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Vera e as verdades indigestas para a grande mídia

Ontem, a jornalista Vera Magalhães, colunista do Globo e âncora do Roda Viva, publicou uma coluna intitulada “Ciro e as verdades indigestas para o PT”. O texto é uma excelente oportunidade para discutirmos o que tem sido pontos centrais no debate político da nossa geração, e que poderão ser decisivos em 2022: os escândalos de […]

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O juiz Sérgio Moro recebe o Prêmio Faz Diferença como Personalidade do Ano do vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, e do Diretor de Redação do GLOBO, Ascânio Seleme Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Ontem, a jornalista Vera Magalhães, colunista do Globo e âncora do Roda Viva, publicou uma coluna intitulada “Ciro e as verdades indigestas para o PT”.

O texto é uma excelente oportunidade para discutirmos o que tem sido pontos centrais no debate político da nossa geração, e que poderão ser decisivos em 2022: os escândalos de corrupção, a parcialidade dos órgãos de justiça, e a função social da mídia.

Usarei a técnica de transcrever (em itálico) e comentar em seguida. Há sempre o risco de descontextualizar a opinião criticada, mas eu me esforçarei para evitá-lo.

Peço apenas aos comentaristas e à “militância” para que, em eventuais críticas a jornalista, mantenham sempre o respeito e a elegância, evitando qualquer ataque de ordem pessoal, porque em caso contrário vocês prejudicarão o seu próprio argumento. Apesar das críticas que faço aos argumentos de Vera Magalhães nessa coluna em particular, e das diferenças que temos no campo das políticas públicas, entendo que ela é uma jornalista empenhada em denunciar o autoritarismo e o negacionismo do governo Bolsonaro.

“Ciro e as verdades indigestas para o PT”

Por Vera Magalhães

15/10/2021 • 01:00

“Ciro Gomes tocou em feridas que ainda purgam para o PT e para Lula, mas que a narrativa de que tudo que se viu na Lava-Jato foi uma armação para levar ao impeachment de Dilma Rousseff e à prisão de seu padrinho e antecessor tenta esconder debaixo do tapete.”

Vera quer usar Ciro Gomes como ventrícolo de uma estratégia que a mídia decidiu adotar, que é ridicularizar a crítica do PT aos pecados processuais da Lava Jato.

A crítica à Lava Jato, desde muito tempo, não vem apenas do PT. Juristas de todos os credos, liberais, progressistas, marxistas, conservadores, chegaram a um acordo tácito de que a Lava Jato violou princípios fundamentais do Direito. O debate contou até mesmo com a participação de juristas estrangeiros, como o italiano Luigi Ferrajoli, o nome mais ilustre do chamado garantismo penal.  Se a Vera voltar aos discursos de ministros do STF por ocasião do julgamento da parcialidade de Sergio Moro, verá que as críticas à operação Lava Jato são profundas, no campo da hermenêutica, da ética e do compromisso com a justiça.

“Num vídeo de quase seis minutos, em que se percebe a pena, a vivência e o talento de João Santana, ex-marqueteiro de Lula e Dilma hoje com o pedetista, um Ciro com semblante sereno pontua muitos aspectos profundos e importantes que nos trouxeram até aqui, mas que são verdades indigestas ao lulopetismo.”

Esse “culto” a um marketeiro de campanha é uma das coisas mais bizarras que tenho visto na campanha de Ciro Gomes. Isso prejudica muito o candidato, porque a mensagem deixa de ser um produto autêntico, fruto de sua própria inteligência, e ele passa a ser visto como um leitor de teleprompter.

“Desde que o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações de Lula, ele e o partido não aceitam menos que capitulação por parte da imprensa e dos analistas em geral. Se você escrever que as penas de Lula foram anuladas, mas ele não foi absolvido, será alvo de uma saraivada de ataques.”

Esse é o ponto central da coluna de Vera. Ela sugere que Lula e PT “não aceitam menos que capitulação por parte da imprensa e dos analistas em geral”. Não há como deixar de notar aqui um complexo de culpa. Lava Jato, impeachment, prisão de Lula, foram capítulos dramáticos da nossa história recente que não seriam possíveis sem participação ativa da imprensa brasileira.

Um dos pilares da Lava Jato era a suposta “imparcialidade absoluta” do judiciário. A mídia brasileira sustentou as denúncias e as condenações da Lava Jato como se fosse absolutamente ridículo imaginar que tivessem sido manipuladas ou que fossem suspeitas. Esse pilar ruiu. A própria justiça revisou seus erros.

Mas havia outro pilar: a imparcialidade da grande imprensa e seus analistas. Esse pilar ainda não ruiu completamente. Com o advento de Bolsonaro, ao contrário, a grande imprensa recuperou seu prestígio junto a setores progressistas, pela razão simples de que o inimigo de meu inimigo é meu amigo.

A vitória de Lula em 2022, todavia, obrigará a grande imprensa a, no mínimo, aumentar o espaço concedido a uma outra visão sobre a Lava Jato. O presidente da república, que tem espaço natural em todas as mídias, poderá contar a sua versão ao povo: por que foi preso?

“Qualquer crítica, atual ou pretérita, que se faça a Lula e ao PT é prontamente catalogada como “falsa simetria” com o descalabro que é o governo Bolsonaro. Não importa que se esteja falando de coisas absolutamente diversas.”

