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Santos Cruz fala sobre aliança com Lula em 2022

O general Santos Cruz negou veementemente uma aliança com o ex-presidente Lula na eleição presidencial de 2022. Em nota, o ex-ministro da Secretaria de Governo afirmou que uma composição política desse nível é ‘impossível’ e que “o Brasil não merece ter que optar entre dois extremos já conhecidos, viciados e desgastados”. Santos Cruz é entusiasta […]

20 comentários
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O general Santos Cruz negou veementemente uma aliança com o ex-presidente Lula na eleição presidencial de 2022.

Em nota, o ex-ministro da Secretaria de Governo afirmou que uma composição política desse nível é ‘impossível’ e que “o Brasil não merece ter que optar entre dois extremos já conhecidos, viciados e desgastados”.

Santos Cruz é entusiasta de uma candidatura que apresente um projeto nacional e que fique longe da polarização entre Bolsonaro e PT. Para ele, o Brasil precisa de um presidente que “governe para todos e não apenas para os seus seguidores mais próximos”.

Sou um cidadão de direita (apesar de considerar as simplificações “direita e esquerda” limitadas e antiquadas). Considero o diálogo essencial e repudio o extremismo ideológico, a corrupção, o fanatismo político, o populismo e a demagogia”, disse.

O militar também aproveitou a ocasião para criticar a atuação do presidente Jair Bolsonaro na pandemia.

“É inaceitável que a pandemia tenha sido conduzida sem liderança, sem com falta de considerações técnicas, com constantes tentativas de desmoralização dos procedimentos apropriados, politização completa de todo o processo e até de medicamentos, e a consequente falta de vacinas, necessárias para salvar vidas e possibilitar o retorno das atividades econômicas”

Leia a nota na íntegra!

O Jornal O Estado de S. Paulo publicou, na edição de ontem (17.3.2021), a informação de que a direção do PT ventilou meu nome em um possível convite para compor uma chapa à Presidência da República com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, dentro de um movimento de aproximação com os militares. A respeito desse assunto, venho a público esclarecer a minha posição.

1.       Jamais recebi qualquer comunicação sobre o assunto em foco e não sou filiado a nenhum partido político. Também, por diversas outras razões, não é possível tal composição.

2.       Sou um cidadão de direita (apesar de considerar as simplificações “direita e esquerda” limitadas e antiquadas). Considero o diálogo essencial e repudio o extremismo ideológico, a corrupção, o fanatismo político, o populismo e a demagogia. Tenho sido claro em dizer que o Brasil não merece ter que optar entre dois extremos já conhecidos, viciados e desgastados. Ambos os extremos do nosso espectro político são exatamente iguais na prática e não servem para o Brasil.

3.       Neste momento, sou a favor de um governo que promova a paz e a união nacional, que governe para todos e não apenas para os seus seguidores mais próximos. A sociedade não pode viver em estado permanente de campanha política, dividida em amigos e inimigos, intoxicada e manipulada por extremistas. As instituições precisam ser independentes e o aparelhamento das mesmas é inaceitável. O Brasil precisa voltar ao equilíbrio, à normalidade.

4.       Minhas manifestações públicas têm os objetivos de alertar para o perigo do fanatismo político que gera violência e para as tentativas absurdas de arrastar o Exército, onde servi por cerca de 47 anos, para o dia-a-dia da política partidária e utilizá-lo como instrumento na disputa de poder.

5.       Sou crítico do governo por causa da influência de fanáticos extremistas, falta de comportamento adequado, afastamento das promessas que o levaram ao poder, postura populista, foco em reeleição, irresponsabilidade e polarização política.

6.        É inaceitável que a pandemia tenha sido conduzida sem liderança, sem com falta de considerações técnicas, com constantes tentativas de desmoralização dos procedimentos apropriados, politização completa de todo o processo e até de medicamentos, e a consequente falta de vacinas, necessárias para salvar vidas e possibilitar o retorno das atividades econômicas. Houve perda de tempo com banalidades e estamos absurdamente atrasados.    

7.       Considero a Operação Lava Jato um marco na nossa história e na esperança de combate à corrupção. Essa operação e outras devem ter continuidade, incluindo o aperfeiçoamento dos mecanismos de transparência e controle de contas públicas.

