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Escândalo ou conspiração? Acuado pelo Ministério Público, filho de Gustavo Petro acusa campanha do pai de receber dinheiro ilegal

A Colômbia enfrenta o que pode ser interpretado como um potencial lawfare, uma guerra jurídica que ameaça o equilíbrio político do país. Especulações sobre uma possível tentativa de golpe branco crescem, com acusações graves direcionadas ao filho do presidente Gustavo Petro, Nicolás Petro Burgos, e sua esposa, que poderiam levar a condenações de longa duração. […]

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Nicolás Petro, hijo del presidente de Colombia, Gustavo Petro. Cortesia

A Colômbia enfrenta o que pode ser interpretado como um potencial lawfare, uma guerra jurídica que ameaça o equilíbrio político do país. Especulações sobre uma possível tentativa de golpe branco crescem, com acusações graves direcionadas ao filho do presidente Gustavo Petro, Nicolás Petro Burgos, e sua esposa, que poderiam levar a condenações de longa duração. Observadores suspeitam de que Nicolás Petro pode estar sendo usado para desestabilizar o atual governo.

Nicolás Petro se encontra em um impasse judicial. Segundo a Procuradoria-Geral, ele admitiu que aceitou fundos de um ex-narcotraficante para a campanha presidencial de seu pai em 2022. Parte deste dinheiro, segundo ele, foi utilizada na campanha, mas não foi declarada oficialmente. A Procuradoria diz que este novo desenvolvimento permitirá a abertura de outras linhas de investigação.

Nicolás Petro e sua ex-parceira, Daysuris Vásquez, foram presos sob acusação de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Vásquez admitiu em março que Nicolás havia recebido grandes somas de dinheiro para a campanha presidencial do pai, provenientes de ex-narcotraficantes e contratados, mas que o dinheiro nunca chegou à campanha. Isso mantinha o presidente e sua campanha relativamente isolados do escândalo, mas a situação mudou com o recente anúncio da Procuradoria.

Em uma audiência recente, Nicolás Petro admitiu que aceitou dinheiro do ex-narcotraficante Samuel Santander Lopesierra e do filho do contratante Alfonso “El Turco” Hilsaca. Parte desse dinheiro foi para seu benefício pessoal, e parte para a campanha presidencial de seu pai. O promotor do caso afirmou que Nicolás Petro se comprometeu a fornecer provas relevantes e a renunciar ao seu cargo como deputado.

Os problemas judiciais de Nicolás Petro são adicionados a outra ação que coloca em dúvida o financiamento da campanha presidencial de Gustavo Petro. A acusação sugere que fundos não declarados superaram o limite legal permitido, acrescentando mais uma camada de complexidade ao caso.

A situação de Nicolás Petro mudou drasticamente após a revelação de gastos extravagantes em 2022, incompatíveis com seu salário de deputado. Diante disso, ele anunciou sua intenção de cooperar com a Procuradoria e denunciar novos atos de corrupção.

Este é um momento crítico para a Colômbia. As implicações deste escândalo ainda são incertas, e o país aguarda as próximas etapas deste complexo jogo político e jurídico.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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