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Uso de deepfake em campanhas eleitorais já começou no Brasil

Investigações em andamento em diversos estados brasileiros, incluindo Amazonas, Rio Grande do Sul e Sergipe, apontam para o uso inovador e preocupante de inteligência artificial (IA) na criação de áudios falsos de figuras políticas, conforme reportagem do jornal O Globo. Essas gravações, visando influenciar o eleitorado, são feitas com a técnica de “deepfake”, que replica […]

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Investigações em andamento em diversos estados brasileiros, incluindo Amazonas, Rio Grande do Sul e Sergipe, apontam para o uso inovador e preocupante de inteligência artificial (IA) na criação de áudios falsos de figuras políticas, conforme reportagem do jornal O Globo.

Essas gravações, visando influenciar o eleitorado, são feitas com a técnica de “deepfake”, que replica com alta precisão o tom, timbre e maneirismos da fala de uma pessoa, tornando difícil a identificação da fraude.

Em Manaus, o prefeito David Almeida (Avante) foi uma das vítimas, com áudios falsamente atribuídos a ele, insultando professores municipais. A Polícia Federal assumiu o caso, tratando-o como um exemplo para futuras investigações relacionadas a crimes eleitorais.

Outros políticos, como Marco Aurélio Nedel (PL), prefeito de Crissiumal (RS), e Gustinho Ribeiro (Republicanos), deputado federal e marido da prefeita de Lagarto (SE), Hilda Ribeiro, também reportaram ser alvos de deepfakes.

Nedel foi acusado em um áudio falso de desrespeitar servidores, enquanto Ribeiro foi vítima de um vídeo manipulado atacando opositores.

Essas ocorrências levantaram questões urgentes sobre a regulamentação do uso da IA em campanhas políticas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem planejado audiências públicas para discutir resoluções que proíbam a manipulação de voz e imagem com conteúdo falso, podendo até resultar em cassação do mandato dos infratores.

No Congresso, há movimentos para acelerar a tramitação de projetos relacionados ao tema. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), enfatizou a necessidade de uma regulamentação específica para o uso da tecnologia, destacando a importância de proteger os direitos individuais na era digital.

Globalmente, o uso de IA em campanhas eleitorais já causou controvérsias em países como Argentina e Estados Unidos, onde conteúdos falsos foram amplamente disseminados.

Entretanto, casos positivos também foram observados, como na Coreia do Sul, onde candidatos à presidência usaram avatares de IA para interagir com eleitores jovens.

Especialistas alertam para os riscos e potenciais benefícios da tecnologia, apontando para a necessidade de uma regulação equilibrada que garanta a integridade das eleições e a proteção dos direitos dos cidadãos.

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