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Haddad conquista mercado financeiro

Em uma pesquisa recente, realizada entre os dias 6 e 10 de julho com 94 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das 67 maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, foram levantados dados importantes sobre a percepção do mercado financeiro em relação ao governo atual e as recentes políticas […]

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Haddad cadeira violão Reprodução

Em uma pesquisa recente, realizada entre os dias 6 e 10 de julho com 94 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das 67 maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, foram levantados dados importantes sobre a percepção do mercado financeiro em relação ao governo atual e as recentes políticas econômicas.

A pesquisa revelou uma mudança significativa na avaliação do governo Lula, devido à atuação de Fernando Haddad como Ministro da Fazenda.

A avaliação negativa do governo caiu de 86% em maio para 44% em julho, ao passo que a positiva saltou de 2% para 20%. O percentual de entrevistados que qualificou o governo de regular subiu de 12% para 36%.

O dado mais impressionante da pesquisa foi a melhora na avaliação positiva do trabalho de Haddad, que passou de 10% em março para 65% em julho!

Haddad tem conseguido convencer o mercado de que a política econômica do país está indo na direção certa. Em março, 98% dos entrevistados avaliavam que a política econômica ia na direção errada, enquanto agora as opiniões estão divididas.

Outro fator que contribuiu para essa imagem positiva é a percepção de que a capacidade do governo de aprovar sua agenda no Congresso melhorou. O percentual de agentes do mercado que acreditavam que o governo tinha baixa capacidade de aprovação caiu para 24%.

A decisão do Conselho Monetário de manter a meta de inflação em 3% foi aprovada pelo mercado. Além disso, a grande maioria do mercado continua aprovando a decisão do BACEN de manter a SELIC em 13.75%. A atuação do presidente do Banco Central, Campos Neto, é avaliada positivamente por 86% dos entrevistados desde o início de 2023.

A pesquisa também mostrou uma unanimidade entre os entrevistados, onde 100% concordam que a SELIC vai cair neste ano. A maioria acredita que a queda da SELIC ocorrerá na reunião do COPOM de agosto, com um percentual de 92%. A principal dúvida é quanto vai cair, a maioria acredita que o corte será de 0,25 pontos, mas 1/3 acha que o corte pode ser ainda maior: 0,5 pontos.

A aprovação da reforma tributária contribui para essa expectativa de queda da SELIC. 54% dos entrevistados acreditam que os juros vão cair com a reforma aprovada. Além disso, 66% deles têm uma visão otimista e esperam que a reforma tributária aumentará o sentimento de bem-estar das pessoas.

No entanto, há um consenso em relação aos impactos da reforma: o setor de serviços será o mais afetado negativamente, a guerra fiscal entre estados deve diminuir e o setor industrial é o grande beneficiário.

Desde o início do governo Lula, o mercado vê uma melhora na imagem do Brasil no exterior, com expectativas de aumento nos investimentos estrangeiros no país nos próximos anos, passando de 26% para 54% o percentual de agentes do mercado otimistas com a atração de investimentos de fora.

Apesar da melhora na percepção geral, a desconfiança do mercado com o presidente Lula permanece, enquanto Haddad amplia o grau de confiança no mercado. Simone Tebet foi a personalidade que mais perdeu confiança, enquanto Tarcísio Gomes de Freitas foi o que mais ganhou.

Clique aqui para ler a íntegra do relatório.

O texto foi feito com base num fio de Twitter do CEO da Quaest, Felipe Nunes.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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