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A falácia de Noblat e os desafios do governo

  Dia sim, dia não, a Globo cita os blogueiros “progressistas”. Hoje foi a vez de Noblat, o blogueiro oficial da Globo. Ele encerra sua coluna semanal com uma assertiva supostamente sarcástica: “Dizem até que [Aécio] degola bodes, mas aí já acho que é maldade dos nossos blogueiros progressistas.” Agradeço sinceramente a forma carinhosa com […]

31 comentários
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Dia sim, dia não, a Globo cita os blogueiros “progressistas”.

Hoje foi a vez de Noblat, o blogueiro oficial da Globo.

Ele encerra sua coluna semanal com uma assertiva supostamente sarcástica:

“Dizem até que [Aécio] degola bodes, mas aí já acho que é maldade dos nossos blogueiros progressistas.”

Agradeço sinceramente a forma carinhosa com que Noblat se refere aos blogs.

Entretanto, discordarei de quase todos os raciocínios de Noblat. Digo quase, porque, ao cabo, concordarei em parte com ele.

A sua coluna sintetiza o novo esforço da mídia e da oposição, de enganar o público com uma falácia quase infantil: a de que Dilma teria praticado um “estelionato eleitoral”, e que estaria tomando as mesmas medidas que sua campanha denunciava que seriam feitas por Aécio Neves.

O artigo de Noblat não engana ninguém.

Ele faz uma confusão entre medidas macro-econômicas, reajuste de preços, e estatísticas sociais.

As medidas que o Brasil temia, sob um governo tucano, não eram pequenos reajustes de 0,25% nos juros, nem aumento de 3% no preço da gasolina, após anos e anos de preço estável.

Em primeiro lugar, Dilma tem crédito na questão dos juros. Sua ação de governo mais ousada, durante sua primeira gestão, foi a redução dos juros, muitas vezes forçada, na base de intervenção direta em bancos públicos.

dilma_selic

Fonte: Banco Central / Elaboração blog O Cafezinho.


Depois os juros voltaram ao nível anterior, mas ainda assim se mantendo em patamar historicamente baixo, e sem apagar os ganhos que tivemos enquanto eles se mantiveram ao menor nível de sua história.

Milhões de brasileiros tiveram acesso a crédito mais barato, e o governo economizou algumas centenas de bilhões de reais.

A temporada de juros baixos proporcionada por Dilma, entre 2011 e 2013, fez o Brasil ganhar dezenas de vezes mais do que todas as privatizações feitas durante a era FHC.

O povo brasileiro dá um voto de confiança a Dilma, de que os juros, embora aumentando levemente nesse último trimestre, serão reduzidos em seguida. É o tipo de confiança que não daríamos a Aécio Neves.

Quanto ao aumento da gasolina, trata-se de hipocrisia e desinformação deliberada de Noblat.

Um aumento de 3% do preço da gasolina na fonte, e ainda menor no preço final, é inferior à inflação, e infinitamente abaixo da elevação do poder aquisitivo do trabalhador.

Um salário mínimo, ao final do governo FHC, comprava 89 litros. O salário de hoje compra 241 litros.

Essa é a diferença entre Dilma e Aécio. A primeira se preocupa com possíveis impactos sociais de todas as suas ações. O segundo, não.

O preço da gasolina andava defasado há anos, e o aumento foi modesto. Era importante aumentar os preços, porque a saúde financeira da Petrobrás é essencial para a estratégia do nosso desenvolvimento. Não faz sentido, porém, defender aumentos maiores, como faz a nossa mídia, de olho em ganhar com as ações da Petrobrás. Nossa gasolina não é barata, embora não esteja entre as mais caras. Note que um dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Noruega, vende a gasolina mais cara do planeta.

Gasolina1

Valores de 2012, não muito diferentes de hoje.


gasolina

Gráfico do blog Tijolaço


Quanto aos índices de miséria, a hipocrisia de Noblat e oposição é apenas ridícula. Estão usando uma retórica barata para discutir o assunto. A redução da miséria durante os governos do PT é um fenômeno sem paralelo no mundo, em tão pouco espaço de tempo. A estagnação de 2013 não lhe tira o mérito.

