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Intelectuais se solidarizam com Breno Altman em meio a perseguição judicial por críticas a Israel

Um grupo de intelectuais e acadêmicos demonstrou seu apoio ao jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, que enfrenta uma investigação policial devido às suas críticas às ações do governo israelense contra o povo palestino. Na segunda-feira, 1º de janeiro, eles lançaram um abaixo-assinado em defesa de Altman e em repúdio ao “Estado sionista […]

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Um grupo de intelectuais e acadêmicos demonstrou seu apoio ao jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, que enfrenta uma investigação policial devido às suas críticas às ações do governo israelense contra o povo palestino.

Na segunda-feira, 1º de janeiro, eles lançaram um abaixo-assinado em defesa de Altman e em repúdio ao “Estado sionista de Israel”.

O abaixo-assinado foi escrito pela historiadora Virgínia Fontes, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), e contou com o apoio de diversas figuras proeminentes do mundo acadêmico, como Caio Navarro de Toledo, Paulo Henrique Furtado de Araújo, Sandra Quintela, Tatiana Poggi, Luiz Bernardo Pericás, João Pedro Thimoteo, Ana Saggioro Garcia, Rodrigo Castelo Branco, Kleiton Wagner Nogueira, Rejane Carolina Hoeveler, Gelsom Rozentino, Joana Coutinho, Eblin Farage, Bruno Borja, Roberto Leher, Elaine Bortone, Igor Fuser, Nair d’Aquino Fonseca Gadelha, Valerio Arcary, Marcelo Ridenti, Sofia Manzano, Eleonora Cavalcante Albano e Marly Vianna, entre outros.

No documento, a historiadora Fontes ressaltou a distinção entre antissionismo e antissemitismo, criticando a tentativa de confundir esses dois termos para criminalizar as opiniões de Altman sobre o governo israelense.

Ela argumentou que o sionismo é uma corrente política entre os judeus, enquanto o antissemitismo é uma corrente racista, e confundir os dois tem como propósito silenciar a denúncia das ações do governo israelense igualando-a ao antissemitismo.

O abaixo-assinado classificou como “inadmissível e vergonhosa” a postura da Conib (Confederação Israelita do Brasil) por promover uma “falsificação histórica” que oculta o massacre em Gaza e criminaliza uma voz corajosa de origem judaica, a de Breno Altman.

O professor do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC), Igor Fuser, apoiador do manifesto, concordou com Altman ao afirmar que a Conib age como um “instrumento a serviço do governo estrangeiro”, com o objetivo de influenciar a política externa brasileira e impedir medidas humanistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fuser enfatizou que o ataque a Altman pela Conib busca silenciar os brasileiros que se opõem ao que ele chamou de “assassinato em massa” cometido pelo Estado de Israel, criando um ambiente de censura e intimidação.

Ele declarou que isso é um atentado à democracia e deve ser combatido por todos que defendem a liberdade de expressão e o estado de direito.

O historiador Valério Arcary também ressaltou a importância do jornalismo denunciar os crimes e descreveu a perseguição a Altman como “uma campanha de intimidação de organizações sionistas”.

Outras organizações, como a ‘União Latina de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura’ (Ulepicc-Brasil) e o ‘Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino Khader Mahmud Ahmad Othman’, também se manifestaram em apoio a Altman, repudiando a perseguição e as tentativas de silenciar suas críticas às políticas israelenses na Palestina.

A investigação policial contra Altman, que foi aberta a pedido do Ministério da Justiça, ocorre em meio a um contexto internacional de debate acalorado sobre as ações de Israel na região e a liberdade de expressão no Brasil.

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