A frase de Vera é a prova da recuperação da imagem positiva de Lula e do PT na opinião pública. Ela diz que qualquer crítica a Lula “é catalogada”, sem perceber que deixou a frase sem sujeito. Quem cataloga? É fácil supor de quem ela está falando: dos eleitores de Lula, que exercem o seu direito cívico e político de discordar publicamente das opiniões de Vera, o que é sempre constrangedor para jornalistas que iniciaram suas carreiras em espaços comodamente protegidos, em que se podia falar qualquer coisa sem que houvesse as reações imediatas, diretas, que vemos hoje.

“Ciro atingiu Lula a ponto de fazê-lo se despir do figurino do pacificador nacional e proferir uma grosseria a seu ex-ministro, dizendo que ele deve sofrer de sequelas da Covid-19 pelas críticas que faz. Ciro tem lugar de fala. E Lula e Dilma sabem disso.”

Sim, Ciro conseguiu tirar Lula do sério por um momento, mas Vera finge ignorar que o pedetista, para isso, fez muito pior do que uma “grosseria”: na entrevista ao Estadão, Ciro tenta associar Lula a vários casos de corrupção, sem apresentar nenhuma prova, afirma que o ex-presidente conspirou pelo impeachment, e, não satisfeito, depois veio ao twitter xingar Dilma Rousseff de “incompetente, inapatente e presunçosa”. Diante disso, a reação de Lula foi até delicada. O ex-presidente respondeu com uma ironia. Foi politicamente incorreto? Sim. Melhor ainda, porque foi uma resposta dada em linguagem popular, de fácil entendimento, enquanto o vídeo de Ciro Gomes, por exemplo, repete a linguagem pernóstica, complicada, piegas, que é uma das razões do ex-ministro não estabelecer nenhuma comunicação com as pessoas mais simples.

“É fato que o Instituto Lula era, no primeiro mandato de Dilma, um local de romaria pelo “volta, Lula”. Foi um movimento explícito, vocalizado por lideranças petistas.”

Fofoca. E fofoca imprecisa. O Volta Lula era um movimento anterior à reeleição de Dilma, e era perfeitamente democrático e natural. Qual o problema disso? Associar isso a um movimento de conspiração pelo impeachment de Dilma é, evidentemente, uma ilação sem pé nem cabeça.

“Também não é segredo que próceres do PT atribuíam a Dilma boa parte da responsabilidade pelos dissabores do partido, seja por sua condução da economia, seja pelas mudanças que promoveu na Petrobras e que deixaram descontentes pelo caminho. A queixa de que ela não controlava a Polícia Federal também era corrente quando o petrolão começou a ser investigado.”

Sim, havia críticas a Dilma dentro do PT, porque o PT é uma legenda democrática. Na época de Lula, também havia críticas a Lula. E não apenas dentro do PT. Muita gente da esquerda criticava Dilma. Muita gente na esquerda também criticava Lula. O Cafezinho criticava Dilma. Isso é democracia.  Dilma cometeu erros, mas era a presidente eleita por milhões de brasileiros! O fato de haver críticas a Dilma, dentro e fora do PT, sem que isso fosse nenhum problema, sem que ninguém fosse perseguido, é mais uma prova de que vivíamos um momento de grande liberdade democrática!

“O PT pretende aproveitar a dianteira tranquila de Lula nas pesquisas para passar o processo eleitoral todo sem enfrentar o debate sério sobre a corrupção que grassou no seu período. Como se os erros de condução da Lava-Jato, como a relação incabível entre Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa, que foram graves e vieram à tona em 2019, simplesmente transformassem todo o esquema que restou comprovado em história da carochinha.”

Esse também é o ponto central. Vera Magalhães, assim como boa parte da mídia, resistem em “capitular”. Deve ser difícil mesmo. Depois de anos vendendo a preço de ouro a narrativa da Lava Jato, como explicar aos leitores que o produto oferecido não valia tanto assim? Mas aqui a Vera nos oferece uma narrativa esquizofrênica. De um lado, ela admite que houve erros “graves” na Lava Jato, e que se notou uma relação “incabível” entre Sergio Moro e procuradores; de outro, ela assegura que o esquema “restou comprovado”. Restou comprovado por quem? Pelos mesmos procuradores e o mesmo Sergio Moro das relações incabíveis, dos mesmos que cometeram “graves erros”.  A verdade é dura, Vera, mas a desmoralização de Moro e dos procuradores exige, para sermos lógicos, que tudo seja reavaliado. Não há nada mais “comprovado”. Sabemos que houve corrupção, tudo bem. Mas de onde veio o dinheiro desviado, se é que houve desvios, porque aconteceu, e qual o grau de responsabilidade dos dirigentes políticos da época, isso terá de ser revisto também.

“Resta saber se essa estratégia será sustentável por um ano. Ciro, pela esquerda, está francamente disposto a colocar o dedo nessa ferida. É uma tática de tudo ou nada, porque parte da constatação de que sua viabilidade eleitoral depende de disputar com o hoje imbatível Lula um lugar no segundo turno.”

Vera entende aqui que Ciro está disposto a disputar um lugar no segundo turno – não no lugar de Bolsonaro, mas no lugar de Lula. Ciro andou errático nesse ponto. Iniciou o ano dizendo que sua luta era para tirar o PT do segundo turno. Quando Lula voltou ao páreo, ele passou a admitir que o petista já tinha um lugar garantido no embate final e que agora tentaria deslocar Bolsonaro. Seus recentes movimentos talvez dêem razão a Vera, de que ele voltou a priorizar um embate contra Lula, já no primeiro turno. Eu interpreto isso como um esforço de Ciro – e que se verá em todos os candidatos da terceira via – em evitar uma vitória do petista no primeiro turno.

O problema dessa estratégia é que ela se choca frontalmente com todo aquele papo de frente ampla em favor do impeachment.