Sem contar que há um outro lado que a mídia não deu nenhum destaque. Saiu escondido hoje numa notinha do Ancelmo Gois:

O outro lado – O ministro Marcelo Neri insiste que a ênfase no aumento da extrema pobreza com base na última Pnad foi exagerada, “pois está dentro da margem de erro da pesquisa”. Segundo ele, quando falam em aumento de 371 mil do número de miseráveis, esquecem outros dados, também de 2013, como “a queda de 1,5 milhão de pobres ou o aumento de 2,7 milhões na nova classe média (classe C) e de 1,6 milhão na classe média tradicional (classe AB)”.

*

De qualquer forma, ninguém passará a mão na cabeça do governo.

Sabemos que o jogo é bruto, a crise econômica no mundo não pode ser desmerecida, e ninguém espera milagres. Sabe-se que haverá um brutal embate, como sempre desigual, entre uma mídia aliada ao mercado financeiro, pressionando por medidas de austeridade, e a base popular do governo, exigindo mais investimento público e mais ousadia política.

Para reativar o crescimento econômico, deve-se reduzir juros, elevar o investimento público, e fazer ouvidos de mercador à mídia, cujo ideário já levou o Brasil e outros países à falência por diversas vezes.

A elite brasileira costuma seguir a seguinte máxima: política é a arte do sacrifício; sacrifício do outro.

Entretanto, numa coisa Noblat acertou, embora sem querer.

O governo começou a ficar para trás.

Já era tempo de transmitir mensagens políticas positivas para a sociedade. De pautar a mídia, tanto a velha quanto a nova, com discursos e medidas de impacto.

É preciso um choque de energia e criatividade.

Falar que vai discutir a regulação da mídia no segundo semestre do ano que vem não adianta nada, sobretudo se a imprensa vem repleta de notinhas maldosas, falsas ou não, sobre o assunto.

A democratização da mídia é um processo político para o qual a regulação parlamentar é apenas um ponto. Há muitos outros que podem ser conduzidos sem isso.

A presidenta vai usar mais a rede nacional, ou ficará com temor de ser tachada de bolivariana?

A primeira gestão do governo Dilma se caracterizou por um grande apagão político e de comunicação. E que ainda não foi sanado nessas primeiras semanas pós-eleitorais.

Por exemplo, o governo brasileiro deve ser o único no mundo que não possui um porta-voz.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos inicia investigação sobre a Petrobrás, e não há um porta-voz do governo brasileiro para falar sobre o assunto.

Qual o calendário de inauguração das grandes obras?

Dilma foi eleita com uma agenda de mudanças. Se estas não podem ser realizadas do dia para a noite, o mínimo que se deve fazer é criar uma agenda e um calendário políticos, devidamente conectados a um sistema inovador de comunicação oficial, para oferecer ao povo e aos empresários alguma orientação acerca das mudanças que estão por vir.

Para começar, o governo poderia falar mais sobre os projetos mencionados na campanha, as novas creches, pronatec, habitações populares, etc.

Há algum novo discurso para a classe média?

Cada dia de silêncio é um dia de derrota  para o governo, e ampliação da base social da oposição.

A base social de Dilma se mantém firme, esperando novidades, tentando resistir às provocações e manipulações da mídia.

Por quanto tempo?

O governo deve ter seus planos, mas não pode esquecer que a política não tolera o vácuo. Enquanto fica em silêncio, a oposição ganha espaço.

A eleição deste ano mostrou que, se há interlocução entre o governo, os partidos de esquerda, e as bases sociais, através de uma campanha, tanto de comunicação quanto de mobilização, o governo ganha força e as bases ficam energizadas.

No entanto, o apoio das bases sociais, essencial para a vitória nas eleições, não poderá resistir por tempo indeterminado, caso o governo não faça uma mudança profunda em sua estratégia de comunicação, que hoje é parte essencial da própria estratégia política.

A classe política, após ver o que aconteceu com Sérgio Cabral, e com a própria Dilma, já deveria ter aprendido que “popularidade” de instituto de pesquisa é uma coisa volátil, se não for amparada em bases sociais orgânicas e organizadas.

