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As principais falas de Boulos no Roda Viva

Entrevistado pelo programa da TV Cultura, Roda Viva na última segunda-feira (07/05), Guilherme Boulos, líder do Movimento Trabalhadores Sem Teto (MTST) e recebeu elogios de internautas nas redes sociais. Selecionamos as principais falas do pré-candidato à presidência da República em 2018 pelo PSOL. POLARIZAÇÃO Perguntado se não era hora do Brasil voltar a andar sem […]

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Foto: Divulgação Facebook Roda Viva

Entrevistado pelo programa da TV Cultura, Roda Viva na última segunda-feira (07/05), Guilherme Boulos, líder do Movimento Trabalhadores Sem Teto (MTST) e recebeu elogios de internautas nas redes sociais. Selecionamos as principais falas do pré-candidato à presidência da República em 2018 pelo PSOL.

POLARIZAÇÃO

Perguntado se não era hora do Brasil voltar a andar sem distinção entre direita, esquerda ou centro e menos polarização, Boulos respondeu: “É isso que queremos. Nós queremos fazer o Brasil andar enfrentando seus principais problemas, e hoje o grande problema nacional, é o tema da desigualdade, nós precisamos enfrentar ele. A desigualdade social no Brasil é uma coisa gritante. (…) Os seis bilionários mais ricos do país, tem mais renda e riquezas do que cem milhões de pessoas. É um abismo social. Nós temos que enfrentar isso com uma proposta de reforma tributária, inclusive, para que o andar de cima, o 1% comece a pagar imposto no país para que comece a ter condições de investimento social. Nós temos que enfrentar isso, efetivamente, regulando um sistema financeiro (…) A economia tem que servir a sociedade e não a sociedade servir a economia”.

SEM LEGITIMIDADE

“É muito difícil, com um governo que não tem a legitimidade do voto popular, com um governo que governa para a minorias e não a maioria do povo, que toma medidas sem qualquer diálogo com a sociedade, é difícil colaborar com ele. O governo primeiro, precisa, colaborar com as maiorias, para que ele possa contar com a maioria do povo brasileiro”.

POLÍTICA ECONÔMICA DE DILMA

“Temos que avaliar a política econômica da Dilma até 2015, e depois de 2015. A política anterior, a do primeiro mandato, ela teve um mérito: de enfrentar o tema dos juros e do spread bancário (…) fez isso a partir das induções dos bancos públicos, esse foi um ponto positivo. Mas essa política teve um problema gravíssimo, que depois acabou aprofundando a crise fiscal, foram as desonerações, a chamada ‘bolsa empresário’, foram mais de 200 bilhões de reais em desoneração para grandes empresas, sem qualquer contrapartida social, não houve contrapartida, não houve sequer manutenção e garantia de mais empregos para os trabalhadores. Essa política das desonerações é inaceitável. Depois, a tentativa de corrigir o problema fiscal em 2015 só agravou, quando bota o Joaquim Levy no Ministério da Fazenda (…) se cria um novo desajuste. O maior erro, em momento de crise, é você cortar. Porque se você corta na crise, o estado corta investimentos, isso vai gerar menos emprego, menos renda na sociedade e vai reduzir à arrecadação no ano seguinte. Arrecadação se dá com base no crescimento, se o país cresce, arrecada mais (…) o ajuste gera um novo desajuste fiscal”.

ABORTO

“Como a defesa do direito das mulheres de decidirem sobre seu próprio corpo, isso não pode ser mais um tabu na sociedade brasileira, o tema do direito ao aborto é um tema que tem que ser colocado, até porque, pesquisas mostram que mais de 7 milhões de mulheres brasileiras já fizeram aborto. Nós não temos que ter medo de tocar nisso, de tratar como tema de saúde pública, as mulheres mais ricas vão e fazem em uma clínica clandestina, as mulheres mais pobres fazem da pior maneira possível com cytotec sem condições adequadas e morrem quatro mulheres por dia no Brasil em decorrência de abortos mal feitos. Nós temos que tratar isso como tema de saúde pública no Brasil, sem tabu, dialogando com a sociedade”.

