Para tentar acabar com o isolamento do pré candidato a prefeito de São Paulo, Jilmar Tatto, o PT aposta na vinculação de imagem com o ex-presidente Lula, juntamente com o Fernando Haddad que foi derrotado em 2016 na reeleição para prefeito e 2018 nas eleições presidenciais.
A estratégia foi decidida após a chapa do PSOL formada por Guilherme Boulos e a ex-prefeita Luiza Erundina conquistar o apoio de figuras historicamente ligadas ao PT como Frei Beto, Leonardo Boff e Celso Amorim que foi criticado pelo presidente municipal do PT, Laércio Ribeiro, que rechaçou abrir mão de Tatto para apoiar Boulos.
“Lamento o fato de não dialogar com a candidatura do PT de São Paulo, que foi lançada pela base petista. O Celso Amorim sabe qual é o programa do Tatto? O que ele acha em relação a isso? Acha que o programa do Boulos é mais avançado do que o nosso?”
Na tentativa de segurar a militância, o núcleo petista cogita acionar o Conselho de Ética do partido e até medidas extremas como a censura e expulsão como já defendeu a presidente Nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, que minimizou o isolamento da pré-candidatura do PT na capital paulista.
“Toda campanha eleitoral enfrenta dificuldades no começo, principalmente quando há outros candidatos muito conhecidos. Mas o Jilmar Tatto está fazendo o diálogo político necessário com o povo de São Paulo, mostrando o que ele e o PT já fizeram e podem fazer pela capital. Quem apostar que a esquerda sairá menor desta eleição vai perder a aposta e os votos”, disse ao Valor.
Até o momento, Lula não se posicionou sobre o seu apoio a Tatto, que é defendida pelos petistas locais como forma de neutralizar as críticas.
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