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China surpreende o mundo com crescimento acima de 5% já no 1º trimestre

O governo chinês declarou nesta quarta-feira que os recentes aumentos de tarifas pelos Estados Unidos podem gerar impactos no curto prazo sobre o comércio e a economia do país, mas não devem alterar a trajetória de crescimento projetada para os próximos anos. A avaliação foi feita por um alto representante do Departamento Nacional de Estatísticas […]

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A bank clerk counts Chinese yuan banknotes at a branch of Industrial and Commercial Bank of China in Huaibei, Anhui province, June 8, 2012. China's top five banks said on Friday they have raised deposit rates to 3.5 percent, above the benchmark level, less than a day after China took a step towards liberalising its interest rate market. REUTERS/Stringer (CHINA - Tags: BUSINESS) CHINA OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN CHINA - RTR339M9

O governo chinês declarou nesta quarta-feira que os recentes aumentos de tarifas pelos Estados Unidos podem gerar impactos no curto prazo sobre o comércio e a economia do país, mas não devem alterar a trajetória de crescimento projetada para os próximos anos.

A avaliação foi feita por um alto representante do Departamento Nacional de Estatísticas (NBS), em meio à intensificação das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Durante coletiva de imprensa, o vice-diretor do NBS, Sheng Laiyun, afirmou que a China “é veementemente contra os Estados Unidos imporem barreiras tarifárias e praticarem intimidação comercial, pois tais ações são prejudiciais a todas as partes”.

Segundo ele, apesar da pressão adicional, o país possui condições estruturais e capacidade institucional para resistir a adversidades externas e manter o plano de desenvolvimento econômico em andamento.

De acordo com Sheng, a China continua comprometida com a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 5% ao ano até 2025.

Os dados mais recentes do NBS indicam que, no primeiro trimestre deste ano, a economia chinesa teve um avanço anual de 5,4%, com alta de 1,2% na comparação com o último trimestre de 2024.

Sheng mencionou que, desde o início das reformas econômicas e da abertura comercial, a China enfrentou e superou diferentes ciclos de instabilidade, acumulando experiência em formulação e execução de políticas macroeconômicas.

“Um conjunto robusto de medidas políticas garante nossa capacidade de enfrentar choques e desafios externos”, afirmou.

O aumento das tarifas norte-americanas ocorre em um momento de recuperação econômica global ainda marcada por incertezas, após os efeitos da pandemia e com a persistência de tensões geopolíticas.

Embora não tenham sido detalhadas as medidas específicas que a China pretende adotar, o vice-diretor ressaltou que o governo já trabalha na formulação de políticas incrementais para responder a alterações no ambiente externo.

Sheng também destacou a resiliência dos fundamentos da economia chinesa, apontando que há margem para ajustes conforme necessário.

“Citando os fundamentos sólidos e a forte resiliência da economia chinesa”, ele observou que o país “tem a confiança e a capacidade de enfrentar desafios externos e atingir suas metas de desenvolvimento econômico”.

A disputa comercial entre China e Estados Unidos se intensificou nas últimas semanas, com Washington anunciando elevações significativas nas tarifas sobre produtos chineses de diversos setores. As autoridades chinesas classificaram a medida como unilateral e defenderam a necessidade de preservar os princípios do comércio internacional.

Nos bastidores, analistas apontam que a escalada tarifária pode afetar não apenas as trocas bilaterais, mas também provocar distorções em cadeias de suprimentos globais.

Embora as declarações de Sheng não tenham detalhado eventuais contramedidas, a sinalização do governo foi no sentido de priorizar a estabilidade econômica interna e o planejamento de médio e longo prazo.

A coletiva também serviu como uma oportunidade para o NBS reforçar a mensagem de continuidade da política econômica. Com a proximidade da definição de metas para o segundo semestre, a expectativa é de que Pequim mantenha o foco na expansão da demanda doméstica, estímulo ao consumo e incentivo à inovação tecnológica.

Ao mesmo tempo, a resposta chinesa ao cenário internacional incluirá, segundo Sheng, um monitoramento permanente das variáveis econômicas externas, com eventuais ajustes coordenados com outras áreas do governo central. A meta, segundo o vice-diretor, é “garantir o progresso constante dos indicadores macroeconômicos em meio a um ambiente global volátil”.

Nos próximos meses, serão divulgados novos pacotes de dados que permitirão aferir com mais precisão o impacto das tarifas americanas sobre setores específicos da economia chinesa.

A expectativa é que os segmentos mais sensíveis à exportação estejam sob maior observação, especialmente no que se refere à manutenção de empregos e ao desempenho das indústrias de base tecnológica.

Com a continuidade das medidas restritivas impostas pelos EUA, o cenário de curto prazo ainda apresenta riscos, mas o discurso do NBS indica que o governo busca manter o controle sobre os fundamentos econômicos e evitar reações abruptas.

Sheng reiterou, por fim, que o país está preparado para “implementar políticas incrementais em resposta às mudanças no ambiente externo”.

A disputa comercial deve permanecer como um dos principais temas da agenda econômica bilateral em 2025, com impactos potenciais sobre o comércio global e sobre o equilíbrio das políticas industriais e tarifárias adotadas por ambos os países.

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