SOCIALISMO

“Cada país precisa construir seu próprio caminho. A gente não constrói o nosso caminho, o nosso futuro, repetindo experiência de ninguém. As experiências históricas, todas elas são complexas. Experiências de revoluções socialistas ou de governos socialistas que aconteceram no mundo tiveram avanços sociais importantes, em índices como: educação, saúde – basta ver a saúde cubana – o analfabetismo, que é zerado em vários países que tiveram essa experiência. Nós não queremos construir nossa experiência seguindo cartilha de nenhuma outra. O Brasil é um país próprio. Nós queremos sim, construir socialismo no sentido mais específico da palavra. Socialismo é defender igualdade de oportunidades, defender que todos sejam tratados iguais na sociedade. Socialismo é defender democracia ampla, não uma democracia que se limita a apertar um botão há cada quatro anos, mas defender que as pessoas possam decidir de maneira permanente sobre as questões políticas nacionais, sobre os grandes temas de um país. (…) Da mesma foram que todas as experiências que ocorreram de socialismo tiveram seus limites e nós temos que ter senso crítico para avaliá-las aqui, nós não temos compromisso nenhum com o erro, todas as experiências tiveram esses limites. Também as experiências capitalistas no mundo, todas elas tem seus limites e esses limites muitas vezes são de uma desigualdade brutal. (…) É como se fosse uma corrida de cem metros que algumas pessoas começam cinquenta metros à frente, aí não dá, é uma corrida desigual”.

REFORMA TRIBUTÁRIA

“O estado brasileiro hoje, funciona como se fosse um Robin Hood ao contrário, ele tira dos pobres e da classe média e dá aos super ricos, por um sistema tributário injustiço, ele tira dos debaixo e dos do meio, e pelos juros exorbitantes da dívida pública e por um sistema financeiro que mais parece uma disneylândia, totalmente desregulado, ele dá à uma minoria extrema que se coloca no andar de cima. Por exemplo (…) hoje, cada um de nós que tem um carro paga IPVA, pagou no começo do ano. Quem tem um jatinho, um helicóptero, um iate não paga 1 real de imposto no Brasil. O seu Zezé Perella, por exemplo, que foi pego com o helicóptero dele com cocaína, não pagou 1 real, ou o seu Luciano Huck que financiou o jatinho dele no BNDES não pagou 1 real de imposto. E os mais pobres pagam”.

O POVO DECIDE

“A melhor forma de avançar é ouvir as pessoas, nós não podemos falar em nome da sociedade brasileira, se proclamar e dizer ‘nós somos os representantes legítimos da sociedade, nós sabemos o que a sociedade quer e nós fazemos pela sociedade’, que tal a gente resolver fazer com a sociedade, escutando a sociedade e as pessoas se colocando. Nós não temos medo de ouvir o povo, nós não temos medo das decisões populares. Então vamos chamar o povo para decidir, sobre política educacional do país (…). Agora, como avançar na educação se tem uma emenda constitucional que prevê o congelamento de gastos sociais, inclusive em educação para os próximos 20 anos. Não vai avançar, não vai ter recurso, a gente não pode também ser demagógico. (…) Nós precisamos criar as condições para esse avanço e criar condições para esses avanços é ter recursos públicos para isso. É ter o povo participando do dia a dia da política, para que ela possa ser mais legitimada. E isso não é coisa de comunista extremista não, o país que mais faz plebiscito no mundo é a Suíça, que ao que consta não é tão bolivariana assim. É um país que faz 10 plebiscito por ano, discute tudo com a população. Tem experiência de democracia direta, de democracia participativa. Na Suíça, por exemplo, não se passa emenda constitucional alguma sem consultar a sociedade. Da forma como está hoje é muito compreensível que as pessoas não acreditem nesse modo de fazer política”.