Ora, se Ciro entende que todos os candidatos do campo democrático devem se unir contra Bolsonaro, então é irracional bater no candidato que todas as pesquisas indicam que é o nome mais forte para… derrotar Bolsonaro.

“Em 2020, em sua primeira entrevista depois de preso, ao “Roda viva”, João Santana disse sonhar com uma chapa em que Ciro seria candidato a presidente, tendo Lula como vice. A realidade não poderia tê-los tornado mais distantes um do outro, mas a predição serviu para aproximar o marqueteiro do pedetista.”

Ciro se deixou envolver fácil demais por João Santana. E como já disse acima, a impressão que tem passado, e que sua própria militância parece ter orgulho de espalhar, de que sua estratégia política é orientada por um marketeiro, não é boa para o candidato. Um candidato inteiramente orientado por um marketeiro corre o risco de ser visto como marionete. Uma das virtudes de Ciro era justamente a sua autenticidade e sua independência. Até isso ele está perdendo.

“Ambos estão arriscando tudo e trazendo à tona um debate que tem muito de catarse pessoal, mas também escancara um passado que o lulopetismo nunca se dispôs a encarar.”

O “ambos” aqui é Ciro e João Santana. Catarse pessoal… Por aí se vê como a estratégia de Ciro é vista. Se é vista assim mesmo por uma jornalista que nunca escondeu suas antipatias por Lula e pelo PT, imagine como essa estratégia tem sido interpretada por eleitores com alguma simpatia pelo ex-presidente, ou mesmo por aqueles mais neutros. As ideias de um “projeto nacional”, de “unir o país”,  que poderiam angariar votos moderados de ambos os espectros da polarização, foram postas de lado, e o que move a campanha pedetista é a “catarse pessoal” de Ciro e João Santana?

“Se, para se eleger em 2002, Lula precisou fazer uma Carta ao Povo Brasileiro, ideia de outro gênio caído da escola baiana de marketing político, Duda Mendonça, a esperança do caudilho e do partido é que, em 2022, a urgência de livrar o país da chaga que é Bolsonaro os livre da necessidade de novo mea-culpa. Até aqui parece ter funcionado, e de fato a maioria dos que prezam a civilização e a democracia se mostra disposta a votar em Lula para evitar um mal (muito) maior. Mas, se as coisas apertarem, como parece ser a aposta e a determinação de Ciro, pode ser necessário deixar as feridas purgarem em público. Na verdade, seria salutar.”

Para Vera, PT e Lula querem ser livrar da “necessidade de novo mea-culpa”. A expressão mea-culpa é infeliz e piegas. Um partido deve sempre se mostrar disposto a rever seus erros, a atualizar seu projeto, a discutir caminhos equivocados seguidos no passado. Mas mea-culpa? Mea-culpa não é um termo da política! Não queria repetir um clichê aqui, mas não resisto: a Vera Magalhães e a Globo não farão mea-culpa por terem chancelado uma operação que a própria Vera hoje admite que cometeu “graves erros”?

Enquanto a Lava Jato cometia seus “graves erros”, cara Vera, e milhões de postos de trabalho eram destruídos, a Globo dava o prêmio Faz Diferença a… Sergio Moro.

Você continua firme e forte em seu cargo, ganhando excelentes salários como colunista e âncora, mas e os milhares de engenheiros, técnicos e operários cujas vidas foram destruídas pela irresponsabilidade da Lava Jato?

O texto se encerra com uma feliz sinalização, por parte da colunista, de um voto em Lula.

Ela admite que “a maioria dos que prezam a civilização e a democracia se mostra disposta a votar em Lula para evitar um mal (muito) maior”. O advérbio “muito” inserido dentro dos parênteses indica que a colunista entende perfeitamente que o foco, hoje, deve ser derrotar a barbárie autoritária e negacionista encarnada em Jair Bolsonaro.

As “feridas” a serem purgadas em público, todavia, não são as de Lula, que ficou preso injustamente por quase dois anos, nem do PT, cujos dirigentes e militantes, sofreram nos últimos anos, o mais violento massacre midiático de que se tem notícia na história brasileira.

A crise de consciência, no caso dos problemas relacionados a Lava Jato, é sobretudo de setores da grande imprensa nacional.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Eduardo Santana

24/10/2021 - 05h36

Excelente análise, Miguel! Vera Magalhães, Globo, Folha, Estadão, entre outros, ofenderam e permanecem ofendendo, a inteligência de seres dotados de mais neurônios que uma ameba.

Paulo

19/10/2021 - 21h19

Um texto enorme que não responde a nenhuma das acusações feitas pelo Ciro.
Não vou votar em um cara enrolado em tudo que não presta.
Ciro22.

Renato caçador de falsos progressistas

18/10/2021 - 17h47

Será que Lula vai chamar Michel Temer para ser seu vice?
Se Lula foi rastejar apoio dos protagonistas do impeachment em Fortaleza, nada mais é impossível para o petista alcançar seu objetivo presidencial.
É um vale tudo.
Até falta de vergonha na cara.

    George Mello

    19/10/2021 - 07h14

    Até debaixo da maior cachoeira de provas, de inverdades, de calúnias e, finalmente, de 13 anos de avanços sociais e econômicos sem precedentes, algumas pessoas teimam em confundir a realidade de suas próprias picuinhas e recalques. O Brasil deveria se ajoelhar perante Lula e Dilma como ritual sagrado de reconhecimento pelo melhor período de sua história. Mas, não, se “rastejou”… Meu palpite é que trata-se de um cirista pelo formato da expressão. Deve ter aquela tentação de votar no capitão, se Ciro ficar de fora. Nosso povo é realmente incrível.

