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Caetano e Freixo defendem voto em Baleia Rossi

Candidato a presidência da Câmara pelo bloco de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder do MDB, Baleia Rossi (SP), recebeu o apoio do cantor e compositor, Caetano Veloso, e do deputado federal, Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Já Freixo escreveu um artigo defendendo a candidatura do emedebista. Leia na íntegra! Precisamos derrotar Bolsonaro na Câmara Jair Bolsonaro já […]

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Candidato a presidência da Câmara pelo bloco de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder do MDB, Baleia Rossi (SP), recebeu o apoio do cantor e compositor, Caetano Veloso, e do deputado federal, Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

Fonte: Reprodução / Instagram
Fonte: Reprodução / Instagram

Já Freixo escreveu um artigo defendendo a candidatura do emedebista. Leia na íntegra!

Precisamos derrotar Bolsonaro na Câmara

Jair Bolsonaro já anunciou publicamente quem é o seu candidato à presidência da Câmara dos Deputados e o que espera dele caso consiga elegê-lo: o apoio a uma pauta antidemocrática e violenta que passa pela ampliação da liberação de armas para civis, incluindo as de uso restrito, como fuzis; a aprovação da excludente de ilicitude e a retirada do controle dos governos estaduais sobre as polícias, institucionalizando a bolsonarização dos quartéis e criando uma polícia política.

Bolsonaro não esconde que tem um plano golpista para 2022 e sabe que o Congresso Nacional tem centralidade nesse embate, que já está se desenrolando. Não à toa, ele está leiloando cargos e liberando verbas de emendas parlamentares para comprar votos dos deputados para o seu candidato. O presidente inclusive já disse que se não for reeleito no ano que vem, a violência no Brasil será pior do que a dos EUA.

Diante dessas ameaças explícitas, o comando da Câmara não pode estar nas mãos de um aliado de Bolsonaro até 2022. Por isso, defendo o ingresso da bancada do PSOL, assim como fizeram todos os partidos de esquerda, no bloco democrático cujo candidato é o deputado Baleia Rossi. Essa não é uma aliança programática, é uma união tática, forjada pela urgência do momento e pela imediata necessidade de derrotarmos o representante do Planalto e impedirmos que Bolsonaro controle a agenda do parlamento pelos próximos dois anos.

São muitas as divergências que tenho com Baleia Rossi em relação à economia e ao papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico do país. Entretanto, essa coalizão não significa um recuo. Pelo contrário: derrotado o candidato de Bolsonaro, seguiremos em trincheiras opostas, lutando por projetos distintos para Brasil, mas dentro dos marcos democráticos. E é justamente esse compromisso que nos une nesta conjuntura: a defesa da democracia, do Estado de Direito e do espírito da Constituição de 88.

Há quem ache que defender esses princípios é uma abstração. Não é. Quando falamos em proteger a Constituição, estamos nos referindo à garantia dos direitos das minorias, do controle sobre as polícias, do fortalecimento do SUS e da educação pública, dos limites para os avanços autoritários do Poder Executivo, da assistência aos mais pobres e da defesa do meio ambiente.

Também há quem defenda o voto em Baleia Rossi apenas no 2º turno. O problema é que o risco de não haver 2º turno é real. Essa é uma eleição extremamente polarizada e imprevisível, em que o tamanho da dissidência dentro das bancadas será decisiva e cada voto será fundamental. Não podemos errar.

As instituições, por mais frágeis e imperfeitas que sejam, são trincheiras que precisamos ocupar nessa batalha, porque o golpe bolsonarista é institucional, acontece por dentro do sistema democrático com o objetivo de subvertê-lo. O golpe não é uma ameaça, ele já está ocorrendo. Precisamos ter clareza disso e agir com a maturidade que esse desafio histórico nos impõe.

O PSOL tem debatido desde o fim do ano passado qual será seu posicionamento. Respeito profundamente essa discussão e seguirei a orientação do partido, mas quero deixar expressa a minha defesa pelo ingresso da bancada para fortalecer o bloco de enfrentamento ao bolsonarismo. O momento exige a formação de uma coalização capaz de derrotar os adversários da democracia.

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Alexandre Neres

20/01/2021 - 01h18

Infelizmente, a contragosto, terei que me posicionar em sentido contrário a Freixo e a Caê ao mesmo tempo. É uma honra ter Luiza Erundina candidata em meio a tantas nulidades.

Se Arthur Lira jamais levará um pedido de impeachment adiante, no que eu concordo, em termos, até pelo fato de ser um oportunista, não consigo me fiar na posição de que Baleia o fará. Baleia é um pulha esquivo. Ou alguém acredita em Maia que sentou em cima de todos os pedidos de impeachment, talvez por não ter detectado algo tão grave quanto uma pedalada, mas disse que decerto no futuro isso será inexorável. Francamente, que discurso rastaquera eleitoreiro.

Minha questão nem é esta, pra dizer a verdade. Sou contra o impeachment de Bolsonaro. Hoje descobri um aliado, quiçá o único, Cid Gomes. Não tenho a menor dúvida de que nunca foram cometidos tantos crimes de responsabilidade no atacado. Porém, nada mais previsível no desgoverno Bolsonero, ninguém pode alegar inocência e desconhecimento. Ele foi eleito com todos esses atributos. Não se pode esperar empatia de um perverso, de um sociopata, de quem defende a tortura a céu aberto, mas seus companheiros de voto golpistas fizeram de conta que não viram, enquanto os homens de bem do nosso país arcaico não se importam, pois quem deve se preocupar são os comunistas, os negros, os índios, as plantas, os animais (há controvérsias), os gays, as mulheres, ou seja, os objetos de tortura naturalizados em nosso país. Bolsonero representa a barbárie encarnada e os homens de bem em nosso país não estão nem aí para o estado democrático de direito e para os direitos e garantias fundamentais, a ponto de venerarem um marreco.

Vai ser mais traumático ainda para o Brasil ter um novo impeachment, afinal de contas somos uma republiqueta de bananas em que este instrumento foi desvirtuado, banalizado e vulgarizado de tal forma que além de tudo esses golpistas de merda nos legaram mais esta. Os efeitos se isso vier a ocorrer para a soberania popular, sobretudo para os partidos de esquerda que no porvir vierem a se eleger, os quais serão já questionados antes de tomarem posse, o que na verdade não é muito diferente da nossa história pregressa, do que já passaram Getúlio, JK e Jango, na clássica definição do calhorda Lacerda: “Não pode ser candidato. Se for,não pode ser eleito.Se eleito, não pode tomar posse. Se tomar posse, não pode governar”. Esta é a trágica sina da “esquerda” numa república bananeira, tampouco moderados são aceitos, só viceja quem acumula e tem conduta predatória.

Netho

20/01/2021 - 01h05

Freixo deveria apoiar a candidatura do PSOL, liderada por Erundina e manter acesa a chama permanente para identificar quem mandou matar Marielle Franco.
Baleia e Lira são farináceos da mesma cepa comprometida com a propinaria do Cartel do MDB e com as Milícias.
Não faz nenhum sentido, sob nenhum ponto de vista, que Freixo vire as costas ao PSOL para tocar a banda do “Botafogo” que represou todos os pedidos de impeachment da República das Milícias.
Caetano não é filiado ao PSOL, portanto faz o que se lhe dá na telha.
Freixo, porém, jamais poderia alinhar-se com os demais partidos quando o PSOL apresenta uma candidatura coerente com as imperativas necessidades do país e não com as conveniências dos partidos que vendem e entregam sistematicamente, uma a uma, as garantias sociais e trabalhistas na bacia das almas.


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