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Francisco Souza: Reflexões sobre a estrategia de Ciro para 2022

Nesse momento pós eleições municipais muito se fala em Ciro Gomes. O presidenciável já recebeu elogios de uma gama de políticos de direita, centro-direita, centro-esquerda e da esquerda tradicional. Porque se fala tanto no terceiro colocado das eleições de 2018? O que isso significa para 2022? No momento atual, os políticos estão fazendo um jogo […]

20 comentários
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Nesse momento pós eleições municipais muito se fala em Ciro Gomes. O presidenciável já recebeu elogios de uma gama de políticos de direita, centro-direita, centro-esquerda e da esquerda tradicional.

Porque se fala tanto no terceiro colocado das eleições de 2018? O que isso significa para 2022? No momento atual, os políticos estão fazendo um jogo de projeção, imaginando cenários. Nenhum outro político do cenário nacional atual está atravessando uma tempestade perfeita como Ciro Gomes. Seguem alguns pontos para reflexão do seu protagonismo no atual cenário:

1 – Alianças acertadas nas eleições municipais renderam seis das nove capitais nordestinas, além de cidades importantes como Belo Horizonte e Niterói. Voltamos a 2018 nessa reflexão: apesar do bom desempenho no Ceará e no Rio Grande do Norte, parte considerável do abismo entre Ciro e Haddad no primeiro turno foi a votação recebida nesta região. De lá para cá, Ciro trabalhou bem as alianças regionais, firmando a parceria mais importante que ele pode ter, com o PSB.

Em 2022, Ciro chega com um apoio em seis dessas capitais, com prefeito ou vice de sua coligação. Haddad ou quem quer que seja o candidato petista chegará com zero. Não é pouca coisa. 

O primeiro turno de 2018 mostrou Ciro forte em algumas capitais e em algumas cidades médias, mas com pouca representatividade nos pequenos municípios. Pensando em tendências eleitorais, natural conquistar eleitorado primeiro nos locais de formação de opinião para depois atingir capilaridade. 

Não, a sua bolha da rede social não estava tão errada em 2018, em certos cortes demográficos e regionais, realmente Ciro teve boa votação. As alianças bem-sucedidas são o primeiro passo no processo de sua candidatura ganhar corpo. Ao que tudo indica, ele chega em 2022 em um cenário muito mais positivo do que 2018. Ter feito 12% em uma eleição polarizada como a de 2018 não foi pouca coisa. Os profissionais da política sabem disso.

2 – O eleitorado parece, pelo menos, mais resistente ao novo e ao não político. Se o pêndulo continuar a voltar ao normal, ótima notícia para Ciro e seus aliados. O grosso da competição que se anuncia para 2022 é composto de novidades exóticas, como Huck e Moro.

Políticos tradicionais já perceberam isso e sabem que se há um candidato que se vende como político profissional e experiente, esse cara é o Ciro. A disposição em buscar alianças com segmentos tradicionais da política ajuda muito, e isso leva ao terceiro ponto:

3 – O caminho para a centro esquerda passa pelo PT, mas não com o apoio deste. Ouvi de um dirigente petista no pós 2018 uma frase dura, mas verdadeira: “se o Ciro quer chegar ao segundo turno ele precisa ter mais votos que o PT, ninguém vai abrir o caminho para ele”. 

Isso é verdade, e a mudança da relação de forças parece mais rápida que o antecipado. Do 29% x 12% que foi o resultado em 2018, a disputa parece bem mais equilibrada no cenário atual. Pesquisa recente mostrou Ciro com 10%, Haddad com 8% e Boulos com 5%. 

É uma alteração significativa se compararmos com o final de 2016, período em que Lula ainda era mito, ainda tinha 40% e era favorito para a eleição caso pudesse concorrer.