Alexandre Neres

18/10/2021 - 12h23

Quando vejo os autoproclamados progressistas manifestarem suas opiniões, confesso que fico deverasmente preocupado. Defendem à vera com a maior desfaçatez.

Eis trecho de artigo publicado pela jornalista Vera Magalhães acerca dos receios em torno da figura de Bolsonaro a uma semana das eleições, em 21/10/2018: “exagero proclamado em tom alarmista por eleitores do PT”.

“Em relação ao Congresso, foi importante a declaração de Bolsonaro segundo a qual, se eleito, não procurará interferir na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, nem fará pressão para que o comando da primeira fique com seu partido”.

“Por fim, se chega à relação com a imprensa. É louvável que ele tenha firmado por escrito no programa de governo o compromisso com a liberdade de imprensa – ao contrário de seu adversário, Fernando Haddad, cuja proposta fala textualmente em controle social da mídia”.

Não é difícil entender por que estamos nessa draga.

Não por acaso Vera Magalhães era uma lavajatista de primeira hora, sempre enaltecendo Moro por méritos que ele nunca teve, um queridinho da chamada imprensa profissional. A bem da verdade, o combate à corrupção se tornou a prostituta do estado democrático de direito. Não raro os caçadores de corruptos não passam de cassadores da democracia e dos direitos fundamentais.

O indefectível Merval Pereira, outro lavajatista de quatro costados, também não perdeu deixa de Ciro Gomes em sua coluna de ontem no afã de ressuscitar Sergio Morto: “Veja-se o que está já acontecendo com o debate entre o candidato do PDT, Ciro Gomes, e o PT, encarnado na liderança de Lula. O que parece mais uma birra de Ciro faz parte de uma estratégia eleitoral que está levando o PT a ter que reviver o governo Dilma, de quem Lula quer se distanciar, e toda a discussão sobre a corrupção petista que o partido tenta apagar da nossa história, como aquelas fotos do período stalinista que faziam desaparecer os desafetos do ditador.”

Passados quase três anos de uma gestão desastrosa, sedizentes progressistas naturalizam a conduta de determinado candidato que centra fogo no candidato progressista que reúne mais condições de derrotar o boçal-ignaro. Uma coisa é tecer críticas, apontar contradições, outra bem diferente é propor trégua e assestar todas as suas baterias com o objetivo de tentar reavivar a onda antipetista. Esses sinais emitidos foram logo captados por Merval e pelos farialimers, que por óbvio se aproveitarão da verborragia destemperada do Ciro Gomes pelo seu lugar de fala e depois o descartarão por não ter mais serventia, até porque já possuem os candidatos próprios e não precisam mais dele. Todavia, é inegável que o papel prestado por Ciro vem a calhar para os seus intentos. Não precisam fazer o serviço sujo.

Em suma, as eleições de 2022 serão difícílimas, teremos que derrotar nas urnas o neofascismo tosco que se instalou por essas plagas. Em pleno desgoverno Bolsonero, Ciro Gomes elegeu Lula como seu inimigo-mor, implodindo qualquer possibilidade de frente ampla em defesa da democracia contra o bolsonarismo. Parece que atacar incessantemente Lula rende mais holofotes do que Bolsonaro, e assim ganha mais cliques, tal qual uma celebridade, um BBB. Essa lulofixação deveria ser tratada no divã. PT e PDT são coirmãos, quem desbravou essa senda e mostrou o caminho foi Leonel Brizola em 1989. Oxalá em 2023 Ciro receba um bilhetinho azul e conclua a travessia, voltando para um dos partidos de suas origens, enquanto os pedetistas participarão do resgate do Brasil compondo o governo democrático e popular!

    Eduardo Santana

    24/10/2021 - 05h48

    Excelente comentário, Alexandre Neres! Ciro Gomes, por sua conduta errática, eivada de inveja e rancor, está fadado a tornar-se uma nulidade política.

Sip

18/10/2021 - 09h13

Oficialmente só acesso este site para ver os textos enormes defendendo de alguma forma o São Lula, o Barbudo.

Afinal de contas “nunca houve uma alma tão honesta quanto eu”. Aliás, lembram quando o Lula disse que a Dilma tinha nascido para “obedecer ordens”? Ninguém chama o Santo de misógino né? Naaaaaah.

O grande “erro” de todos foi não apoiar o Santo e tratar ele como deve, um ser inatacável, inquestionável, inabalável e correto. Afinal de contas, o que melhor que alguém de “esquerda” que é neo-liberal. Sinceramente isso é mais divertido do que ver bolsonarista apoiando o imbecil do Presidente.

Rogai por nós, São Lula, o Barbudo, a não ser que vossa santidade esteja dando trilhões para bancos, deixando 300 brasileiros com mais dinheiro do que metade da população ou talvez prometendo aos banqueiros maiores lucros! Igualdade social é dinheiro para banco! Salve São Lula! Só não se esqueça de tirar sarro da minha avó e tia que morreram pro maldito vírus apenas pra dar uma cutucada no adversário político.