8.       A reforma do Estado deve contemplar a extinção de todos os privilégios, a começar pelo foro privilegiado.

9.   Acredito numa diplomacia atuante, responsável e multilateral, colocando o Brasil na liderança mundial das questões de preservação da Amazônia e do meio-ambiente.

10.    Considero a liberdade de opinião e de imprensa como fundamental para a democracia, que depende também do aperfeiçoamento permanente das instituições.

11. A descrença e o desprestígio no Executivo, no Legislativo e no Judiciário e em outras instituições precisam ser tratados com discussão de ideias e medidas que produzam os aperfeiçoamentos institucionais necessários.

12.   Não creio em salvador da pátria  e nem que exista necessidade de tal  salvamento. Acredito no trabalho e na capacidade dos cidadãos.

13. Como eleitor, espero que  as forças políticas e produtivas (empresários e cidadãos), construam alternativas que levem a um governo que traga de volta a paz, o respeito, a união, a recuperação  da economia, reduza a nossa imoral desigualdade social e auxilie os mais vulneráveis.

14. Essas são as razões pelas quais não existe nenhuma possibilidade da minha participação nos dois extremos que considero nocivos ao Brasil.

Brasília, 18.3.2021

Carlos Alberto dos Santos Cruz

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Comentários

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paulo jose da silva

19/08/2021 - 13h30

vcs são dementes o cara disse que não tem nada a ver com Lula ! na realidade ele mandou lula a merda não foi isso?

Israel just da RochaPita

30/05/2021 - 15h33

Quem-quer-este-imprestável-do-nosso-lado?-Não-serve-nem-pra-bucha-de-canhão.

enganado

26/04/2021 - 18h55

Candidatos de CENTRO; DÓRIA / FHC / ALCKMIN / ACM NETO / ZEMA / CAIADO / ___ÇARJIOU MORTOW__ / EDUARDO LEITE (RS) / TANTAN DINHEIROL / maURINA / CAVALO de TRIOA da DIREITA=$$$IRKÚ KOMY$$$ / RODRIGO MAIA / LIRA / CAMPOS (PE) / ALCOLHUMBRE / RATINHO JUNIOR / SILVIO SANTOS / CARLOS MOISÉ (SC / DANIELA REINEHR (SC) / JEREISSATE / . . . etc, todos são de CENTRO, CENTRO mesmo!!! , Além de tudo SÃO PATRIOTÍSSIMOS de 1ª hora a favor do neoliberalismo e entrega de tudo que ainda resta do ex-BRASIL, a BCA. INTERNACIONAL ANGLO-ZIONISTA . Será que o MERDANHA vai gostar da lista???

gilmar de jesus arcanjo

26/03/2021 - 12h58

saindo da boca de um animal deste, que deveria esta trabalhando, e não dando palpite errado, o que eles entendem de politica, nada. o brasil precisa de inteligencia nãode arrogancia, a prova esta ai para todo mujndo ver o expert em logistica provou, quem são voces.

Luiz Carlos

19/03/2021 - 10h19

Centrão penhoradamente agradece ! Esse aí já está em campanha para puxar a terceira ponta da polarização ! Sabem que dificilmente ganham, mas inrustidamente, ajudam a tirar votos de um lado e favorecer o outro. Simples assim !

Ricardo JC

19/03/2021 - 09h49

Essa entrevista é para rir ou para chorar? Ainda estou em dúvida. Quando ele diz que a Lava Jato é um “marco na nossa história e na esperança de combate à corrupção” só pode ser brincadeira. Onde ele esteve durante os últimos meses, após as revelações de toda a bandalheira promovida pela Lava Jato? A Lava Jato é a responsável por tudo isso que está aí. Ele se esqueceu que, neste contexto, também foi um dos responsáveis, demonstrando total incapacidade de julgamento quanto ao projeto de país que estava sendo implantado. Deveríamos ser poupados de pessoas como esse tal Gen. Santos Cruz. As Forças Armadas já deram provas mais do que suficientes de sua total incapacidade para algo diferente de jogar futebol de manhã e pintar meio-fio à tarde.

    Jacob Binsztok

    20/03/2021 - 00h20

    Faz o jogo da simulação e do cinismo ou seja saiu do governo em função de lutas internas e não em função de um projeto,não difere de Bolsonaro, seu amigo por mais de trinta anos.

