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Níveis críticos do Guaíba deixam Porto Alegre e região metropolitana em alerta máximo

As águas do Rio Guaíba continuam a ameaçar Porto Alegre e os municípios da região metropolitana. O nível do rio atingiu 5,26 metros e permanece 2,26 metros acima da cota de inundação, provocando alagamentos que devem persistir por mais dez dias. A vazão do Guaíba se mantém lenta devido ao volume de água e à […]

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MetSul

As águas do Rio Guaíba continuam a ameaçar Porto Alegre e os municípios da região metropolitana. O nível do rio atingiu 5,26 metros e permanece 2,26 metros acima da cota de inundação, provocando alagamentos que devem persistir por mais dez dias.

A vazão do Guaíba se mantém lenta devido ao volume de água e à estreita passagem para a Lagoa dos Patos, cuja saída também é limitada, conforme reportagem do Globo.

Municípios ao redor da Lagoa dos Patos, incluindo Pelotas e Rio Grande, entraram em alerta máximo devido à entrada da onda de cheia do Guaíba.

As inundações nessas áreas podem durar cerca de 20 dias, conforme projeções do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Serviço Geológico Brasileiro (SGB).

O desastre atual resultou de chuvas intensas na semana passada, quando choveu o esperado para todo o outono em apenas quatro dias.

Artur Matos, coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB, destacou ao jornal que a vazão do Guaíba subiu para cerca de 25 mil metros cúbicos por segundo após chuvas recordes nas bacias dos rios Taquari, Jacuí e Caí.

“Temos cerca de dez vezes mais água escoando pela mesma passagem estreita. Por isso, a água desce lentamente e a situação não deve melhorar significativamente no Guaíba antes do sábado, dia 11, quando deve baixar para quatro metros. Ainda assim, um metro acima da cota de inundação. E isso se não voltar a chover forte nas bacias desses rios”, explicou.

As duas primeiras bacias compõem 85% do volume do Guaíba, enquanto o Caí contribui com 6%. O excesso de água nos rios resultou em uma vazão dez vezes superior à normal.

Nas usinas hidrelétricas da região, as barragens sofreram uma pressão histórica.

Na Usina Hidrelétrica Dona Francisca, no Rio Jacuí, a vazão atingiu 12.812 metros cúbicos por segundo em 30 de abril, comparado ao fluxo médio de 316 metros cúbicos por segundo esperado para maio. Algumas hidrelétricas perderam equipamentos de medição, dificultando a coleta de dados.

O SGB vem utilizando a modelagem numérica do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para monitorar a situação do Guaíba. O rio alcançou a máxima histórica de 5,33 metros no sábado, ultrapassando o recorde anterior de 4,75 metros registrado em 1941.

Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações do Cemaden, indicou que as chuvas reduziram nas cabeceiras dos rios no domingo e na segunda-feira, fornecendo uma breve trégua.

“O problema é que vai chover sobre uma área inundada, muito vulnerável. A situação do Guaíba está terrível. O rio ficará uns quatro dias oscilando no patamar de 5 metros. Só depois disso começa a descer. Mas as previsões hidrológicas têm muita incerteza porque dependem das chuvas “, esclareceu ao Globo.

As chuvas devem retornar na quarta-feira, mas em menor volume do que na semana anterior. A situação na Lagoa dos Patos preocupa, pois o acúmulo de água do Guaíba pode levar a inundações.

No Rio Uruguai, uma onda de cheia se aproxima das cidades de Itaqui e Uruguaiana. Seluchi observou que a inundação esperada é menor, sem a gravidade observada no Guaíba. Ele acrescentou que os riscos de deslizamentos diminuíram no estado.

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