Patrice L

18/10/2021 - 00h41

Despida dos disfarces, a campanha do Ciro é mais identificável com o “eu tenho aquilo roxo” do Collor; com a falta de povo, povo mesmo, tal como na favela cenográfica do Serra (ver o grotesco vídeo do Ciro falando sozinho na favela); e com os trejeitos fascistas e fake news do Bozo (o Ciro tem dado provas e mais provas de que não se importa em mentir). Sem falar no descarado utilitarismo em que anões morais da noite pro dia viram gigantes morais, na condição em que Ciro seja alçado ao cinderellismo político e lhe caiba o sapatinho presidencial. Senão, à meia-noite da decepção ou inutilidade, desvira tudo de novo! Bem que se diz que, por inconfiável, o Ciro será usado pela direita apenas como aríete nas palavras sábias do colunista Lelê Teles:

“É isso”, pensei comigo, “assim como fizeram com Heloisa Helena, Marina Silva e Cristovam Buarque, os bilionários se divertem batendo palmas para os delírios de Ciro, ele é útil enquanto faz do seu ressentimento uma arma para tentar destruir a reputação do sapo barbudo, mas ninguém leva o sujeito a sério, é uma espécie de aríete com o qual tentam arrombar a porta, mas uma vez a porta aberta, ele não entra”.

Felipe

17/10/2021 - 23h29

Pois é camarada, não consigo traduzir a mente dessas pessoas que se iludem com falsos profetas e com voltas ao passado que já não existe mais. Precisamos mudar para coisas concretas, projetos, programas, disciplina administrativa, objetivos claros.
Até agora só vi Ciro Gomes apresentando essas ideias. Se algum outro tiver a coragem de fazê-lo com clareza, haveremos de discutir e analisar.
Chega de colocar o Brasil nas mãos de gente despreparada e ladrões.

Felipe

17/10/2021 - 23h24

Excelente análise, parabens

Felipe

17/10/2021 - 23h23

Parabéns pela resposta ao Rosário, ex-cirista que me parece ter virado caneca.

EdsonLuiz.

17/10/2021 - 21h54

Vera Magalhães discute bolsonaro e seus bolsonarismos e bolsonaristas porque Vera Magalhães é jornalista de opinião política!

Vera Magalhães discute Lula e suas lulisses e lulistas porque Vera Magalhães
é jornalista de opinião política!

Vera Magalhães tem compromisso com a verdade porque compromisso com a verdade, sem relativizações descabidas e convenientes, como as relativizações que o PT fazia e pregava abertamente faz pouco tempo, absurdamente, como um apelo à dissolução da verdade – “A verdade não existe”: este era um mantra repetido pelo petismo até conseguir doutrinar. E, mais grave, era pregado e repetido dentro de salas de aula de universidades por professores petistas, com perseguição e assédio moral a quem contestava a dissolução da verdade daquela forma tão descarada como o PT fazia.

Dissolver a verdade e negá-la é uma tática de quem quer inventar uma verdade artificial em substituição aos fatos, aos dados e às evidência. É mesmo coisa de crápulas; é coisa de jagunços políticos, substituindo a verdade pela narrativa que mais convém aos mentirosos políticos da militância político-religiosa moderna.

A falsificação da verdade não é ‘virtù’ da ultra-esquerda, de populistas ditos de esquerda ou de cúmplices interesseiros dessas duas modalidades de farça política. A ultra-direita e populistas ditos de direita também fazem essas falsificações e desvirtuam a verdade.

O PT durante muito tempo desvirtuou e corrompeu a verdade com método é sem pudor. Coitado do jornalismo profissional e de todo cidadão para contrapor as mentiras e narrativas fraudulentas do PT. Mas aí reapareceu com força no nosso país uma coisa que pensávamos extinta ou mínima, a extrema-direita, ressurgida como subproduto da era PT.

O bolsonarismo, legenda dessa ultra-direita ressurgida no Brasil, aprendeu, assimilou aplicou e aplica a antiverdade ainda mais que o PT. Mentira e narrativa, para o bolsonarismo, é esporte! E fazem isso de forma tão descarada quanto o PT fazia, com a única diferença de que o bolsonarismo não teoriza, não constrói falsas teorias para justificar a dissolução da verdade, só a praticam. Já o PT importou e forjou subteorias para dar validade às narrativas petistas mentirosas.

O PT não prega mais abertamente a dissolução da verdade, mas a pratica todo dia. E as mentiras veem do PT até falsificadas sob a forma de “estudos acadêmicos” para narrar como sucesso o desastre econômico que o PT construiu; distorce as análises de dados para se apropriar de resultados que vieram dentro dos governos PT mas que são mais propriamente amadurecimentos de políticas de governos anteriores, e narram sem objetividade exata o que eles chamam mentirosamente de “inocentamento de Lula” e o impeachment de Dilma, por exemplo.

Mas, se todos temos que valorizar e praticar a verdade e a honestidade, certas profissões precisam fazer da verdade e da honestidade uma obrigação absoluta. Talvez que a profissão mais obrigada à verdade seja a sagrada profissão de jornalista.

Vera Magalhães É jornalista.

Quando Vera Magalhães desnuda o bolsonarismo, o faz por obrigação profissional. Ela não quer que mal-intencionados a defendam nesse particular
de desmascarar o bolsonarismo e esconderem o trabalhoso desmascaramento que ela também faz do petismo e sua corrupção.

Quando Vera Magalhães desnuda o petismo e a corrupção escancarada de petistas, Vera Magalhães só está sendo profissional!

Vera Magalhães seria não-profissional caso desmascarasse só o bolsonarismo e se omitisse ou praticasse mentiras para proteger o petismo!

Do mesmo modo, Vera Magalhães seria não-profissional caso desmascarasse só o petismo e protegesse o bolsonarismo com omissões ou mentiras.

Para ser jornalista, o compromisso em não dissolver a verdade é vital. Vera nåo protege atores e não se afasta de verdade exatamente por isso: Vera Magalhães É jornalista!

E verdade à Vera não é moralismo, é moralidade!