Agora, o PT perde votos em ambos os lados. Ainda é muito forte e certamente terá uma boa votação em 2022, mas já não parece tão impossível imaginar que um candidato de centro esquerda possa fazer 15 ou 17% e ficar na frente do PT no primeiro turno. Esse é o jogo do Ciro quando ele fala em atravessar o rubicão para entrar na disputa de rejeição que é o segundo turno.

O que ele aposta – e grande parte do centro político sabe e concorda – é que candidato do PT ou apoiado pelo PT não ganhará as eleições no próximo ciclo. A famosa “união das esquerdas” é uma ilusão que certamente colocaria um candidato desse espetro no segundo turno, mas definitivamente para perder e reeleger Bolsonaro. Seria um candidato automaticamente com piso alto e teto baixo na questão potencial de votos.

4 – Isso faz Ciro acenar para a centro direita, fazendo o jogo (justo ou não) de emparedar PT e Bolsonaro em lados opostos. Isso funciona do ponto de vista eleitoral, embora não seja uma realidade.

O diálogo com o DEM, salvo alianças regionais interessantes como a da Bahia, é mais política de boa vizinhança do que qualquer outra coisa. O centro se movimenta, lembra da super aliança em torno de Alckmin que rendeu majestosos 4% e sabe que talvez nem todos estarão com o mesmo candidato em 2022.

Dória, Huck e Moro certamente farão alianças com esses partidos, mas como o próprio Ciro comentou, será que cabem todos no mesmo balaio? Um partido a se observar é o PSD, muito mais palatável e factível para a centro-esquerda.

Há nomes moderados na sigla que já foi de Juscelino em outros tempos: Otto Alencar, Raimundo Colombo, Afif Domingos e obviamente a estrela das eleições municipais, o prefeito reeleito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, amigo de Ciro.

Uma chapa PDT-PSB-PSD-Rede-PV-Avante seria muito melhor do que o PDT conseguiu em 2018. Definitivamente competitiva, e caso o PSB ou o PSD garantissem um vice representante do setor produtivo, é a concretização da chapa que Ciro tenta formar desde 2016. 

Evidentemente que as conversas podem ficar apenas em conversas, mas inegável que Ciro está em melhores condições nesse momento do que esteve no cenário pré-2018. Lula ainda era um gigante, e as discussões de com PT ou sem PT acabaram tomando muito tempo e não houve margem de manobra para se desassociar da imagem do partido em tempo do primeiro turno. Além disso, ficou sem vice, sem coligação, e a campanha toda foi uma espécie de resistência ou alternativa ao caos que acabou se concretizando.

Eis o atual momento que todos os políticos percebem. Eis o momento que figuras como o gênio do marketing político, João Santana, percebe e avisa. O cavalo selado vai passar na frente do Ciro, e, ao contrário de Marina Silva em 2014, ele precisa ser esperto para aproveitar essa chance de ouro.

Sem tempo para besteiras

Se Ciro realmente quer ser presidente, a hora de agir é agora. Não se começa a campanha em julho de 2022. Já passou da hora do PDT tratar essa oportunidade com a dedicação que o delicado momento nacional exige.

A hora é de ser profissional. Lembro de uma palestra do Ciro que acompanhei em uma universidade em Brasília, no início de 2018. Ele chegou sem muito alarde, acompanhado apenas de uma assessora em um carro alugado. Entre essas histórias há uma foto dele trocando pneu de um carro já no meio da campanha. Desculpem-me, mas é muito amadorismo para quem quer ganhar a presidência. 

É preciso ter uma equipe, a começar por um marqueteiro. João Santana já deu duas deixas pela mídia, elogiou, destacou o potencial do Ciro como candidato. Eu sei que o PDT não tem como contratar uma figura cara e controversa como o Santana, mas será que uma breve consultoria, um parecer ou pelo menos uma ligação? Gênio é gênio, não dá para desperdiçar uma figura como essa querendo te dar alguns toques.