QUILOMBOLAS

“A nossa proposta de governo é retomar as demarcações e o reconhecimento das comunidades quilombolas. Nós não vamos fazer como outros candidatos que fingem que quilombolas não existem e fazem inclusive menções e referências preconceituosas aos quilombolas e ao povo negro desse país. Nós achamos que é fundamental que os quilombolas sejam tratados com respeito, como povo originário que são, assim como os indígenas (…) A questão quilombola para nós é uma questão prioritária desde esse ponto de vista da retomada das demarcações e do apoio necessário do estado, o apoio cultural, o apoio no atendimento dessas demandas”.

COMO REDUZIR JUROS

“Um dos mecanismos é utilizar os próprios bancos públicos como ferramenta para isso, existe concorrência nos bancos (…) nós temos dois grandes bancos públicos de mercado, de varejo, que é a Caixa e o Banco do Brasil, esses bancos públicos tem condições de aplicar taxas de juros menores no mercado e com isso forçar os outros bancos privados a aplicarem, se não aplicarem ficam para trás. Faltou coragem para enfrentar isso até o final [nos governos de Lula e Dilma], houve uma pressão enorme dos banqueiros, houve uma pressão enorme do sistema financeiro e recuaram. Todos nós sabemos disso. Nós precisamos levar uma política dessas até as últimas consequências. Não dá para ter a farra dos bancos que nós temos hoje no Brasil, é a república dos bancos (…) Se é para ficar do jeito que está acaba com a eleição no Brasil, reúne os donos dos bancos numa mesa e decidem quem vai governar o país”.

NÃO VAMOS ACEITAR CHANTAGEM

“Política para mim não é carreira, política para mim é desafio e ousar. Só faz sentido ser candidato à presidente da república no Brasil se for para vir aqui, falar o que eu acredito e para defender a maioria do povo brasileiro. Nós queremos governar para os 99%, não para  1%. E não vamos aceitar chantagem de ninguém. Os bancos estão acostumados a fazer exatamente esse tipo de chantagem ‘se não fizer o que eu quero, não governa’, nós queremos governar com as maiorias, isso significa também colocar o povo em movimento. Chamar o povo à decidir sobre as questões fundamentais. Porque não, um plebiscito para o povo decidir sobre leis que regulam o sistema bancário no país. Porque isso precisa continuar sendo decidido nos corredores do Banco Central, com lobbys de grandes banqueiros à custa do interesse do dinheiro público. O Brasil é o capitalismo da casa grande. Tem coisas que mesmo em capitalismo avançados em outras partes do mundo já são consolidados, e falar isso no Brasil é um escândalo, derruba governo, caí República”.

Assista à íntegra da entrevista de Boulos ao Roda Viva:

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Comentários

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Sergio Sete

10/05/2018 - 11h05

Carta aberta a Boulos – e a todos os políticos

Yahoo NotíciasYahoo Notícias10 de maio de 2018
Por Mariana Diniz Lion

Olá, Guilherme Boulos!

Através desta carta me dirijo a você assim como a toda a classe política — sejam pré-candidatos à presidência da República como você ou não.

Vi a sua entrevista no Roda Viva – tem, inclusive, muita gente falando disso nos últimos dias.

Vi você reprovar, logo de primeira, a reforma trabalhista. Com a desculpa de “proteger direitos”, esta postura protege ainda outra coisa: a origem do fascismo. Sim, porque a nossa CLT é uma cópia quase idêntica da Carta del Lavoro, documento criado pelo fascista Mussolini. E se alguém defende ideias e medidas fascistas, ou está de má-fé ou terrivelmente equivocado.

Logo em seguida, vi você criticar a Emenda Constitucional nº 95, e dizer que ela – “medida draconiana e jamais vista em nenhum lugar do mundo” – congela os investimentos sociais. Acho que você entendeu errado: ela não impede investimentos de serem feitos, ela apenas estabelece um teto para os gastos que o governo pode ter. E você deve saber, tanto quanto eu, que o governo precisa de limites. Precisa de alguém que lhe diga: “Ei, governo, você não produz nada! Esse dinheiro é nosso, por favor, para de gastar como se ele fosse infinito!”. O dinheiro não é infinito – nós pagamos a conta, sempre.