IVETE MARIA CARIBE DA ROCHA

17/10/2021 - 18h33

Quem ainda acredita que a lava jato, ou está surdo e cego, além de Ignorante político

Patrice L

17/10/2021 - 18h03

Lola Aronovich
@lolaescreva
Bolsoleite, Bolsodoria, Bolsomoro, Bolsomandetta, Bolsomoedo, Datenaro, Bolsohulk… O único q hj é 3a via q ñ apoiou Bolsonaro explicitamente no 2o turno de 2018 foi o Bolsociro. Pq foi pra Paris.

Mauro

17/10/2021 - 15h55

Concordei bastante, sobretudo no que diz respeito ao massacre midiático da grande mídia sobre Lula e o PT àquela época. Contiudo, que ambos façam a autocrítica necessária. Se Vera nao se dispõe a isto, tampouco o faz o PT. Nada a declarar? Foi tudo uma grande armação midiática? Não houve erros, corrupção? Lula NADA tinha com isto? Palocci é um corrupto confesso, uma ovelha desgarrada, enquanto o partido e seu guia supremo restam impolutos? Ora, se os erros da LavaJato (desde sempre denunciados por Ciro, diga-se) estão hoje escancarados, não servem de álibi para eximir o PT de todos os seus próprios. Mas o Partido dos Trabalhadores segue acreditando serem ainda os detentores de uma pureza moral que nunca tiveram. Da minha parte, cansei disso.

E mais dois reparos, se me permite:

“Ciro, não satisfeito, depois veio ao twitter xingar Dilma Rousseff de “incompetente, inapatente e presunçosa”. A colocação me parece injusta. Ciro não “xingou” de incompetente. Francamente, isso lá é xingamento? Ou não se pode mais fazer a critica aberta, e mais ainda, a uma ex governante?? Quem a quiser competente que o declare. E não vejo ninguém faze-lo, nem no próprio PT. De mais a mais, Ciro apenas reagiu ao comentário da própria Dilma, este sim ofensivo, ao chama-lo de mentiroso e fazer referência a sua suposta impopularidade avaliada em pesquisas. Soberba desnecessária. Se apequenou, e deu um tiro no pé ao levantar esta bola, logo ela que de impopularidade bem entende, e no cargo! Podia passar sem essa, pois sabemos que sua outrora alta popularidade era postiça, e que jamais se elegeria por conta própria. Ademais, desde quando crítica passou a ser renomeada de ataque? Nao se pode mais apontar erros que tudo é levado ao nível da agressão?
Por fim, João Santana pode estar sendo por demais valorizado, sim. Mas alguém que acompanhe a trajetória do Ciro pode realmente acreditar que ele segue cegamente o que seu mestre indica, acriticamente? Ou não será que, por outra, debatem internamente estratégias de atuação, correção de rumos, ajuste de imagem e linguagem, etc? Mais provável que o instinto do Ciro fale até mais alto que as orientações do mago baiano. Que consigam acertar os ponteiros e o tom. O Brasil merece.

Daniel

17/10/2021 - 15h45

A esquerda se agarrar a Lula no ano de 2022 é claro sinal de falência.

Sem renovação, sem discurso político atual, sempre os mesmos velhos podres, corruptos, que entregaram o Brasil nas mãos de bandidos de todas as espécies eque ninguém que ver mais nem de longe.

Francisco*

17/10/2021 - 13h23

Como sempre se soube entre os que não perderam completamente a razão, lamentável apreciar, mas prazerosamente reveladora, a transição desse VLT midiático, antes tão absolutamente convicto e sócio das lavajatices sem crivo e agora a dissimular e dar voltas à mea-culpa, meio covarde, meio canalha, exercida persecutoriamente por tão longo tempo, contra o PT e em especial contra seu líder maior, Luiz Inácio Lula da Silva.

Enquanto a antes convicta Vera, abduz hoje os fatos para poder assoviando saltar a mea-culpa comprovadamente requerida e antes tão exigida dos que declaravam e provaram-se inocentes, e movimenta-se em transição ao declarar voto em Lula contra Bolsonaro, com o olho ainda ligado à vã esperança da volta do marreco, reabilitado, para poder saltar de banda e dar uma banana, pois lhe é da natureza, seu colega de profissão, Elio Gaspari, hoje, também dá voltas à mea-culpa, porém previdente, corta laços com a operação persecutória, revelando e amassando o marreco, Russo na organização lavajateira, conforme excertos que seguem, do artigo, ‘Sérgio Moro precisará se reinventar’:

“Em 2017, no apogeu da Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro parecia ter tudo para disputar a sucessão de Michel Temer.

(…) Condenou o ex-presidente Lula que foi para o cárcere protestando inocência. Com a ajuda de um tuíte do comandante do Exército, evitou-se que o Supremo Tribunal Federal lhe concedesse um habeas corpus.

(…) surpreendeu o país. Passou o tempo e ele produziu novas surpresas. Divulgou a colaboração do comissário Antonio Palocci às vésperas da eleição de 2018 e, poucos meses depois, aceitou o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, que haveria de fritá-lo.

(…) Passou o tempo, Lula prevaleceu em mais de uma dezena de processos, enquanto o juiz de Curitiba teve sua parcialidade apontada pelo Supremo Tribunal Federal. A Lava Jato revelou-se um desengano, se acabou na quarta-feira e pelas ruas o que se vê é uma gente que nem se sorri.

(…) Moro está no Brasil, conversando em torno da hipótese de vir a ser candidato na eleição do ano que vem.

(…) terá que se reinventar, pois o juiz de Curitiba empobreceu a luta contra a corrupção em Pindorama. Seus meios revelaram-se catastróficos e sua ida para o governo de Bolsonaro tisnou-lhe a biografia. Seu silêncio desde que deixou o ministério agravou essa situação.

