Conforme avança a guerra de Israel contra o Irã, alimentada pelos neocons e imperialistas do Ocidente, vale uma reflexão sobre o seu impacto na economia brasileira.
O Brasil tem excelentes relações com o Irã, um dos mais novos membros dos Brics, e tinha boas relações também com Israel, até o país dar início a uma campanha genocida contra o povo palestino.
Mesmo assim, as relações comerciais do Brasil com Israel permanecem normais. O Brasil, todavia, registra déficit comercial com Israel: nos últimos 12 meses até maio, o déficit comercial foi de 734 milhões de dólares. O Brasil exportou 506 milhões de dólares para Israel nos últimos 12 meses, e importou 1,2 bilhão no mesmo período.
Entretanto, a relação comercial do Brasil com o Irã é bem mais substantiva – e vantajosa para a economia brasileira.
Nos últimos 12 meses, o Brasil exportou quase 3 bilhões de dólares para o Irã, correspondendo a um montante cinco vezes superior ao registrado com Israel.
Além disso, o Brasil tem um forte superávit comercial com o Irã, de 2,86 bilhões de dólares, na medida em que importamos muito pouco do país, mas exportamos grandes quantidades de alimentos.
A materialização das ameaças monstruosas de Netanyahu, de “queimar Tehrã”, impactariam significativamente a economia brasileira, assim como a destruição do Iraque, da Líbia e da Síria, pelas mesmas forças, prejudicou muito o Brasil.
O Brasil tem interesse econômico direto pela paz. Esperemos que a nossa direita, e seus representantes na mídia, tenham ao menos noção disso.
Marco Paulo Valeriano de Brito
17/06/2025 - 11h56
O QUÊ QUE LULA FOI FAZER NO G7?
Será que não consegue compreender que essa cúpula não nos quer e nunca vai aceitar a ascensão do Oriente e do Sul Global?
Não vou me estender porque aqui não é um fórum de debates sobre geopolítica, mas insisto que o Brasil precisa definir de vez de que lado está, se somos BRICS+ e queremos ser uma Nação soberana e desenvolvida no Sul Global aliada das nações da América Latina, África e Oriente, ou optamos por sermos um quintal de influências e domínio dos EUA e da União Europeia, que é o que representa o G7.
A destruição total da Palestina e a ampliação territorial de Israel é só a concretização da base do Norte Global Capitalista no Oriente Médio, sobretudo, agora neste século XXI com a ascensão econômica da China, a consolidação do Brics+ e a Rússia resistindo como potência da Eurásia, que assusta os EUA e a UE, e para esses, o bloco do G7, isso tem que ser contido e impedido a qualquer custo a expansão, até mesmo por uma guerra mundial.
Israel é o Estado-Naçāo Judaico-Sionista, que simboliza uma espécie militarizada do que representa o Vaticano teocrático, no mundo ocidental e para-ocidental, e formam uma projeção imanente e transcendente da aliança cultural e ‘mística’ da cruz do Cristo com o estilingue de Davi, de onde emerge todo o poder conceitual do Ocidente histórico-secular.
Enquanto o Vaticano projeta o poder do cristianismo, Israel projeta o judaísmo, ambos representando o tronco judaico-cristão que forjou o Ocidente moderno, colonialista, Imperialista, escravocrata e capitalista, que na contemporaneidade do século XXI está passando por sua mais profunda crise sistêmica.
Para o G7, diga-se, União Europeia e EUA, a sobrevivência de Israel, e a pretensa supremacia do sionismo no Oriente Médio, representa a própria manutenção do poder e dos valores ocidentais do Norte Global na Terra.
Marco Paulo Valeriano de Brito