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Aras inicia apuração sobre possível ‘sabotagem’ no MPF

Augusto Aras, o procurador-geral da República, está buscando apoios para ser reconduzido ao cargo, mas revelou que enfrenta uma possível “sabotagem” de dentro do próprio Ministério Público Federal (MPF). Em uma entrevista concedida ao portal Consultor Jurídico (Conjur), ele detalhou problemas como “apagões em repartições específicas do órgão durante reuniões importantes e instabilidades nos serviços […]

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Augusto Aras durante sessão plenária do TSE Foto: Roberto Jayme/ Ascom /TSE

Augusto Aras, o procurador-geral da República, está buscando apoios para ser reconduzido ao cargo, mas revelou que enfrenta uma possível “sabotagem” de dentro do próprio Ministério Público Federal (MPF). Em uma entrevista concedida ao portal Consultor Jurídico (Conjur), ele detalhou problemas como “apagões em repartições específicas do órgão durante reuniões importantes e instabilidades nos serviços informatizados”, entre outras situações preocupantes.

“Há evidente sabotagem. Tentam apagar todos os registros da nossa administração. As críticas em tempos de sucessão na PGR são comuns, mas estou sendo sabotado há cerca de 60 dias. Todo dia há problemas que ninguém sabe quem criou”, alegou o procurador.

A reportagem destacou um incidente ocorrido em 28 de junho, quando durante uma reunião entre procuradores, diretores do Banco Central e representantes do mercado financeiro, a energia teria falhado. Em resposta, o procurador-geral determinou a abertura de uma investigação interna para averiguar suspeitas de sabotagem.

Nas últimas semanas, Augusto Aras tem buscado apoio político para ser reconduzido ao cargo. Ele assumiu a Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2019, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, sem seguir a tradicional lista tríplice definida pelo MPF. Em 2021, Aras foi novamente reconduzido ao posto, e seu atual mandato se estenderá até setembro. Durante essa campanha pela recondução, Aras destacou as ações e realizações que tem empreendido na PGR.

“O orçamento é o mesmo há 20 anos. Usei para pagar frotas de helicópteros e lanchas para facilitar a locomoção em locais afastados, fizemos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) no Brasil inteiro, todos providos de servidores. Estamos aumentando a presença da PGR na Amazônia para combater crimes ambientais, o crime organizado e os crimes contra povos originários”, declarou.

Recentemente, o procurador recebeu elogios públicos de proeminentes membros do Partido dos Trabalhadores (PT). Tanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, quanto o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), defenderam abertamente a atuação do procurador-geral. Em entrevista ao GLOBO, Rui Costa elogiou Aras por ter enfrentado a “avalanche de perseguição e o lavajatismo”.

Por sua vez, Jaques Wagner afirmou que Aras reduziu “excessos” e prestou um “serviço importante para o Brasil”. Além disso, uma ala do PT avalia que Aras não seria hostil a Lula, inclusive devido a uma conexão familiar, já que o pai do procurador-geral, Roque Aras, era filiado ao PT e candidato ao Senado pela Bahia pelo partido.

Apesar dessas defesas públicas, a permanência de Aras tem recebido pouca adesão no círculo próximo de Lula e tem dividido o próprio PT. Nos bastidores, o favorito até o momento é o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco.

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