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Urgente! China se prepara para mudanças climáticas e pandemias

Em 2020, Zhang foi nomeado líder da equipe de especialistas clínicos de Xangai para a Covid-19, tornando-se uma figura central na luta do país contra o vírus. Agora, ele embarca em uma nova iniciativa para abordar a interseção entre duas ameaças crescentes: mudanças climáticas e doenças infecciosas. Zhang afirmou que um corpo crescente de pesquisa […]

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O presidente chinês, Xi Jinping, discursa na Conferência Central sobre Trabalho Relacionado às Relações Exteriores em Pequim, capital da China. A conferência foi realizada em Pequim de quarta a quinta-feira. Foto: Xinhua

Em 2020, Zhang foi nomeado líder da equipe de especialistas clínicos de Xangai para a Covid-19, tornando-se uma figura central na luta do país contra o vírus. Agora, ele embarca em uma nova iniciativa para abordar a interseção entre duas ameaças crescentes: mudanças climáticas e doenças infecciosas.

Zhang afirmou que um corpo crescente de pesquisa está examinando o impacto indireto do aquecimento climático na mutação e disseminação de patógenos. Ele ressaltou que, à medida que o clima do planeta muda, incluindo a expansão dos trópicos, a forma como os patógenos evoluem e se mutam também está mudando.

Um estudo publicado no Journal of Geophysical Research: Atmospheres em 2020 descobriu que o aquecimento da superfície oceânica em regiões subtropicais estava expandindo a largura dos trópicos. Zhang destacou que o reservatório de bactérias e vírus está se expandindo à medida que a Terra aquece, expondo mais animais a infecções bacterianas, virais e fúngicas.

Nos Estados Unidos, a taxa de incidência de encefalite e doença de Lyme, ambas transmitidas por carrapatos, está aumentando. Enquanto isso, na China, a dengue transmitida por mosquitos está sendo encontrada em áreas onde antes não prosperava.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que, nas próximas décadas, as mudanças climáticas afetarão a disseminação de doenças transmitidas por vetores, como a malária, devido às mudanças nos padrões de temperatura e precipitação globais.

Além disso, Zhang alertou que, com o aquecimento de regiões do norte, como o Alasca, algumas espécies que não haviam emergido antes podem entrar na sociedade humana, incluindo espécies antigas de bactérias e fungos.

Para enfrentar esses desafios, será necessário mais dados para que os países possam trabalhar juntos na criação de acordos de gestão de doenças globais e estratégias para responder rapidamente a novos patógenos.

Zhang e outros especialistas estão agora trabalhando em direção a esse objetivo, buscando fornecer dados e evidências suficientes para a construção de uma preparação global para pandemias. Ele assinou um memorando de entendimento com a Universidade de Hong Kong (HKU) para colaborar em pesquisas sobre mudanças climáticas e doenças infecciosas.

O trabalho incluirá a criação de plataformas de monitoramento e de discurso de políticas públicas, reunindo especialistas em mudança climática, saúde pública, controle de doenças infecciosas e políticas públicas.

Com mais dados e vigilância rotineira de doenças, Zhang acredita que os cientistas poderão descobrir “alarmes” para pandemias iminentes, que poderiam servir como um aviso antecipado e desencadear ações de resposta rápida.

Para enfrentar a próxima pandemia, será necessária uma colaboração global entre pesquisadores de diferentes ângulos e níveis para fornecer evidências robustas que possam ser usadas por especialistas em políticas e governos ao elaborar estratégias de gestão de doenças.

As informações são do South China Morning Post.

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