E estratégia de comunicação não é somente dar entrevistas à grande imprensa.

Falamos de uma coisa maior, de produção de símbolos.

Passa, inclusive, pela mudança no visual do governo e da presidenta.

Pela criação de novos slogans, novas metas, novas leituras políticas, pela construção de novas maneiras de se comunicar e interagir com a população.

O governo tem o vício de pensar que ele é o principal prejudicado pela partidarização da mídia, porque não se consegue se fazer ouvir através dela.

Ora, a principal vítima da situação não é o governo, mas o povo brasileiro, cuja voz não chega ao governo. Cuja voz não chega a si mesmo!

A mídia tem orgulho de ser “crítica” ao governo.

Ora, criticar o governo é um privilégio, porque serve para orientar a administração, e por isso mesmo não deveria ser monopolizado pela mídia.

Criticar o governo dá muito mais prestígio e dinheiro do que defendê-lo.

Eu também queria poder fazer mais críticas ao governo, mas de forma que este pudesse realmente ouvir, e de maneira que as críticas não fossem manipuladas para enfraquecê-lo, em benefício das forças que vampirizam o Estado e a sociedade.

Não quero criticar o governo para fortalecer a mídia e o mercado financeiro.

Por isso o governo deveria ampliar seu sistema de ouvidorias, para poder auscultar diretamente o povo.

Isto tiraria força da mídia corporativa, ou seja, também faz parte da estratégia da democratização da mídia.

Seria salutar, pelas mesmas razões, que o governo oxigenasse a administração pública, trazendo novos quadros da sociedade, fazendo um ministério menos partidário e mais conectado com a opinião pública – não a opinião dos jornais, mas a verdadeira, a das ruas, progressista e rebelde.

Dilma venceu a oposição no primeiro e no segundo turnos. Também ganhou o terceiro turno, que foi a tentativa de pôr em dúvida a lisura das eleições.

No quarto turno, porém, será derrotada, caso não faça um governo diferente, na política e na comunicação.

A presidenta tem tudo para fazer um grande governo, porque será o período de colheita.

Obras magníficas serão inauguradas em sua gestão, como a transposição do São Francisco, hidrelétricas, eólicas, refinarias, portos, estradas, ferrovias, metrôs, vlts, milhares de creches, mais 12 milhões de beneficiados pelo pronatec, o programa Mais Especialidades, etc.

Nada disso terá resultado político, todavia, se o governo não se comunicar.

O que significa: falar, falar, falar.

Mas sobretudo ouvir, ouvir, ouvir.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Nino Faria

11/11/2014 - 14h25

Quando é que algum Deputado vai apresentar algum projeto proibindo os governos municipais, estaduais e federal de anunciarem na mídia quaisquer matérias que não seja estritamente de utilidade pública?

Manu

10/11/2014 - 22h55

Tenho certeza de uma coisa, se não tiver dinheiro público para sustentar a imprensa golpista, pode ser certeza empresas privadas vão fazer este papel, pode até não socorrer todas.

    João Almeida

    11/11/2014 - 03h40

    Eu já acho o contrário, as empresas privadas vão se aproveitar da fragilidade para tirar vantagem. Podem até socorrer, mas só o bastante para não quebrarem.

Messias Franca de Macedo

10/11/2014 - 22h49

… E MAIS:

convocar – formal e solenemente – o povo brasileiro para, imediatamente, e começo de conversa!

# exigir do Congresso Nacional a aprovação da CPMF – cujo valor da alíquota deverá ser simbólica: muito menos do que colaborar no financiamento da saúde pública, “pegar os peixes graúdos da CRIMINOSA e corrupta sonegação de impostos;

# aprovar a regulação econômica da mídia, fundamentada na Constituição Federal. E regulamentação do Direito de Resposta;

# tornar hediondo os crimes de corrupção;

# transformar em crime penal os delitos de caixa dois patrocinados em campanhas eleitorais;

# instituir o Imposto Sobre as Grandes Fortunas e Sobre as Vultosas Heranças;

# Reduzir, ao máximo, a veiculação de publicidade estatal nos órgãos de imprensa! Nos países civilizados e democráticos, até as campanhas de saúde pública são difundidas pela mídia comercial sem ônus para os cofres públicos;