Uma das dicas que João Santana provavelmente daria ao presidenciável é quanto ao temperamento. Isso pode e deve ser trabalhado para campanha. No meio da turma boa, é comum ouvir a justificativa e a defesa de algumas das falas mais incisivas, mas o marketing eleitoral deve moldar isso de forma a não atrapalhar o futuro candidato.

Por exemplo, justo ou não, será que era necessário dar um pescotapa no Mamãe Falei? Certo ou não, deveria ter dito que o vereador Fernando Holiday é capitão do mato? Em certos assuntos, não basta estar correto, não basta a crítica ser pontual. É preciso, antes de tudo, perguntar se vale a pena comprar essa briga.

Durante a campanha de 2018, o candidato perdeu o foco algumas vezes com essas brigas paralelas que não adicionaram nada em termos eleitorais. O bom aconselhamento de uma equipe profissional fará Ciro escolher quais divididas disputar. Talvez continue sendo estratégico dizer que a família dona do Itaú distribuiu R$ 9 bilhões em lucros e dividendos sem pagar imposto.

Talvez seja interessante lembrar que o dono da Localiza e ex-ministro de Bolsonaro compra e vende carros com subsidio federal enquanto defende Estado mínimo. Essas brigas fazem parte do Projeto Nacional de Desenvolvimento que ele defende. Faz sentido a crítica mais ácida ser nestes campos.

Já não basta que Ciro entrará na sua quarta campanha presidencial e pela quarta vez (já pode pedir música no Fantástico desde 2018) terá que desmentir Fake News que agrediu a atriz Patrícia Pillar. Não é necessário comprar novas brigas que acabam desvirtuando a discussão. Ciro ganha quando fala em trabalho, emprego e renda. Não há nenhum motivo para entrar em brigas paralelas com figuras irrelevantes do ponto de vista nacional.

PT e Lula

Isso nos leva a um assunto delicado e chave para a próxima disputa que é a relação com Lula e com o PT. A cada entrevista, fortes emoções para a militância. Mais uma vez as críticas são, geralmente, precisas, duras, verdadeiras e substanciadas, mas, assim como nas demais “tretas” é preciso saber como usar e quando usar.

O clima de guerra declarada entre a militância petista e a cirista não é novidade e tende a seguir desta forma até 2022. Por um lado, é um elogio petista, pois tanto empenho para criticar Ciro só pode significar o reconhecimento de que ele incomoda a hegemonia e é um player considerável para 2022.

Hoje não há coordenação desta militância. Por mais que DCM e outros queiram imaginar a existência de um gabinete, lamento informar que a turma boa é composta de lobos solitários agindo por conta própria no Twitter e em outras mídias.

Uma campanha profissional já começaria a coordenar isso desde ontem. A coordenação é fundamental para alertar os entusiastas de quando ir para o ataque, quando ignorar e quando ficar na defensiva. Militância sem rumo acaba não sendo militância, apenas bagunça.

Somente uma coordenação efetiva pode manejar a relação de Ciro com o PT. Eleitoralmente ele precisa deixar muito claro a sua diferença, mas ao mesmo tempo não pode receber o ódio que impediria o voto útil (ou programático) de esquerda nele.

Não faz sentido para um candidato que apresenta um plano para o Brasil não ter o seu próprio para chegar à presidência. Certamente se questionados, Ciro e o PDT afirmarão que estão fazendo o possível dentro das limitações.

Fica aqui a dica, a manifestação do que a militância gostaria de ver. É hora de agir como profissional para ganhar as eleições de 2022. Essa chance de ouro, o cavalo selado, talvez não apareça duas vezes na frente do ex-ministro. Resta saber agora se estes planos serão colocados em prática.

Francisco Souza é jornalista e servidor público do judiciário federal.

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Comentários

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TMS

29/12/2020 - 14h02

O PT teve 13 anos de chance de mudar o país e olha onde nos encontramos hj… Se a esquerda tivesse se unido em torno do PDT em 2018 hj não estaríamos vivendo este momento tão surreal… Mas bateram o pé no candidato deles… Vamos de Ciro2022!! PDT – trabalhismo e nacional-desenvolvimentismo… Escolas de turno integral CIEPs….