Depois você expõe de novo o famoso clichê de que Michel Temer não foi eleito. Quem digitou 13 e confirmou nas urnas, viu duas fotos na tela: a de Dilma e a de Temer. Em parceria. Alinhados. Sócios. Aprendemos uma lição no dia do impeachment: brasileiro não vota em candidato, vota em chapa. Espero que você seja muito alinhado com a sua candidata à vice-presidência… não vamos deixar que esse mal entendido se repita, não é mesmo?

Infelizmente os clichês não param por aí. Você também criticou a reforma da previdência. Talvez a militância engajada, de humanas, voltada para toda a sociologia da coisa, não tenha em mente uma coisa muito simples… a matemática. Longe de mim querer saber tudo de matemática. Aliás, sou péssima nisso, apesar de todos os meus esforços em contrário. Mas, até eu sei que a reforma da previdência é necessária porque, de outro modo, a conta não fecha. É simples assim. No longo prazo, o sistema não se sustenta mais.

Não reformar a previdência coloca em risco a aposentadoria das próximas gerações.

A partir daí, algo engraçado acontece: você se contradiz um pouco. Mas, suponho que para a classe política, isso seja mais do que normal.

Quando te perguntam onde foi que o “socialismo com democracia” deu certo (com palavras mais diplomáticas), você diz que nosso país precisa encontrar seu próprio caminho. Que, com suas palavras, “nós não construímos nossa história repetindo a história de ninguém”. Mas quando é com a EC nº 95 do Temer que “não foi vista em nenhum lugar do mundo”, não ter precedentes internacionais se torna prova mais do que suficiente de delírio. Não é bom adotarmos critérios desiguais para julgar o “seu” e o “deles”. Você corre o risco de parecer injusto.

Depois disso, ainda, te vejo escorregar em uma missão inócua: defender a igualdade de oportunidades. Existem três coisas inerentes a todos nós – a pobreza, a desigualdade e os dentes de leite. Dos dentes a gente se livra em alguns anos, da desigualdade nunca nos livramos e da pobreza podemos nos livrar.

Mesmo que amanhã acordemos em um mundo onde todas as oportunidades são iguais, em poucas semanas seremos desiguais novamente – isso porque somos pessoas diferentes, com individualidades peculiares, inteligências diferentes, conhecimentos diferentes, diferentes intenções, desejos, vontades e forças de vontade. Jamais seguiremos os mesmos caminhos e pode ser que nossos descendentes continuem de onde nós paramos – ou não. No começo do mundo, era assim. O que fazer então para tentar evitar a mais latente miséria que se costuma dizer ser fruto da desigualdade? É simples. Combater a pobreza. Permitir qualidade de vida. O brasileiro é um povo criativo e batalhador… basta o governo não atrapalhar com todos os seus impostos e regulações ou oferecendo segurança, saúde e educação que não sejam sucateadas e superfaturadas, que a gente dá um jeito de arrancar o bom da vida. O mais pobre de hoje em dia tem uma qualidade de vida muito maior do que a do rico de séculos atrás – e, lamento dizer, este aprimoramento é fruto do capitalismo, do voluntarismo e da tecnologia.

E olha, isso não quer dizer que eu não ache que há uma classe burguesa privilegiada, viu? Porque há, sim. Em primeiro lugar, os empresários corporativistas (aqueles que usam a crença de que o governo pode e deve regular tudo para criar conchavos e vantagens para si ou seu nicho de mercado, passando leis que lhes favorecem e criando monopólios artificiais). Em segundo lugar, vocês todos: os políticos. A casta privilegiada que recebe parcelas gordas do dinheiro do povo, que complementa suas poupanças com benefícios dos quais não precisam, que desviam, gastam milhares de reais por dia consigo, seus gabinetes e seus “companheiros”. E isso acontece em todas as esferas de poder – desde a capital nacional até o microcosmos do prédio no Paissandu.