# Aprovação de plebiscito para a supressão do financiamento empresarial de campanha;

# discutir e aprovar a Reforma Política;

# implantar o Sistema Integrado de Segurança Nacional;

# utilizar, sistematicamente, cadeia nacional de rádio e televisão, em horário nobre, para prestação de contas das ações e projetos do governo federal – e, quando necessário, desmentir os factóides da oPÓsição fascigolpista, incluindo o PIG!;

# Instituir os Conselhos Populares enquanto organizações representativas no sentido de encaminhar proposições ao Congresso Nacional e demais instâncias Legislativas;

# Instituir o Controle Social do Poder Judiciário;

Mario Alex

10/11/2014 - 22h08

O essencial é o governo tomar ações, logo no inicio do ano, que venham limitar a entrada de capital volátil, facilite a tomada de crédito pela população e investa muita mais em infraestrutura. Para tal sugerimos as seguintes ações concomitantes:
Tacar pesado as aplicações de curto prazo, todas elas. O IOF esta ai para isso e, premiar as aplicações de longo prazo com percentuais menores do IOF;
Liberar totalmente o deposito compulsório dos bancos. Não tendo onde aplicar no curto prazo, os bancos terão que diminuir seus juros reais para o tomador de emprestimos, frente ao volume de recursos que ficará a sua dispensas ou, vão ter que buscar outra forma para remunerar esse capital, quem sabe, no setor produtivo;
Voltar a baixar a SELIC, com isso, diminui o montante de recursos para rolagem da divida interna e, sobra mais para investimento em infraestrutura;
Aplicar em infraestrutura parte das reservas, diminui o custo de manutenção dessas reservas que, sabemos não ser barato:
Estimular, com uma politica própria e linha de credito com os recursos das reservas, o setor produtivo a investir no aumenta da sua produção, para atender aumentos de demanda, o equivalente ao crescimento do somatório do PIB dos ultimos 5 anos;
Renegociar a divida interna com os 100 maiores credores estendendo prazos e diminuindo juros, pra sobrar mais recursos para investimento em infraestrutura;
Não ha justificativa pro real estar desvalorizado em 150% em relação ao dólar, valor do dolar mais baixo ajuda no controle da inflação e na aquisição de equipamentos e novas tecnologias para aumentar a produtividade do pais. Essa desvalorização do dolar só favorece aos exportadores e penaliza a sociedade como um todo, no controle da inflação. Temos que buscar um valor do dolar que atenda,principalmente, os interesses da maioria da populacao e, seguramente, esse valor do dolar é bem inferior aos 2.50 reais de hoje. As reservas são satisfatórias para atender QQ choque ou turbulências externas.
Temos que partir pra ações ousadas e factíveis, aumentar e baixar selic, vender ou comprar dólares são ações que não tem surtido os efeito desejados de longo prazo.

Antonio

10/11/2014 - 21h18

Esse Nononoblablablat já conseguiu explicar e convencer alguémde ele ter testemunhado a favor do ex governador do distrito federal, acusado de ter violado o painel de votação do congresso nacional, afirmando que naquele dia, ele estava jantando com o ex governador?

Antonio

10/11/2014 - 21h10

Adorei o novo mantra da direita para poder me insultar… sim sou bolivariano, mais vencedor, bem melhor que ser tucano e perdedor.

Antonio

10/11/2014 - 21h09

oi

Sonia Beligerante

10/11/2014 - 19h46

Miguel, me desculpe, mas eu penso que a Dilma empacou! Que ela eh turrona, todos sabem, mas parece que a vitoria subiu na cabecca. Este tipo de pessoa nao admite que estah no lugar que estah porque muita gente ajudou, nao somente votando, mas trabalhando de gracca para ela ser eleita. Veja que apos 6 horas reunidas com Lula ela empacou. Serah que esth com medo do bicho papao?

