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Sebastián Archer discute os desafios do PT nas eleições do Rio

Freixo e o insustentável peso do aliado Por Sebastián Archer* Tempos complexos de crise institucional, econômica e sanitária, onde todos cenários padecem na primeira reflexão motivada, tamanha gama de combinações possíveis, sem nenhuma luz ao final do túnel. Este gesto do Freixo, esperado pelos que conheciam seu pensamento primeiro, a constituição de uma frente ampla […]

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Ricardo Stuckert

Freixo e o insustentável peso do aliado

Por Sebastián Archer*

Tempos complexos de crise institucional, econômica e sanitária, onde todos cenários padecem na primeira reflexão motivada, tamanha gama de combinações possíveis, sem nenhuma luz ao final do túnel.

Este gesto do Freixo, esperado pelos que conheciam seu pensamento primeiro, a constituição de uma frente ampla de esquerda, progressista, em defesa de um Rio esquartejado por gestões anteriores, maquiado para os grandes eventos sem contrapartidas sociais. Lembrando do pastor prefeito e da sua inesquecível Márcia, pronta para agendar até a instalação de um tomógrafo, ora proibido, ora permitido, dependendo do olhar do juiz de plantão.

Poucos entram em detalhes objetivos, apenas acompanhando o tom modular do gesto, do grande gesto, deste que é sem dúvida o nome a referenciar a afirmação da luta contra um golpe, seus retrocessos, formatados exatamente na cidade maravilhosa e no estado fluminense.

Rememoremos o circuito seguido por esta liderança entrelaçada pelo movimento Lula Livre, apenas na constituição inicial de uma “aliança”, com os erros naturais da velha formatação autoritária, diluída pelo festejo dos 40 anos de um partido amadurecido, o PT, onde sua atual juventude é conservadora e tímida na sua representação interna, mesmo sorridente.

Sacramentava-se um nome natural, esquecendo-se que o nome indicado para somar seria um peso, pelos índices de rejeição, à semelhança de 2016, com todas implicações do golpe concretizado naquele ano e os consequentes desdobramentos, para um partido que murcharia de 11 prefeituras para uma única, a de Maricá. Perderia a maioria dos seus deputados federais antes mesmo do pleito de 2018, cuja votação da majoritária em nada combinaria com a proporcional federal. A proporcional estadual ainda é mais grave porque um dos seus deputados é um reconhecido privatista de empresas públicas saudáveis e lucrativas. Em CPI’s uma assinatura sempre some em momentos cruciais.

Em recente live entre os “jovens” presidentes escolhidos pelas velhas e questionáveis práticas eleitorais internas, apresentadas para o público externo e, pior, para o interno, como democrático, o mais democrático, nos sinalizam a Benedita como única alternativa imposta. Certamente ambos inovaram em suas críticas ao Crivella e ao dito, “travestido”, Paes. Deste último podemos esperar um duplo sentido interpretativo destes “democráticos” representantes.

O quadro se complica para o PT, ainda pesado regionalmente, para levantar novos voos políticos, se o olhar evidenciar uma proximidade com os pulverizados movimentos sociais, como são suas desesperadas ações parlamentares locais, que já descaracterizam velhas bandeiras corretas, como o é o Projeto de Renda Mínima Universal que não se aplica à categorias ou ao corporativismo sindical.

Certamente os mais de 70 candidatos à candidatos ao pleito proporcional desconhecem o verdadeiro quadro em que estarão inseridos, cuja complexidade incorpora uma rejeição naturalizada e posturas contraditórias dos seus parlamentares estaduais e federais em votações importantes. Assim temas como privatizações, terceirizações e quarteirizações em áreas estratégicas, como saneamento, educação, transporte e, principalmente saúde, ganharão centralidade.

Neste caminho, uma bancada de dois poderá evaporar, mesmo rezando muito, sem contribuições para lá de ecumênicas.

As outras tantas campanhas, voltadas para um longínquo 2022, apenas atrapalham e ajudam na falsa polarização por sobrevivências. Neste quadro algo é certo, surpresas como a estreia da Unidade Popular e a possível afirmação do PSOL como principal bancada no município do Rio de Janeiro.
Lembrando parte da letra de uma música:

– Adeus
– Toma mais um
– Já amolei bastante
– De jeito algum!
– Muito obrigado, amigo
– Não tem de quê
– Por você ter me ouvido
– Amigo é prá essas coisas
– Tá…
– Tome um cabral
– Sua amizade basta
– Pode faltar

Me pergunto, o que pensaria Chê de uma OS?

*Sebastián Ocáriz Archer, fundador clandestino do PT, refiliado em 2010, membro da coordenação do Setorial Estadual de Saúde RJ, ativista digital e um dos fundadores do Ocupa PT.

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