Você diz que a culpa por este prédio ter ruído é da má conservação promovida pelos proprietários anteriores. Mas, a partir do momento em que você tira do dono o direito de posse, você leva também a responsabilidade que o ato de ‘possuir’ carrega. É o ônus do bônus. Os movimentos que você coordena tinham e têm responsabilidade com o prédio ocupado – com as pessoas que estavam naquele e com as que estão em cada um dos outros. Estas pessoas contam com o seu movimento para dar a elas o que elas precisam – e por isso elas pagam, mesmo não tendo como. Segundo você mesmo disse, esse dinheiro é tirado da comida para suprir o aluguel, mesmo o aluguel simbólico de uma ocupação. Por que então este dinheiro não é investido em zelar por todas as vidas? É mais fácil culpar quem não autorizou uma ocupação, não foi conivente com ela e não estava lá para gerenciá-la. Como você disse, votar não é um cheque em branco. Mas ser eleito (no MTST ou na Presidência da República) é “assinar embaixo” das responsabilidades que assume.

E, pra ser bem sincera, nunca vi ninguém se incomodando de “pobre morar no centro”. Isso é apenas e tão somente sobre não pegar aquilo que não é seu – por mais que você não concorde com o uso que outra pessoa dá ao que lhe pertence. A noção de propriedade não é exclusivamente uma noção capitalista. A propriedade surgiu da racionalidade, nos primórdios dos tempos – ela é o que nos diferencia de outros animais. Nos fez evoluir enquanto espécie e enquanto comunidade. E, veja bem, isso não é uma forma de “passar pano” para o materialismo e o egoísmo, não, porque estes conceitos são péssimos para quem os têm como adjetivos pessoais. A questão aqui é que não podemos fazer as pessoas serem melhores com base na força e na arrogância de achar que somos melhores que o outro, “mais iluminados” em nossos ideais do que o outro. Se não fosse assim, essas mesmas pessoas que reforçam os movimentos por moradia, por terra, pela reforma agrária, pelas demarcações de terras indígenas e quilombolas, não iriam querer exatamente isso: uma propriedade para chamar de sua, seja adquirida ou reafirmada.

Outra situação que não é razoável é comparar o sistema de governo Suíço, feito para uma nação do tamanho do Pará. O Brasil é um país continental, afinal. Como garantir que um plebiscito vai apontar resultados igualmente satisfatórios para os empresários paulistas, os cortadores de cana do Paraná e as parteiras da Amazônia? Sem descentralizar o poder de decisão, o Brasil não será capaz de se desenvolver em suas particularidades regionais.

A sua esquerda por si só não salvará o Brasil. A direita por si só não salvará o Brasil.

O que salvará o Brasil é a noção plena e irrevogável de que os indivíduos devem ser respeitados em suas diferenças e desigualdades, de que uma mesma “receita de bolo” não servirá para todo mundo, de que direitos são individuais e jamais podem ser atribuídos a entes coletivos para despersonalizá-los e manipulá-los. O que salvará o Brasil é a percepção de que taxar somente os mais ricos é uma medida péssima, que servirá apenas para que os mais pobres recebam essa onerosidade na folha de pagamento ou no troco da compra do mês, É entender que “solidariedade” não significa a arrogância de presumir que se sabe o que é melhor para um desconhecido, mas saber que a maior solidariedade de todas é permitir que cada um traga para si a sua própria responsabilidade, sem expor a caridade como propulsor político. É compreender que o dinheiro público não serve para servir à classe política e que, exatamente por isso, é necessário retirar poder das mãos do estado e promover cada vez menos imposições e regulações e cada vez mais liberdade de escolha, através da livre expressão, da propriedade, do livre mercado e do rechaçamento à luta de classes, que nos segrega e nos inimiza.

Prezado Boulos, prezados políticos: não deturparam Marx.

O socialismo não funciona.

