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CNI lança documento em defesa de política industrial

Na CNI Brasil precisa de política industrial que promova mudança estrutural e ganho de produtividade, diz CNI Entidade reitera importância de estratégia clara e com boa governança para conduzir modernização e diversificação da indústria diante da revolução digital O mundo vive um momento de valorização da política industrial. O tema é particularmente caro a grandes […]

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Robson Braga de Andrade. Foto: CNI.

Na CNI

Brasil precisa de política industrial que promova mudança estrutural e ganho de produtividade, diz CNI

Entidade reitera importância de estratégia clara e com boa governança para conduzir modernização e diversificação da indústria diante da revolução digital

O mundo vive um momento de valorização da política industrial. O tema é particularmente caro a grandes potências econômicas em função das oportunidades e dos desafios relacionados à quarta revolução industrial – a chamada Indústria 4.0 – e quem quer liderar esse movimento. Assim, é fundamental que o Brasil construa uma política industrial que tenha como objetivo a mudança estrutural da produção – com diversificação e sofisticação do que é produzido no país – aliada ao aumento de produtividade da economia, defende a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Não se trata de um mero pacote de incentivo e subsídios. A política industrial mudou e tem sido utilizada por Alemanha, China e Estados Unidos, por exemplo, para desenvolver segmentos industriais e tecnologias específicas. O surgimento da própria Indústria 4.0 é exemplo disso. A experiência internacional não deixa dúvidas de que apenas melhorias do ambiente de negócios e políticas horizontais de estímulo a pesquisa e desenvolvimento, apesar de essenciais, não são mais suficientes quando a competitividade da indústria está em jogo”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

FALHA DE MERCADO – No estudo inédito Critérios para uma nova agenda de política industrial, a CNI demonstra que nestes países a política é usada para corrigir falhas de mercado, em que é preciso a presença do Estado para coordenar esforços ou estimular o desenvolvimento de novas atividades e o fazem empregando diversos instrumentos, a depender dos desafios que a política se propõe a superar.

Uma falha de coordenação particularmente importante para o Brasil é a conectividade rural. De nada adianta desenvolver máquinas agrícolas, software e sensores se não houver banda larga no campo. Ao mesmo tempo, nenhuma empresa investirá para levar banda larga para zonas rurais remotas se não houver expectativa de retorno. O Estado, nesse caso, pode atuar como coordenador, para que os investimentos necessários sejam realizados simultaneamente, assegurando que a regulação setorial viabilize as novas atividades e tomando outras medidas que sejam necessárias para viabilizar os investimentos envolvidos.

A CNI também reconhece que planejar e executar políticas industriais no Brasil é tarefa mais difícil porque o país ainda não solucionou entraves sistêmicos à competitividade que criam um ambiente de negócios limitador para a política industrial cumprir seu papel.

“A política industrial deve promover uma transformação estrutural. Isso significa desenvolvimento e absorção de novas tecnologias, modernização da forma e do resultado da produção, com produtos de maior valor agregado. Não é simplesmente aumentar a produção, mas sofisticá-la”, prossegue o presidente da CNI.

Para isso, a partir da análise da forma como foram implementadas políticas bem sucedidas no exterior, o estudo traz recomendações de governança para garantir que a política industrial tenha condução adequada e atinja os objetivos alinhados ao interesse nacional.

RECOMENDAÇÕES – Entre elas, as principais são a criação de instância de articulação institucional entre os vários órgãos públicos envolvidos no planejamento e na execução de políticas, bem como uma instância de alto nível que mantenha diálogo permanente com o setor privado para identificação precisa de problemas e oportunidades para aplicação da política industrial; estabelecimento de metas claras e mensuráveis, com sistema de monitoramento que identifique falhas e promova ajustes prontamente; adoção de instrumentos temporários e específicos; gestão transparente; e estabelecimento de contrapartidas por parte do setor privado, compatíveis com os instrumentos e a duração dos estímulos propostos pela política.

A principal recomendação é que a boa política industrial não nasce com a escolha de um conjunto de instrumentos. Ela nasce a partir de uma estratégia, que identifica objetivos e, a partir daí, estabelece os mecanismos necessários para atingi-los.

DOWNLOAD – Acesse a íntegra do documento Critérios para uma nova agenda de política industrial.

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Silas

04/09/2019 - 08h21

A CNI sempre foi uma entidade que nos mais diversos governos sempre atuiu com a mesma facanha de argumentos justapostos com o interesse da entidade.
Atuando bravamente para construir uma indústria estimulada por pacotes do governos em varios incentivo fiscais ( dinheiro do contribuinte) para incrementar uma indústria que dedicou toda a sua estadia de ocupar o leito de coma do setor industrial.
O estado vegetativo do CNI contribui para que seus familiares dentes em quando soltasse notas declarando notas de óbito do setor.
Para que a comoção do governos eleitos fossem atraídas para o ente em eterna recuperação de impossível óbito.
Com isso o setor se apoderou por sua saúde industrial na formação de monopólios, quartéis , controles de preços, lobbies, abusos de preços ao consumo e o impedimento de entrada de concorrência em um mercado que arrasta junto com a indústria e a indumentária representada pela o CNI.
Para finalizar CNI chega troca o disco.
Nós povo e suas carpideiras já esgotados deste discursos atualizados e disfarçados de temporalidade.
Retira o seu paciente e não esqueça de abrir a janelas para que o sol volte a brilhar para o curso da sociedade e a gestão pública não seja complacente com este vitimismo.
Minhas condolências.

Nelson

04/09/2019 - 00h16

Eles ganharam isenções, desonerações e subsídios aos montes, ofertados pelos governos do PT. Mas, egoístas, “zoiudos”, acreditavam ser pouco. Queriam, como bons capitalistas, mais benesses ainda. Queriam liberdade total para acumular ainda mais lucros, coisa que os governos petistas relutavam em conceder-lhes.

Demonstraram que não tinham tanto interesse assim em política industrial quanto demonstram agora.
Ainda que bastante falha e tímida, a política industrial dos governos do PT previa a construção de um espaço para a indústria nacional.

Mas, eles optaram por apoiar o golpe arquitetado pelo Sistema de Poder que domina os EUA. E viram Temer iniciar a destruição do tímido programa industrial implementado pelo PT. E nada fizeram; nem piaram. Viram Temer dar isenção trilionária a petroleiras estrangeiras e bilionária da bancos e nada disseram. E correram, todos, a apoiarem Bolsonaro que apenas daria sequência à destruição total iniciada pelo temeroso.

E agora vêm falar em política industrial? “Conversa prá boi dormir”. Vão aplicar noutro.

Alan C

03/09/2019 - 18h36

CNI do pato amarelo….. agora vem com esse papo como se nada tivesse acontecido.


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