é sério e precisa de uma reação energica da população e denunciado nas organizações internacionais.

Patrice L

04/04/2018 - 02h55

Ele disse ‘repúdio à impunidade’?

Por que não falou isso por ocasião da anistia?

Luis

04/04/2018 - 01h14

É isso mesmo! Não se pode considerar que uma nação seja democrática, quando o Comandante do Exército faz ameaças à corte suprema do país, é curtido por uma instância jurídica subalterna TRF 4 e veja matéria do JN. Isso nos envergonha porque é anti civilizatório, esdrúxulo. É bem República das Bananas.


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