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Secretário dos EUA pede ajuda ao Brasil para encerrar massacre em Gaza

Durante esta quinta-feira, dia 22, Antony Blinken, secretário de Estado americano, expressou que, apesar de divergências significativas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito das ações de Israel no conflito com o Hamas na Faixa de Gaza, espera contar com o Brasil para encontrar formas de terminar a guerra. Blinken mencionou que […]

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Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ricardo Stuckert

Durante esta quinta-feira, dia 22, Antony Blinken, secretário de Estado americano, expressou que, apesar de divergências significativas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito das ações de Israel no conflito com o Hamas na Faixa de Gaza, espera contar com o Brasil para encontrar formas de terminar a guerra.

Blinken mencionou que o encontro de ministros das Relações Exteriores do G-20 foi uma oportunidade para buscar uma solução pacífica duradoura para o Oriente Médio. Ele enfatizou a urgência na libertação dos reféns e na obtenção de um cessar-fogo duradouro para concluir o conflito.

Ao ser questionado sobre se Israel estava fazendo o suficiente para encerrar a guerra, Blinken ressaltou que os esforços do governo de Binyamin Netanyahu são insuficientes no momento. Ele destacou a necessidade de aumentar a ajuda humanitária e o suporte médico em Gaza, especialmente para os aproximadamente 350 mil palestinos que ainda estão no norte do território.

Em desacordo com Lula, na quarta-feira, 21, em Brasília, Blinken reafirmou sua discordância quanto à comparação feita por Lula entre a invasão israelense em Gaza, que resultou em 30 mil mortes, e o Holocausto.

Durante uma coletiva de imprensa, Blinken detalhou a conversa, descrevendo-a como produtiva e expressando satisfação por terem discutido a agenda comum e visões compartilhadas entre Lula e o presidente Joe Biden. “Ainda que tenhamos diferenças em algumas questões, em particular na comparação entre Gaza e o Holocausto, com a qual discordo profundamente, podemos ter discordâncias e continuar nosso trabalho essencial juntos,” afirmou Blinken.

Ele afirmou que Brasil e EUA têm objetivos comuns atualmente: resgatar os reféns, alcançar um cessar-fogo humanitário prolongado, aumentar a assistência humanitária e terminar o conflito.

Em entrevista exibida no Jornal Nacional, Blinken ainda defendeu Lula, ao responder a uma pergunta particularmente capciosa da repórter, que tentava, explicitamente, arrancar uma crítica dura do secretário às palavras de Lula sobre Gaza. O secretário respondeu, textualmente, o seguinte:

Antony Blinken: “Veja bem, temos uma discordância real sobre isso. E amigos podem ter discordâncias reais e profundas em questões específicas e continuar a trabalhar em muitas outras coisas que nos unem. Para nós, como eu disse, está muito claro que não há comparação alguma. Também sei que o presidente Lula é motivado pelo sofrimento das pessoas e quer ver isso acabar. Assim como nós. Também temos isso em comum.

Blinken justificou o veto dos EUA à resolução que pedia o cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU, argumentando que os Estados Unidos estão elaborando uma proposta de acordo para a libertação dos reféns e uma pausa humanitária. Segundo ele, a resolução não abordava a questão dos reféns e poderia complicar as negociações.

Blinken também discutiu a situação no Haiti, mencionando uma reunião no Rio com mais de 12 países para coordenar apoio financeiro e técnico à missão policial multinacional no Haiti, liderada pelo Quênia, para combater as gangues que controlam partes do país.

Sem mencionar diretamente a China, Blinken prometeu formar uma coalizão para direcionar investimentos em infraestrutura na América Latina de maneira que não sobrecarregue os países com dívidas, em uma crítica velada às práticas de financiamento da China e aos padrões de direitos trabalhistas em empresas chinesas.

Além disso, Blinken anunciou que os Estados Unidos aplicarão novas sanções à Rússia devido à morte do opositor Alexei Navalny, criticando a postura do governo russo e rejeitando alegações de politização do G-20 por discutir conflitos como os de Gaza e Ucrânia.

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Paulo Werneck

23/02/2024 - 18h59

Se os EUA estivessem interessados em paz não estariam fornecendo armas.


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