Cleudivan

12/12/2020 - 22h43

Muito bom texto.

Marcio Aurelio Soares

12/12/2020 - 11h30

Como pensar numa eleição nacional sem o PDT forte em SP.
Qual foi a estratégia do Ciro/PDT ao não apoiar as candidaturas majoritárias das gdes cidades do interior e do litoral Paulista?
Uma incognita!

Victor hugo Lusitano

11/12/2020 - 12h57

Acredito que a falta de um marketeiro é o diferencial do ciro. Sabemos oque esses caras querem em troca de apoio. A única coisa que o ciro precisa é que o povo abrace seu projeto, se assim feito, o sistema mudará e essa historia vai acabar!!!

NEI GEORGE PEREIRA PRADO

11/12/2020 - 09h26

Está se tornando profissional a campanha. Só falta um João Santana no comando. Vai dar certo: CIRO/2022.

Sebastião

11/12/2020 - 08h50

Pra Ciro ganhar uma possível eleição, necessita primeiro ir pro segundo turno. E ele não vai com os votos da direita, tampouco com os do centro. Precisa quer queira ou não, dos votos do PT, que uma parcela do eleitorado tem a administração Lula na memória.

Ele ataca Dino, Manuela, Boulos… Estes nada tem a ver com o ódio que ele tem de Lula. Acredito que seja por não confiar na palavra de Lula e por isso, busca ser uma terceira via. Ou se cacifar politicamente pra chegar como opção da esquerda. Mas a nível nacional, não há terceira via. O pessoal, argumenta no mesmo estilo ACM: LULA ROUBOU, MAS FEZ. E TANTOS OUTROS ROUBARAM?! SÓ LULA NÃO PODE? É essa parcela do eleitorado, que são cativo ao lulo-petismo que Ciro tanto critica. Embora ele se refira mais a militância estridente e fanática.

NeoTupi

11/12/2020 - 02h44

1) Alianças eram muito mais importantes quando tempo de TV decidia eleição. Hoje não decide mais.
2) Partidos fisiológicos apoiam quem traz dinheiro (ou muitos votos) para eleger deputados, senadores, governadores, etc. Ciro teria que virar candidato do mercado para liderar esse tipo de aliança. Vai vender a alma, como fez FHC em 1994?
3) Em 2018 todos subestimaram Bozo, a direita achando que ele cairia e seria ultrapassado, a esquerda achando que era o mais fácil de vencer no 2o. Turno. A facada mudou tudo. Agora Ciro subestima o PT e aposta em Bozo no 2o. Turno. O cenário pode ser bem outro. 7 anos seguidos de crise em 2022, 4 anos de governo Bozo com altas perdas para a classe média (que vota com a mão no bolso) e pobre traz uma probabilidade alta do PT chegar mais forte do que Bozo lá. E não vai ter outra facada. Então em vez de disputar a vaga do PT no 2o. Turno será bem mais fácil desbancar Bozo pela 2a. Vaga.

Edson

10/12/2020 - 22h57

Alan C,
Sobre o seu comentário aqui, citando Vera Magalhães, conceda-me o meu comentário, que eu acho que é para o bem do candidato Ciro: a Venezuela de Maduro é indefensável! Qualquer ditadura ou força política autoritária, tenha uma narrativa de direita ou de esquerda, é indefensável. A qualquer um de nós, quando por algum motivo cometermos o equívoco de defender autoritários e contrariados a democracia, cabe a simplicidade é humildade de pedir desculpas. Simples assim: ” defendi autoritarismo, atingi a democracia, peço desculpas”. Cabe observar: Vera Magalhães é uma jornalista gigante. O papel do jornalista é levar a informação e provocar a reflexão. Ela não escolhe a quem pergunta, apenas cumpre o papel de expor. Os beneficiados com as suas perguntas, se tiverem maturidade, ao invés de contestá-la podem aproveitar a oportunidade para fazer mea-culpa. Humildade e cultivo da verdade e da democracia só faz bem a todos. Viva o bom jornalismo e os bons jornalistas!