Sandra Francesca de Almeida

10/11/2014 - 20h43

Perfeito. Acrescento às necessárias e urgentes medidas, no âmbito da comunicação com a sociedade, a criação de uma emissora de TV estatal e o apoio/suporte a um jornal independente, mas aliado às ideias da esquerda, de grande circulação nacional, a exemplo do que fez Getúlio, com o Última Hora.

Heliane Moura

10/11/2014 - 20h13

“A primeira gestão do governo Dilma se caracterizou por um grande apagão político e de comunicação. ”
Perfeito.

marco

10/11/2014 - 17h59

O que os blogs ” IMUNDOS ” Precisam,são verbas de publicidade da SECOM e não de afagos!Quanto ao senhor que trabalha na Globo,não assisto nunca,mas não concordo!

De Vito Maria de Jesus

10/11/2014 - 19h50

Ótimo texto. Precisamos te ouvir Presidenta!

Ricardo

10/11/2014 - 17h44

Muito bom. Espero, sinceramente, que o Thomas Traumman leia esse texto. Se bem que o problema não é a Comunicação, mas a aversão da Dilma à comunicação. Alguém precisa convencê-la de que se comunicar bem é imprescindível para o sucesso do governo.

    João Almeida

    11/11/2014 - 03h48

    Se o problema é a aversão de Dilma para com a comunicação, é simples de resolver. É só contratar um porta-voz, eles servem para isso.
    Esse governo precisa mesmo de um.

renato

10/11/2014 - 17h43

Fale comigo Presidenta Dilma toda a Semana.
Estou com saudades dos Programas de Propaganda Politica.
E se quiser, fale de graça todo dia na GLOBO no meio da
Novela..Só assim eu ligo neste canal..mas logo depois desligo.

Sergio Govea

10/11/2014 - 17h21

Prezado Miguel,

Não encontrei no seu blog nenhuma área do “fale conosco”.

Por isso, estou enviando esse “comentário”, que está até afeto ao tema do post.

Eu retomei a lida com a intenção de aglutinar pessoas no parlamento, com finalidade de reforma política e democratização das comunicações.

Por isso, não fiz ainda a assinatura do Cafezinho. Farei, assim que os compromissos remanescentes da campanha findarem.

É preciso mobilizar gente dentro do Congresso.

Muitos já entenderam isso. Os Blogs poderiam ajudar para além das matérias convencionais ( que são importantíssimas ).

É nesse sentido que estou enviando a todos os Blogs progressistas o texto abaixo.

Solicito que dê amparo à iniciativa, porque ela é do interesse de todos nós. Dos Blogs também.

Temos que conquistar um número razoável de peemedebistas.. a luta é árdua. Caso contrário, nada acontecerá em termos de regulamentação.

Caso, não a publique ou a suprima, saberei entender e continuarei dando os meus pitacos por aqui.

De antemão , gostaria de agradecer-lhe.

Sergio Govea.

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Seminário Preparatório (12/11) vai definir propostas dos movimentos para o Fórum Brasil de Comunicação Pública, que acontecerá na Câmara dos Deputados nos dias 13 e 14/11

Cerca de 80 pessoas deverão participar do Seminário Preparatório ao Fórum Brasil de Comunicação Pública, no Centro de Eventos da Cáritas Brasileira, em Brasília, nesta quarta-feira (12/11). Promovido pela coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), o evento reunirá representantes dos comitês e das organizações filiadas e parceiras do FNDC para discutir propostas de políticas públicas e regulação visando ao fortalecimento do sistema público de comunicação no país. O objetivo é definir propostas da entidade que serão apresentadas durante o Fórum.

O Fórum Brasil de Comunicação Pública será realizado pela Secretaria de Comunicação da Câmara dos Deputados em parceria com a Frente Parlamentar pela Liberdade e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FrenteCom). O evento dará sequência aos dois primeiros fóruns de TVs Públicas e ao Seminário Internacional da Comunicação Pública, realizados em 2006, 2009 e 2012, respectivamente. Ao final do Fórum, as organizações participantes entregarão a plataforma consolidada de demandas para a comunicação pública à Presidenta da República, Dilma Rousseff.

