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Governo Bolsonaro promove o menor nível de investimento público da história

O Orçamento de 2022 aprovado ontem pelo Congresso Nacional revela que os investimentos públicos para o próximo ano serão os menores da história da República. O texto foi aprovado ontem pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). Ao todo, serão 44 bilhões que serão divididos para setores como infraestrutura, escolas, postos de saúde, defesa e pavimentação. […]

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Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O Orçamento de 2022 aprovado ontem pelo Congresso Nacional revela que os investimentos públicos para o próximo ano serão os menores da história da República. O texto foi aprovado ontem pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Ao todo, serão 44 bilhões que serão divididos para setores como infraestrutura, escolas, postos de saúde, defesa e pavimentação.

Em 2012, a União chegou a ter R$ 200 bilhões em caixa para investir, mas em 2016 esse volume caiu para R$ 63 bilhões quando começou a vigorar o teto de gastos sancionado pelo Governo Temer, chegando a R$ 48 bilhões em 2021.

Desta penúria agravada pelo Governo Bolsonaro, as maiores fatias do Orçamento vão para pastas cruciais para a sobrevivência dele na cadeira da presidência.

Serão R$ 8,8 bilhões para o Ministério da Defesa e mais R$8,2 bilhões para a pasta do Desenvolvimento Regional, comandada por Rogério Marinho. A pasta é turbinada por verbas do orçamento secreto, que ao todo, vai abocanhar R$ 8,2 bilhões do Orçamento Federal.

Originalmente, o projeto do governo previa um orçamento de apenas R$ 25,7 bilhões em investimentos públicos para 2022. Porém, com as emendas parlamentares o valor foi a R$ 44 bilhões.

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Nelson

23/12/2021 - 13h03

Tudo dentro do projeto imposto à nação via golpe de Estado de 2016. Tal projeto prevê a demolição, o desmantelamento total do Estado brasileiro e das estruturas que trouxeram o país até aqui e o mantêm ainda em pé.

O projeto tem dois objetivos, pelo menos.

Primeiro, como o Estado vai minguando, se esboroando, esmaecendo, abrem-se suculentos espaços para que a iniciativa privada possa acumular. Por iniciativa privada, leia-se grandes grupos econômicos. Para pequenos e médios talvez sobre alguma rebarba, alguma “raspa da mandioca”.

Segundo, não existindo mais Estado para dar o rumo, o país não conseguirá chegar a lugar algum. Ainda que tenha um potencial fabuloso, nunca conseguirá ascender ao nível dos países ricos. Assim, tais países se verão aliviados por não terem um competidor de muito peso no mercado mundial.

Estou a endeusar o Estado. Não. Estou a afirmar que, no atual estágio histórico, a nação que não tiver um Estado forte a guiá-la tornar-se-á um mero joguete nas mãos daquelas que o tiverem. Não há outra saída, para qualquer país, que não seja a de estruturar e fortalecer seu estado nacional.

Não é por outra razão que, por meio de suas instituições financeiras internacionais, o duo FMI/Banco Mundial, os países ricos, Estados Unidos à frente, impõem as privatizações e o Estado mínimo a quantas nações puderem.

Não é por outra razão também que aqueles que se esquivaram de obedecer aos ditames do duo citado, China, Coreia do Sul e outros, conseguiram, implementando um projeto nacional, galgar muitas posições na direção do desenvolvimento.

Privatizar, entregar tudo nas mãos da iniciativa privada seria a solução? Os países ricos sabem que não. Sabem também que a empresa privada não em visão de comunidade, de nação; possui compromisso apenas com a obtenção de lucros para seus donos. Daí a necessidade de termos empresas estatais e Estado forte. Necessidade de qualquer país, não apenas o nosso.

Estou a demonizar a empresa privada? De modo algum. Estou a demonstrar como a coisa funciona na real, para além da imensa propaganda ideológica. Estou a demonstrar que não podemos exigir da empresa privada aquilo que ela não conseguirá dar. Em sendo assim, estamos cometendo um erro monumental, do qual vamos nos arrepender amargamente, ao privatizar tudo.


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