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Massacre em Guarujá já é a mais trágica matança policial desde Carandiru

A megaoperação policial na Baixada Santista, realizada pela Polícia Militar (PM) de São Paulo, resultou em 16 mortos, conforme confirmado pelo governo estadual. A operação foi uma resposta ao assassinato de um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na semana anterior. Essa se tornou a ação mais letal realizada pela PM paulista desde […]

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Massacre em Carandiru matou 111 pessoas

A megaoperação policial na Baixada Santista, realizada pela Polícia Militar (PM) de São Paulo, resultou em 16 mortos, conforme confirmado pelo governo estadual. A operação foi uma resposta ao assassinato de um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na semana anterior. Essa se tornou a ação mais letal realizada pela PM paulista desde o trágico evento do Carandiru, em 1992, que culminou na morte de 111 detentos.

As denúncias de possíveis abusos durante a operação estão sendo investigadas pelo Ministério Público de São Paulo. As alegações se originaram de comunidades de Guarujá e Santos, onde os moradores relataram atos de violência excessiva durante a operação policial.

Por outro lado, o Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), sustenta a conduta da PM durante a operação. Em entrevista coletiva, o governador negou qualquer excesso por parte dos agentes de segurança e assegurou que os registros das câmeras corporais dos policiais serão utilizados na investigação de possíveis abusos.

O primeiro semestre da gestão de Tarcísio como governador foi marcado por um aumento nas mortes causadas por policiais. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), 155 pessoas foram mortas por PMs em serviço no primeiro semestre do ano, um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2022.

A recente operação policial na Baixada Santista junta-se a uma série de operações letais realizadas pela PM de São Paulo ao longo dos anos, como o massacre do Carandiru (1992), a Operação Castelinho (2002), a ação em Guararema (2019), a operação em Caraguatatuba (2014) e a ação em Várzea Paulista (2012).

Instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, a Ouvidoria das Polícias e a Defensoria Pública se mobilizaram para acompanhar a situação e oferecer assistência aos familiares das vítimas.

O resultado da investigação conduzida pelo Ministério Público, assim como as ações que serão tomadas com base nesses resultados, são aguardados por todos. As informações coletadas por meio das câmeras corporais dos agentes de segurança serão decisivas para esclarecer os eventos ocorridos durante a operação policial na Baixada Santista.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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William

04/08/2023 - 10h37

A vida das pessoas comuns e de um policial vale mais da vida de criminais armados.

Morrer faz parte dos riscos para quem escolhe a profissão de criminal assim como cair do andaime faz parte dos riscos de quem escolhe a profissão de pedreiro por exemplo.

Saulo

04/08/2023 - 10h32

Na Bahia a polícia matou uns 10 ou 12 na última semana.


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