(…) se apresentava como alguém capaz de destruir um sistema político azeitado pela corrupção. Veio, viu e perdeu. O governo que ajudou a eleger gravita em torno das mesmas figuras que davam (e recebiam) as cartas antes da Lava Jato.

(…) O ponto final da rota do último Moro foi o fenômeno Jair Bolsonaro, com seus subsidiários, como o juiz carioca Wilson Witzel.

(…) Seu críticos lembraram que a “Mani Pulite” produziu Silvio Berlusconi, um palhaço corrupto. A bem da justiça deve-se registrar que nenhum dos juízes italianos aninhou-se no governo do histrião. Moro tornou-se ministro da Justiça de Bolsonaro e deixou-se fritar em relativo silêncio.

Em 2022, como em 2017, pode-se fazer de tudo por Sergio Moro, menos o papel de bobo.”

Renato caçador de falsos progressistas

17/10/2021 - 11h35

A estratégia do Ciro surtiu o efeito desejado.
Tirou o escorpião-rei da toca.
Quero ver a Dilma chamar o Haddad de misógeno depois da entrevista que ele deu enfiando o kct na administração dela tanto na economia como na política de condução do país.
Petista adora ser enganado como os bolsominions.

Marco Vitis

17/10/2021 - 00h09

MIGUEL: vamos direto ao ponto
(1) Lula usou ou não dinheiro público das estatais pra subornar deputados corruptos ? Lula usou ou não a ferramenta da corrupção pra garantir governabilidade ?
(2) Lula desestabilizou ou não o governo Dilma ? Os vídeos e áudios disponíveis na internet, que mostram Lula corrompendo a autoridade de Dilma, são todos falsos ?

    Mateus Nogueira

    18/10/2021 - 10h25

    Vídeos???? que loucura é essa? povo perdeu por completo a noção da realidade

Gilmar Tranquilão

16/10/2021 - 23h56

OLHA O ESPERNEIOOOO!!!!!!! kkkkk

Bruno Wagner

16/10/2021 - 18h21

Muito bom, Miguel. Afiado!!

Alexandre Neres

16/10/2021 - 17h25

Miguel, o texto está irretocável!

Estou sem tempo para comentar como o artigo merece, mas queria deixar o registro.

Como a Globo fez o mea culpa pelo apoio à ditadura quase 50 anos depois, inda tá em tempo de fazer uma autocrítica sobre o apoio ao golpe de 2016 e o fato de ter sido mera correia de transmissão da Lava Jato, contribuindo sobremaneira para a eleição do messias.

Diferentemente dos ciristas do blogue, releva notar que até a Vera Magalhães tem a perfeita noção de que a eleição de 2022 se dará entre civilização e barbárie, por mais que pretenda inserir um representante da centro-direita nessa disputa no lugar do boçal-ignaro. Não há mais escolha difícil.

Por fim, mas não menos importante, tenho notado que ultimamente estão aparecendo ciristas novos no Cafezinho, articulados, cheios de dados e informações. Ainda bem. Será que estão sendo patrocinados pelo Jair de Maringá? Por enquanto, não estão se portando como um gabinete do ódio. Agora falar em debate programático do PDT é uma tremenda forçação de barra, até porque o Ciro nunca foi homem de partido, nem participou de uma construção coletiva, tampouco foi um político agregador ao longo de sua extensa trajetória. Mais recentemente, sob a batuta de um bruxo, o cearense de Pindamonhangaba está destilando um discurso de ódio e misógino, entremeado de fake news, parecido com o de outro político autoritário, com o escopo de atingir o maior líder popular brasileiro e seu partido, tal qual um infiltrado nas hostes da esquerda. À lá Cabo Anselmo. Triste fim!

Dan

16/10/2021 - 16h31

Excelente Miguel!

Gilberto

16/10/2021 - 16h21

Ouvimos dizer que um empresário queria pagar blogueiros para que falassem mal de Lula e bem de Ciro

To achando que é o contrário.. Tem gente recebendo, sabe-se lá o que , pra atacar Ciro e não fazer nenhuma critica a Lula

    Batista

    17/10/2021 - 00h31

    A verdade dói, revela e separa os velhacos dos íntegros.

    Que miram no espelho que devotam e espelham a mesma prática em desinformar, bolsonarista, cada vez mais utilizada pelo candidato devotado, sem darem-se conta que a mentira tem perna curta, como na lava jato após devidamente lavada pela vaza jato, com toda a mídia partido desinformando, dissimulando e tudo mais utilizado para ocultarem o ilícito praticado na parceria lavajateira, em vão, pois uma mentira contada, leva a outra, depois a outra…, até chegar a verdade que cedo ou mais tarde se apresenta, escancarando a realidade dos fatos.

Patrice L

16/10/2021 - 15h57

Lido na internet

Lembrando que Ciro Gomes também foi do PSDB. Podia nos dizer o que acontecia por lá. Que tal cobrarmos dele @veramagalhaes ?
Ixi, esqueci quem comanda as teles no Brasil. Foi mal.
Bora cobrar apenas o PT e o Lula então. É mais fácil assim. pic.twitter.com/JNVbUfH03p

— renagalo (@renagalo2) October 15, 2021

    Max

    17/10/2021 - 00h22

    Acho que o que vale lembrar é que o Ciro se afastou do PSDB no auge da popularidade.
    Poderia ter se conformado com um cargo qualquer.
    Se afastou do PT quando tomam protagonismo a ala mais corrupta do PMDB.