Edson

10/12/2020 - 22h35

Francisco Souza,
Nas suas reflexões aqui você trata da necessidade de ter uma estratégia profissional desde já para aumentar as chances de seu candidato, Ciro Gomes, obter sucesso na campanha presidencial de 2022. Na minha opinião você tem completa razão, e tenha certeza de que, mais do que nós dois, o candidato Ciro Gomes, com a experiência que tem de campanha, está consciente dessa necessidade. Mas, para você sentir como não é um empreendimento fácil construir e manter uma estratégia na qual é preciso compatibilizar necessidades, desejos, entendimentos etc, de eleitor a eleitor em uma campanha eleitoral, expressando o fenômeno social que é conseguir convergir a quase total diversidade humana em síntese política vitoriosa, destaco dois pontos de divergência em relação a você: i) chamar para a campanha um marqueteiro como o João Santana, mesmo que só para dar palpites, é uma afronta ao Rede, dada a imensa canalhice que esse sujeito fêz com a Marina na campanha de 2014, exatamente por Marina ter a Neca Setúbal como coordenadora de seu plano de educação. Neca Setúbal é uma das herdeiras do banco Itaú, mas que de fato é uma grande educadora e concentra toda a sua energia em pensar a educação; logo antes, em 2012, Neca tinha coordenado o programa de educação de Haddad na campanha para prefeito de São Paulo. A canalhice com Marina, feita pelo João Santana, pela Dilma candidata e pelo PT foi dizer que a Marina ia tirar dinheiro da educação e dar para os banqueiros. É bem o discurso aparentemente indignado, mas que não passa de hipocrisia: para ajudar o Haddad e o PT ela era educadora, mas para ajudar a Marina, era banqueira. Quanto à taxação de lucros e dividendos, quando você cita o próprio Itaú, precisa mesmo ser uma proposta desde a campanha, só que não para perseguir o capital e sim para mudar o perfil da tributação, fazendo incidir os tributos mais sobre o patrimônio e o lucro de quem é mais rico e menos sobre a produção e o consumo de quem é mais pobre. Não cabe, nunca cabe, pessoalizar. Pessoalizar, aliás, tem sido um dos erros que o Ciro comete em campanha.
Veja, Francisco, como não é fácil desenhar uma campanha, só entre dois eleitores, eu e você, existe um monte de diferenças a serem harmonizadas.

Ivan Monte

10/12/2020 - 21h59

Essa mania do Ciro nunca chegar ao segundo turno é que atrapalha…

Ivan Monte

10/12/2020 - 21h58

Eita que o comitê CAFEZINHO DO CIRO tá animado…

Katia Eliana Barroso Guimaraes

10/12/2020 - 20h03

Texto irretocavel. Sou leiga em política, mas achei tudo muito coerente e inteligente. Acho que não preciso pedir para que chegue urgentemente ao Ciro e ao PDT. Abraços

Milton

10/12/2020 - 19h34

Ciro realmente está no momento de ouro e precisa pra ontem melhorar o seu marketing pessoal e coordenação da base. Um currículo perfeito e a lição de casa ele já fez, agora falta focar na apresentação e entrevista para ficar com a vaga!

José de Souza

10/12/2020 - 19h17

Boa análise, sem dúvida.
A turma da Casagrande interditou Lula e o PT. Mas não quer o Boçal reeleito. Tudo indica que ele chegará ao segundo turno com os votos com a sua horda de fanáticos, tipo o Crivella no RJ. A Casagrande quer um candidato de suas hostes, limpinho e cheiroso. A centro direita só irá aliar-se ao Ciro se esse plano não colar, o que hoje é uma boa possibilidade. Ciro terá que fazer a sua “carta aos brasileiros” pra ganhar a confiança da Casagrande e fechar a aliança.
Só falta combinar com o eleitor. Ciro não tem carisma. Uma chapa Boulos/Lula pode tirá-lo do segundo turno, mesmo com uma aliança ampla. o povo não vota em alianças, por mais amplas que sejam. o povo vota em candidatos. Essa é a complicada sinuca de bico do Ciro, ao abandonar a esquerda petista e abraçar a centro direita.