Nilo Ricar

19/03/2021 - 02h32

Fiz um comentário……nao apareceu…..curioso

Batista

19/03/2021 - 02h05

Sei não, primeiro Kalil, depois general Santos Cruz, convidados e recusando serem ‘aliados’ do PT/Lula, segundo Estadão ou, O Globo, Folha, Época, Veja, Jovem Pan, o Antagonista e por aí segue a mais nova tentativa de desconstruírem Lula, em vão.

Nessa toada d’o Cafezinho corre-se o risco, antes de findar-se o outono, de ver-se, Damares, BolsoDoria, General Heleno, Lemann, o Véio da Havan e outros mais ou menos votados, também serem anunciados convidados e recusando.

Enquanto isso, na realidade não paralela, Lula convidado, aceita e dá entrevista à jornalista Cristiane Amanpour, na CNN internacional, exortando à união mundial contra a covid-19, tal como “na Segunda Guerra Mundial contra o nazismo”, sugerindo Biden para liderar o movimento pela vacinação mundial, convocando reunião de emergência do G-20, e Delfim Netto e Kassab dão dicas de como tirar o Brasil do brejo em que encontra-se atolado e coloca-lo novamente no rumo.

O que o desespero não faz…
Só mesmo rindo!

    Paulo

    19/03/2021 - 22h09

    Ah, Batista, Batista! Biden, Delfim Netto e Kassab, a que ponto vocês regrediram…

      Batista

      20/03/2021 - 19h14

      Ah, Paulo, Paulo!
      Quando para contraditar irá deixar a ‘zona de conforto’ da intelecção rasa, aquela d’água na canela, e arriscar-se mais pro fundão?

        Paulo

        20/03/2021 - 22h38

        Assim que você topar, Batista!

Helio

19/03/2021 - 01h22

São sabidas as limitações intelectuais do militar brasileiro, vis a vis o que demonstra o governo infestado por eles e a nossa história. Por outro lado, no imaginário desse grupo de servidores não viceja os conceitos mínimos de democracia. No meu entendimento, os meios de comunicação não deviam dar espaço para pronunciamento dos soldados, fora da área de suas especialidades. Deveria ser observado como nos países com democracias consolidadas, onde são profissionais, e são chamados apenas para falar de suas áreas afins.

Nubia Oliveira

18/03/2021 - 21h35

General Santos Cruz, quando o senhor apoiou Bolsonaro e tornou-se ministro de seu governo, o senhor via essas virtudes democráticas no capitão? O senhor desconhecia completamente quem era Bolsonaro, seu currículo nas Forças Armadas e na câmara federal? O senhor desconhecia que Bolsonaro era um extremista que sempre defendeu publicamente a tortura e a morte de seus opositores?

Lincoln

18/03/2021 - 21h29

Como assim dois extremos ?

Fala sério
Boa parte do que ele diz os governados moderados do pt implementou.

Declarações de apoio a Lula de:

Rodrigo Maia
Kassab
FHC

Dão a dimensão que o presidente Lula tem

O desmonte do Estado e a violência são ações diretas do presidente Bolsonaro.

Edivaldo Dias de Oliveira

18/03/2021 - 19h05

Tudo que ele diz desejar o PT construiu ou chegou bem perto disso e ele e seus comparsas ajudaram a destruir.

Quem ele pensa que pode alcançar o que disse desejar se não as forças democráticas, incluindo aí toda a esquerda?

Marcos Lefevre

18/03/2021 - 18h55

Santos Cruz sintetiza bem o que os brasileiros ponderados desejam. Um governante capaz, íntegro e equilibrado. Nada de extremos como temos hoje e tivemos nos últimos 15 anos. Parabéns Santos Cruz

    Ricardo JC

    19/03/2021 - 09h50

    São os famosos “cidadãos de bem”. Já sabemos onde isso vai dar!!!

Paulo

18/03/2021 - 18h50

1 a 14: caramba, esse cara sou eu! Ah, sim, um porém! Identificação absoluta, até os pontos tratados. Mas faltou ele falar sobre a linha de política econômica que deseja…

Sebastião

18/03/2021 - 18h14

E desde quando isso compete ao Exército? São forças que devem obedecer somente a Constituição. Villas Boas em 2018, fez pontes com os candidatos a presidência, quando já tinha o seu preferido que era Bolsonaro. Só foi este ganhar, se voltou contra o PT e contra a esquerda. Voltando com o fantasma do comunismo.


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