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Há 15 anos, ‘padre do balão’ decolava para aventura com fim trágico

No dia 20 de abril de 2008, há 15 anos, o padre Adelir de Carli embarcou de Paranaguá, no Paraná, para um voo de balões de gás hélio. A aventura ficou marcada na memória dos brasileiros, e Adelir ficou conhecido como o “padre do balão”. Ele decidiu se arriscar em uma viagem que sairia do […]

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No dia 20 de abril de 2008, há 15 anos, o padre Adelir de Carli embarcou de Paranaguá, no Paraná, para um voo de balões de gás hélio. A aventura ficou marcada na memória dos brasileiros, e Adelir ficou conhecido como o “padre do balão”. Ele decidiu se arriscar em uma viagem que sairia do Paraná com destino a Mato Grosso do Sul. Os restos mortais de Adelir foram encontrados meses depois, no mar, no estado do Rio de Janeiro.

Adelir Antônio de Carli nasceu em Ampére, no Paraná, em 8 de fevereiro de 1967. Tornou-se padre em agosto de 2003 e assumiu a Paróquia de São Cristóvão, em Paranaguá, no ano seguinte. Ainda em 2004 criou a Pastoral Rodoviária, um projeto de prestação de serviços de caminhoneiros que trafegavam na região.

Paraquedista experiente, tinha como objetivo voar a bordo de balões de gás hélio como uma forma de arrecadar dinheiro para financiar as obras de hotéis para caminhoneiros, um espaço de descanso para motoristas que passavam pela cidade portuária. O padre também tinha o sonho de ficar 20 horas no ar para quebrar o recorde deste tipo de voo.

Mesmo com o tempo instável, Adelir resolveu seguir com o voo. Às 13h, sustentado por 1.000 balões, ele partiu de Paranaguá para chegar a Dourados. O equipamento incluía paraquedas, capacete, roupa impermeável, GPS, celular, colete salva-vidas, traje térmico, alimentos e água. Vinte minutos após a partida, para a surpresa de quem o acompanhava em terra, Adelir chegou a 5.800 metros de altura, o dobro do que estava previsto.

Um tempo antes de perder a comunicação, Adelir comentou que as condições climáticas eram desfavoráveis e citou problemas com o GPS: “O celular via satélite fica saindo de área e além do mais a bateria está enfraquecendo”. No dia 20 de abril, o último contato do padre com a PM aconteceu durante a noite, às 21h, a cerca de 25 quilômetros do município de São Francisco do Sul, em SC.

Durante meses, Adelir foi considerado desaparecido e frentes de buscas foram montadas no litoral brasileiro. As equipes passaram um mês vasculhando o mar de Santa Catarina. Em 4 de julho de 2008, restos do corpo do padre foram encontrados no mar por um barco rebocador que prestava serviços à Petrobras próximo à costa de Maricá, no Rio de Janeiro. O exame de DNA confirmou a identidade de Adelir.

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