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Presidente da ABI pró-golpe agride comissão de associados contra o golpe

No blog da Tribuna da Imprensa.  PRESIDENTE DA ABI DEMONSTRA QUE NÃO TEM CONDIÇÕES DE EXERCER O CARGO AO DESTRATAR ASSOCIADO EM SEU GABINETE 24.3.16 Por LYGIA JOBIM, MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND, SOLANGE RODRIGUES e ANDRÉ MOREAU – Comissão de jornalistas não consegue entregar ao presidente Domingos Meirelles manifesto contra o golpe midiático, judicial e parlamentar. […]

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No blog da Tribuna da Imprensa

PRESIDENTE DA ABI DEMONSTRA QUE NÃO TEM CONDIÇÕES DE EXERCER O CARGO AO DESTRATAR ASSOCIADO EM SEU GABINETE

24.3.16

Por LYGIA JOBIM, MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND, SOLANGE RODRIGUES e ANDRÉ MOREAU –

Comissão de jornalistas não consegue entregar ao presidente Domingos Meirelles manifesto contra o golpe midiático, judicial e parlamentar.

O atual presidente da Associação Brasileira da Imprensa, o Sr. Domingos Meirelles não está realmente preparado para ocupar o cargo. Não se trata do fato de estar fazendo em sua gestão o jogo do patronato midiático conservador, que, claro, é desabonador e mancha a entidade secular, a Casa dos Jornalistas.

Ao tentarmos entregar em seu gabinete (às 18h do dia 22), na presidência da ABI documento assinado por um grupo de jornalistas que se posicionaram contra o golpe midiático, judicial e parlamentar em andamento, Meirelles não só se recusou a receber o material das mãos da associada Lygia Jobim, ex-presidente do Conselho Deliberativo da ABI, como destratou o associado e também ex-conselheiro e ex-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Liberdade de Imprensa da ABI, Mário Augusto Jakobskind, que fotografava a entrega, assim como Solange Rodrigues, editora do IDEA, programa de televisão, canal universitário de Niterói/UNITEVÊ-Universidade Federal Fluminense (UFF), e André Moreau, também ex-conselheiro, que estava na ante-sala, membros da comissão do manifesto dos jornalistas contra o golpe.

"Saia daqui, você não está em sua casa!". Em resposta, Jakobskind argumentou que ele estava censurando o trabalho do repórter fotográfico. Apoplético, dando a impressão que partiria para a agressão física ao associado, Meirelles em tom de voz agressiva complementou que "conheço o seu currículo. Retire-se!".

O principal objetivo dos membros da comissão era fazer com que o presidente da ABI recebesse o manifesto dos jornalistas com críticas também ao posicionamento de Meirelles como linha auxiliar de entidades representativas do patronato midiático, como a Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) e a ANJ (Associação Nacional dos Jornais).

O manifesto dos jornalistas acabou sendo protocolado pela diretora Ana Maria Costabile, que assinou o recebimento quando também se encontrava na sala da presidência, escrevendo numa cópia do documento que o encaminharia para Domingos Meirelles.

O lamentável episódio revela a faceta autoritária e grosseira do atual presidente da ABI, que em plena sala onde assina recibos e tudo o mais censura o trabalho de alguém que naquele momento exercia a função de repórter fotográfico. E isso para não dizer que anos atrás Meirelles traiu quem o ajudou por mais de 30 anos, o jornalista e então presidente da ABI, Maurício Azêdo, conforme relato em anexo do próprio Azêdo (que morreu em processo de depressão), em filme, ver: https://youtu.be/pLT5r_CYrLQ

É óbvio que Meirelles não está preparado para o cargo que exerce. Expulsa associados que o criticam e ainda por cima falando ameaçadoramente em currículo para um jornalista, comportando-se, portanto, não como um profissional de imprensa, mas como um policial dos tempos da ditadura.

Cabe agora aos associados que almejam que a ABI volte a ser uma entidade presente nos acontecimentos nacionais – e não como linha auxiliar do patronato midiático conservador, hoje apoiador da tentativa de golpe midiático, judicial e parlamentar em andamento no país, – se mobilizarem contra alguém como Domingo Meirelles, que não tem gabarito moral para exercer a presidência da ABI.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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