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Em sua festa da liberdade, Portugal não esqueceu de Lula e do Brasil!

(Foto: Bruno Falci). A história é uma coisa muito emocionante. Quantas voltas ela dá! Há muito tempo, séculos atrás, Portugal era o pólo de ondem saíam as forças que nos oprimiam. Hoje, em 2018, de Portugal nos chegam apenas cantos de liberdade! Parlamentares dos partidos que governam o país tem feito, diariamente, discursos contra o […]

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(Foto: Bruno Falci).

A história é uma coisa muito emocionante. Quantas voltas ela dá!

Há muito tempo, séculos atrás, Portugal era o pólo de ondem saíam as forças que nos oprimiam.

Hoje, em 2018, de Portugal nos chegam apenas cantos de liberdade!

Parlamentares dos partidos que governam o país tem feito, diariamente, discursos contra o golpe, contra a prisão de Lula, e denúncias contra a violência política e judicial que vem se abatendo sobre a nossa população.

***

LULA É LEMBRADO NO DIA DA LIBERDADE, EM PORTUGAL

“Se os democratas brasileiros chamam por nós, resta-nos uma resposta: país de Abril, presente! Não vos viramos as costas. Nenhum golpe antidemocrático passará sem a nossa denúncia! Em dia da liberdade, também não esquecemos o Brasil!”; disse Isabel Pires , deputada do Bloco de Esquerda.

Ontem, 25/4, comemorou-se o Dia da Liberdade, em Portugal. Todos os anos ocorre um grande desfile em todo o país. Só em Lisboa, foram milhares de pessoas para lembrar o 25 de abril de 1974, dia da Revolução dos Cravos, onde se depôs a ditadura fascista de Salazar, iniciada em 1933.

O Movimento das Forças Armadas(MFA), composto em sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos, surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a reação do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas quatro civis mortos e quarenta e cinco feridos em Lisboa, atingidos pelas balas da DGS.

Importante fazer a relação com o Brasil, onde também tivemos uma ditadura fascista, porém, diferente de Portugal, não existem desfiles no Brasil comemorando o fim do fascismo e a volta a democracia, pelo contrário, os militares brasileiros todo dia 31 março se encontram para comemorar o golpe militar contra o presidente eleito João Goulart. A importância da memória de cada um é a relação a ser feita.

Em Portugal, o fascismo não tem força, pois é passado e explicado à sociedade o mal que fez a seu país. No Brasil a falta de memória de um povo, faz com que novamente voltemos aos períodos obscuros de ditadura militar, desde que foi dado o golpe contra a presidenta Dilma e levado a seu máximo grau, com a prisão do presidente Lula.

No parlamento português, a Revolução dos Cravos também foi lembrada em um ato solene. E o Brasil também. A deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda , lembrou do crescimento do fascismo no Brasil, citando Chico Buarque de Holanda, Lula e Marielle, e disse que Portugal não vai se calar diante de golpes à democracia praticados no Brasil.

No desfile em Lisboa, como em outras cidades de Portugal, estiveram presentes muitos brasileiros. O Coletivo Andorinha liderou os gritos de Lula Livre e, com o Maracatu Baque do Tejo, incendiou a Avenida da Liberdade, com palmas e chamando o povo a cantar junto.

“Em Portugal e no Brasil, sempre em defesa dos valores de abril”; “ô Sérgio Moro, preste atenção, a nossa luta é mais forte que a prisão”; “Lula Livre! Marielle vive!”; “coxinha burro, não leve a mal: se estava bom, por que fugiu pra Portugal”, entre outras palavras de ordem, foram cantadas durante todo o desfile, levantando o público que assistia.

Texto e foto, Bruno Falci; vídeo e edição “Cheiro de Alecrim”, por Catarina de Sousa, para o “Laguinho Pensante”¹.

¹ Página dedicada à Geringonça portuguesa.

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