A força da esquerda no Brasil ainda não se capilarizou nos municípios, onde o conservadorismo ainda predomina.
Naturalmente, uma aliança assim (entre Kassab e PT, ou seja, entre o PSD e o governo Dilma) receberá duas críticas pesadas: à direita, a mídia denunciará a formação de uma hegemonia sem precedentes, à qual faltaria consistência ideológica, além de pôr em risco a pluralidade democrática.
José Serra: "Nos anos recentes, o ímpeto petista para cercear a liberdade de expressão e de impressa vem sendo contido por dois fatores: a resistência da opinião pública e a vigilância do Supremo Tribunal Federal. Poderia haver também alguma barreira congressual, mas essa parece cada vez mais neutralizada pela avassaladora maioria do Executivo."
O economista-jornalista Carlos Alberto Sardenberg é um operário esforçado da comunicação. É do tipo que possui vários clones na mídia: um fala no Jornal da Globo e Globonews; outro tem um programa na CBN, e um terceiro escreve asneiras no Globo e no Estadão.
Zuenir Ventura é um cara legal, que escreveu livros legais, como "1968, o ano que não terminou" e "Cidade Partida". Tive o privilégio de ler ambos. Todo mundo gosta do Zuenir. Inclusive eu.
Os jornais de hoje trazem um ataque udenista triplo. Roberto daMatta publica o mesmo artigo no Globo e no Estadão, intitulado Mentira & Politicagem. Outros dois flancos são cobertos por Roberto Romano, no Estadão, com USP e corrosão do caráter, e José Neumanne, no mesmo jornal, com Quem tem medo da mentira?.
Andei escrevendo com uma certa implicância contra a Ley dos Medios argentina. É que me irritou a maneira superficial, e até meio histérica, como o debate estava sendo conduzido. Notei ainda o típico chauvinismo latino-americano, com a exigência de que o governo deve "peitar" a mídia.