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Jair Bolsonaro - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Investigações da CGU apontam conduta irregular de Bolsonaro nas eleições de 2022

Por Patrick Chaia

14 de maio de 2023 : 20h48

O ex-presidente teria utilizado de benefícios da máquina pública para ter vantagem no período eleitoral

A Controladoria-Geral da União (CGU) investiga, desde fevereiro, 254 processos que a gestão Bolsonaro impôs sigilo. O órgão, através da Lei de Acesso à Informação, obteve informações sobre 112 processos relacionados a segurança nacional, 38 relativos à proteção de Bolsonaro e de seus familiares, 15 sobre atividades de inteligência e 51 relacionados a dados e informações pessoais.

Segundo apuração da CGU, no mês de outubro de 2022, quando ocorreram as eleições gerais, houve liberação de empréstimos consignados do Auxílio Brasil, coisa que não se repetiu em outros meses.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) argumenta que o uso desse artifício por parte do governo em período eleitoral é ilegal, pedindo, portanto, que Bolsonaro torne-se inelegível por abuso de poder político e econômico.

Além disso, a CGU também identificou despesas referentes a abastecimento em postos de combustível durante as motociatas organizadas pelo ex-presidente pagas com o cartão corporativo da presidência da república. E, ainda, encontrou fortes indícios de que a atuação da PRF no segundo turno teve a intenção de atrapalhar a votação, principalmente no Nordeste.

Os sigilos sobre o trato do Governo Federal com relação ao surto global de Covid-19 também foram apurados pelo órgão. Segundo análise da CGU, o governo permitiu que mais de 39 milhões de vacinas perdessem a validade na pandemia. Os imunizantes estariam avaliados em cerca de R$2 Bilhões.

Jair Bolsonaro foi alvo de operação da PF recentemente, num desdobramento das investigações acerca dos sigilos impostos em seu governo. Na operação, 6 pessoas foram presas, incluindo seu ajudante de ordens, Mauro Cid, acusado de ser um dos operadores do esquema de falsificação de cartões de vacinação.

A CGU determinou que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) entregue relatórios sobre a atuação do governo anterior durante a pandemia e acerca das negociações com as distribuidoras de vacinas. Os documentos, no entanto, ainda não foram entregues.

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