Para quem esperava uma demonstração de força para um suposto golpe militar, se frustrou profundamente. Os tanques velhos e sucateados do Exército que desfilaram em frente ao Palácio do Planalto, dignos de serem peças de museu, só mostrou que Jair Bolsonaro é um blefe, mas que está sempre disposto para humilhar as Forças Armadas, de onde foi expulso por terrorismo.
Ao lado dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Milton Ribeiro (Educação), Anderson Torres (Justiça), Gilson Machado (Turismo) e Onyx Lorenzoni (Trabalho), Bolsonaro recebeu o famigerado convite para participar da Operação Formosa em Goiás.
Um oficial do Exército foi quem parou em frente ao Planalto, desceu de um jipe, subiu a rampa, cumprimentou Bolsonaro e fez a entrega. De acordo com informações do Ministério da Defesa, cerca de 2,5 mil militares das três forças devem participar da tradicional operação.
Mas voltando ao desfile, o que se viu foi o retrato fidedigno da situação das Forças Armadas. Tanques velhos e sucateados serviram para mostrar aos brasileiros e ao mundo que nem os militares escapam da falência de um país que está a deriva de um projeto. A modernização parece ser uma palavra distante do vocabulário e da realidade dos quartéis.
Todavia, Bolsonaro não liga nenhum pouco para isso, como disse no início desse texto, ele nunca vai perder a oportunidade de humilhar às Forças Armadas que num país continental como o Brasil é de suma importância.
Mas de todo modo, também é vexatório que alguns comandantes se submetam aos caprichos de um criminoso e corrupto que já está derrotado. Nem o Supremo Tribunal Federal ou Congresso Nacional estão com medo dos delírios de um “mau militar”, como disse o general Ernesto Geisel em 1993. A história não perdoa os covardes!