Confira a programação do Seminário Preparatório

Local: Centro de Eventos da Cáritas Brasileira
Endereço: SGAN Quadra 601 Módulo F – Asa Norte

Painel

9h – A comunicação pública hoje no Brasil: cenário e desafios

12h – almoço

13h30 – Grupos de trabalho para elaboração de propostas

GT 1 – Regulação do Campo Público e Rede de Comunicação Pública

GT 2 – Gestão, Participação e Financiamento do Sistema Público

GT 3 – Conteúdo, diversidade e Canal da Cidadania

15h30 – Café

16h – Plenária para aprovação das propostas e encaminhamentos para o Fórum Brasil de Comunicação Pública

18h – Plenária de articulação e mobilização em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática.

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    renato

    10/11/2014 - 17h39

    Muito bom…

Marcelo

10/11/2014 - 17h08

Parabéns, Miguel. O PT não pode mais agir assim, evitando o confronto e contando com a blogosfera para defendê-lo; precisa sair desta zona de conforto que de confortável só tem a ilusão. Você é lido pela presidente e pela base do PT; continue na batida… Abraço.

PEDRO HOLANDA

10/11/2014 - 16h54

O foda é que gastei uma semana para ler o livro O QUE É SER JORNALISTA desse cara, e mais meu sobrinho após ler, desistiu de atuar no meio. ´´É assim… Tô fora

    Manu

    10/11/2014 - 22h58

    Bota fogo no livro…..rs

Ernando Peluso

10/11/2014 - 16h44

De fato Miguel se a Presidenta Dilma e o PT não abrirem do olho a mídia golpista que é fará o serviço sujo. De tanto repetirem mentiras o povo acabará acreditando, já que o governo não se move, não toma a iniciativa. Realmente a situação é preocupante. Abraços.

Lydia Abud

10/11/2014 - 18h32

Perfeito seu texto Miguel. Faça chegar até a Presidenta! Ela precisa te ouvir!

    renato

    10/11/2014 - 17h40

    Ela gosta do teu BLOG…ela disse isto.

tielo

10/11/2014 - 16h23

Não era esse Noblat que vc elogiava um pouco antes da eleição,por causa de uma matéria

    Miguel do Rosário

    10/11/2014 - 16h42

    Não.

Roseli

10/11/2014 - 16h09

A gasolina subiu R$ 0,30 por litro e não 3 reais por litro. E o diesel subiu R$ 0,50 por litro. agora, novembro de 2014. De onde surgiu esse valor de 3 reais por litro?

    Miguel do Rosário

    10/11/2014 - 16h42

    Os R$ 3 não é o aumento, mas o preço médio final, após o aumento.

Mauricio

10/11/2014 - 16h05

Miguel,

Espero de verdade que a Dilma (que elogiou seu ótimo blog) leia essa matéria e reflita profundamente sobre isso. Sempre votei pra presidente no PT, e jamais vou me arrepender disso. Contudo, a Dilma precisa entender o que essa vitória representa para a militância que foi às ruas, que foi xingada, agredida e mesmo assim carregou o piano na raça e na vontade. Não podemos escutar calados oficiais militares de alta patente darem entrevistas dizendo que o país está sob ameaça comunista e que uma guerra civil é inevitável. Olhe no youtube e verá vários vídeos sobre isso. Também não podemos mais aguentar calados a chantagem e o terrorismo feitos pela grande mídia, que sempre tentam acuar governos que não os servem. Pra mim essa eleição foi um divisor de águas: ou o governo muda radicalmente sua postura passiva, tímida e covarde em enfrentar as grandes questões nacionais, ou nosso projeto de país vai para as cucuias. Não dá mais pra adiar essas reformas e mudanças, temos que exigir que a presidenta governe com base nos princípios que a levaram ao poder e não atendendo aos mercados que só querem lucro. Nós, que sofremos como nunca nessa eleição para empurrar a Dilma à vitória, merecemos tudo isso como recompensa.

abs

Mauricio

Pedro Luiz

10/11/2014 - 16h05

Noblat:
Meu DEUS – um dos símbolos dos golpistas!
Pedro Luiz

Ricardo G. Ramos

10/11/2014 - 17h53

O Felatio de Noblat.


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