    Quem ainda não disse o que significa é pq que significou a aliança com essa quadrilha é o PT, esse site e os demais sites vinculados é financiados pelo PT.

      Patrice L

      17/10/2021 - 23h44

      Ciro se afastou do PSDB e do PT não pq é um vestal e despretensioso, mas sim pq não foi atendido nas suas pretensões personalíssimas e que hoje, como meio de alcançá-las a qualquer custo, não hesitará em fazer interface com o fascismo. Aliás, disfarçado de sinceridade e assertividade, já o faz há bastante tempo. E que se vá a fundo sobre mais esse de Maringá, para entender o que está por trás e qual a extensão de tal financiamento privado.

Érico

16/10/2021 - 15h14

Estou desde 2003 esperando o momento oportuno para fazer as críticas construtivas a “Era petista”. Neste momento, o PT não tem um projeto nacional para chamar de seu, para chamar de nosso, mas alguns se incomodam com o debate programático (PND) do PDT de Ciro mas não apresentam algo em seu lugar para além da figura mítica de Lula que deve ser, sim, reconhecida, mas que já monopoliza o campo da esquerda desde 1989. Mês passado, inclusive, Lula disse para a banca que taxar grandes fortunas seria um erro, que geraria fuga de capitais, mas que agora ele está determinado em fazer os ricos pagarem mais impostos ? Não é demais lembrar que as 4 gestões petistas são repletas de contradições e o pecado capital foi contemporizar com a elite rentista, com a Rede Globo, com a cúpula militar que foi pro Haiti (Minustah), apesar do discurso com verniz de esquerda. Colocaram o Temer de vice da Dilma ??‍♂️, lotearam estatais pro fisiologismo de pior qualidade, o Palocci, mandachuva do PT devolveu 100 milhões pros cofres públicos. Não houve nenhuma reforma estrutural, mas fizeram 2 mini reformas previdenciárias contra o funcionalismo público, e apesar de terem destinado 300 bilhões pro necessário Bolsa família deram 4 trilhões pra banca numa política econômica neoliberal (cambio flutuante, superavit primário, juro alto e meta de inflação) de continuidade de dar orgulho à “Era FHC”, sendo a permanência de Henrique Meirelles no BC apenas a cereja do bolo. Parece que alguns setores tentam interditar o debate político nacional, sobretudo de projeto de Brasil, preferem sangrar o desgoverno Bolsonaro até a eleição na esperança de voltar ao governo. Mas quem paga a conta é o povo brasileiro.

William

16/10/2021 - 14h35

Se alguém quer tentar arranjar alguns votos hoje deve bater em Lula e Bolsonaro, isso me parece óbvio.

Galinzé

16/10/2021 - 14h32

Lula foi reabilitado pelo STF para tentar contrapor alguém a Bolsonaro, nada mais do que isso.

O que veio a tona na lava jato foi a podridão da política brasileira que todo Mundo conhecia mas na qual ninguém teve coragem de meter o dedo.

O serviço que a lava jato prestou ao Brásil é inestimável.

Os Brasileiros sabem quem é Lula e salvo as elitezinhas metidas, idosos e jovens idiotizados nas faculdades não votarão para ele caso se candidate. O próprio Lula sabe que a carreira política dele acabou faz tempo mas é obrigado a ir para frente por inércia.

Quem melhor que ele para perceber que não tem mais popularidade ?

    Francisco

    16/10/2021 - 18h06

    Não tem como, não concordar que “o serviço que a lava jato ‘prestou’ ao Brasil é inestimável”

    Sem entrar no ‘varejo’, da exposição e ‘achaques piratas’ internacionais a Petrobras, os impactos nas empresas terceirizadas do setor e nos polos populacionais, atingidos, etc., limitando-se apenas ao ‘atacado’, temos:

    *Destruição das multinacionais da indústria da construção pesada, abrindo mercado às dos Estados Unidos e China, nos mercados da África, Oriente Médio, Américas, incluso o próprio Estados Unidos.
    *Aniquilamento da indústria naval.
    *Desmonte da Petrobras, passando a importar gasolina.
    *Dizimação de mais de 500 mil empregos diretos, em consequência apenas dos ‘inestimáveis serviços prestados’ acima listados.
    *Implosão da justiça brasileira pela ‘justiçaria-midiática lavajateira’.
    *Criminalização da política.
    * Estagnação econômica, como associada ao golpe de 2016.
    *Eleição de Bolsonaro para desgovernar o país, etc., etc., etc…

    Também não há como negar que “os Brasileiros sabem quem é Lula…”, tanto que as pesquisas e o desespero escancarado da golpista classe dominante à busca do candidato ideal para ‘vender’ o novo conto, o da terceira via, para engabelar brasileiros ainda desavisados ou doidos em votar contra si, estão aí a atestar a certeira afirmativa.

    Por fim, enfim uma discordância, em relação a questão com resposta: “Quem melhor que ele [Lula] para perceber que não tem mais popularidade?”

    Ora bolas, não seja modesto, Galinhozé, Tu é bem melhor em perceber as coisas do Brasil.

      Francisco

      16/10/2021 - 22h48

      correção: ‘Tu és’

      Galinzé

      17/10/2021 - 10h56

      Me parece obvio que isso é consequencia da corrupçào praticada por quem vc elegeu por 15 anos e nao da Lava Jato.

    IVETE MARIA CARIBE DA ROCHA

    17/10/2021 - 18h37

    O serviço que a lava jato fez, foi destruir empregos, a economia e a soberania do Brasil e por último, colocar Bolsonaro no poder. Para quem foi o serviço? Só para o tio Sam


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