    Rodrigo Silva

    11/12/2020 - 08h52

    Cara, vcs ainda não entenderam??!!! Na prática, a palavra de vcs não têm valor, pois as alianças estão sempre sob ameaça da hegemonia petista. Outra: para de relativizar a realidade, o povo não quer mais vcs no poder!!! As eleições de 2020 já demonstraram… o ódio já passou mas a rejeição continua alta. Vc não acha que há algo de errado com a forma de governar petista? Se não acha, continue acreditando nessa narrativa falida, a qual vem colecionando uma série de fracassos!!!! Mantenha essa arrogância em ser os donos da verdade e veja que a rejeição não vai parar de crescer.

Dio

10/12/2020 - 18h49

Excelente e necessária análise!

Alan C

10/12/2020 - 18h06

Interessante o ponto de vista do Francisco Souza. Eu já disse isso várias vezes e até para o próprio Ciro através dos seus perfis na rede, que é necessário ser mais profissional. A “equipe” do Ciro é disparada a mais amadora entre os principais presidenciáveis. Sem objetivos e metas traçados de forma profissional, pode esquecer, o fracasso é certo.
Cito o tremendo erro estratégico de ter concedido entrevista ao Roda Viva estando doente. Aquela fascistinha do UOL perguntou de Venezuela até tirar Ciro do sério. Faltou alguém com conhecimento para dizer à ele pra não ter concedido entrevista naquele estado de saúde.
Em contrapartida, lembro de outra entrevista na campanha de 2018 na Jovem Pan onde, quando perguntado de Venezuela (pela Vera Magalhães, lógico), após ter respondido a primeira ele perguntou rindo “nós não vamos falar de economia? De emprego? De inflação?” e quebrou os entrevistados.
Essas saídas boas serão sempre boas se houver gente profissional com ele.

    Batista

    11/12/2020 - 12h31

    Pensando impossível, mesmo devoto da fila do gargarejo, tu ainda não ter percebido, quando aceitará que o amador em questão, mais precisamente há 40 anos, trata-se de Narciro, pela simples razão que profissional no ramo de espelho, apenas o vidraceiro, ou tu achas que não passa dos 12% por graça e obra do ‘lulopetismo’?

    “Essas saídas boas serão sempre boas se houver gente profissional com ele.”

    Só rindo!

Cláudio

10/12/2020 - 17h01

Sempre falei isso, meu candidato é o Ciro Gomes para 2022, ele tem que focar no que é bom: PROJETO PARA BRASIL!
Ficar batendo no Lula e no PT pra tentar puxar votos da turma do bozo é bobagem e perda de tempo, Eleitores do bozo, partido novo, etc é um circulo fechado, e que tem certeza que bancos lucram muito porque movimentam a economia e ricos não tem que pagar impostos porque geram empregos.
CIRÂO DA MASSA 2022!!!

    Batista

    14/12/2020 - 11h48

    “Cirão da Massa”… (desnecessário informar a auto-ria).

    Em mais de 40 anos de vida política, o mais próximo das massas que Narcirão esteve, se deu no período em que Tasso levava-o aos regabofes da alta plumagem tucana, no Mássimo, para decidirem em ‘Petit Comité’ os destinos do Brasil, em nome da classe dominante, sobretudo do setor banqueiro.

    ‘Cirão da Massa’ é como bacalhau ‘com cabeça’, gordinho de calça ‘saint tropez’, judeu ortodoxo de chapéu panamá, muçulmano rezando em pé, bigorna sem marreta …


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