Judiciário abre guerra contra democracia e afasta senador

Presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), concede entrevista. Foto:Jonas Pereira/Agência Senado

Em decisão monocrática, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STF) Marco Aurélio Mello, em obediência aos ditames da Globo, afastou o senador da república eleito pelo seus pares.

Ministro Marco Aurélio Mello do STF, em decisão liminar nesta segunda-feira, 5, afastou Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado. O pedido foi feito pelo partido Rede Sustentabilidade, em novembro.

A sentença é mais um capítulo na guerra política entre os poderes legislativo e judiciário. De um lado, o judiciário, com forte apoio da grande mídia, insiste em sua cruzada contra a corrupção custe o que custar. E agora que levou o povo às ruas, parece sedento de poder.

Do outro lado há um legislativo combalido, inexpressivo em força e capital político. O golpe que não deu certo é apenas a cereja do bolo. Senadores e deputados na mira da Lava-Jato delatam uns aos outros e finalizam, desta forma, a credibilidade que se espera de nossos representantes.

A ação contra Renan Calheiros, que pedia seu afastamento da presidência do Senado, começou em novembro. O julgamento, porém, não foi concluído porque o ministro Dias Toffoli requisitou mais tempo para analisar o caso. Apesar da ausência de conclusão no processo, Marco Aurélio Mello concedeu a liminar.

A decisão do STF soa como uma resposta à tentativa de Renan em votar o projeto de Lei de abuso de autoridade no Senado. A Ministra Carmem Lúcia havia se pronunciado e pedido ao senador para que adiasse a votação. Renan Calheiros, no entanto, decidiu manter a votação na agenda, e agora está afastado de suas funções.

Redação:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.