Sergio Sete

09/05/2018 - 09h09

Mirko Kraguljac:
– vá estudar para saber o que é um fascista;
– belo exemplo de intolerância, algo que o dono do texto não tem, sendo democrático na publicação dos comentários, sejam a favor ou contra a ideia central do texto;
– sobre a mansão da família Boulos, vá pesquisar. Um imóvel avaliado em quase 3 milhões fechado e esperando para ser herdado por quem se diz defensor dos sem teto. Oras! Que ele abra a mansão e receba as famílias vítimas do prédio que desabou, prédio esse coordenado por um de seus grupos satélites;
– Ciro? Onde você leu isso no que escrevi? Você anda fumando demais;
– não preciso assistir a entrevista na íntegra. Qualquer um aqui tem condições de ENCANTAR COM PALAVRAS. O que eu avalio são os atos da pessoa, não as belas palavras que ela professa a seu favor. Parafraseando Cazuza, as ideias não correspondem aos fatos.

Eduardo

09/05/2018 - 00h23

Parlamentarismo? No Brasil? Sério? É prato cheio para aumentar o crime em um parlamento abarrotado de hipocritas, desonestos, corruptos e apátridas! É esse o parlamento brasileiro!

cezar

08/05/2018 - 23h37

Ola

Faltou ele falar de NACIONALISMO…Sem nacionalizar a economia não vai ter grana para investir no sociAL

Davi

08/05/2018 - 20h39

O Brasil vive um golpe de estado , um governo destruidor e um estado de exceção.
É Lula ou Lula.

Victor Castro

08/05/2018 - 17h21

Bem ou mal, mesmo sendo ainda um candidato de alcance limitado (em termos de votos e de escopo de abordagem), Boulos representa uma forma mais realista da Esquerda de pensar uma pauta para o futuro. E uma esperança de quem é possível ser Governo sem aderir ao cinismo da “real politik”. O erro, a meu ver, consiste em não entender que nem tudo depende apenas de vontade política, e que sim, é possível mudar estruturalmente alguns pontos da agenda do Executivo, como a política de juros e da Dívida, ou a política de repasse de recursos na saúde e na educação. Mas tudo isso tem um custo, tem consequências (ex: desvalorização cambial, inflação), consequências das quais Dilma fugiu e se acovardou – e, ironicamente, elas vieram de qualquer modo.

O que me incomoda no sistema eleitoral brasileiro é que, sendo um presidencialismo, ou Boulos ganha a eleição ou então ele não implementa nem 5% da sua agenda. É 8 ou 80. Num parlamentarismo, Boulos iria, eleição após eleição, aumentando seu coeficiente eleitoral, até que um dia fosse chamado a compor o Gabinete de Governo com algum partido de centro, como ocorreu na França (anos 80 e 90), em Portugual (pós-crise) e, mais recentemente, na Grécia (Syrisa). O parlamentarismo é o sistema correto para fazer ascender (com sustentação!) lideranças como Boulos.

Mirko Kraguljac

08/05/2018 - 17h16

O Boulos foi, simplesmente, brilhante! Inteligente, eloquente, calmo, tranquilo, humilde, em uma palavra – show de bola! Deixou a grande maioria da bancada convocada pelo Roda Viva, bancada evidentemente de ideologia oposta, sem respostas, enquanto ele respondeu todas as perguntas com profundidade e sabedoria impressionante! É de parabéns! Ontem nasceu um novo líder do povo brasileiro – o Boulos vai longe!

Vladmir

08/05/2018 - 16h42

Bolos fez discusso para a burguesia.

Vamos lembrar do que aconteceu com a grécia.

    Adalberto

    08/05/2018 - 22h47

    Burguesia? Você quer ou espera o que? O Khmer vermelho? Um revolução cultural?

Fabio

08/05/2018 - 15h42

Boulos deve ser a segunda opção caso o Lula nao seja candidato.
Alias o Boulos deveria ser o vice do Lula.
O Ciro nao gosto, é um tucano enrustido

Adalberto

08/05/2018 - 14h28

Boulos é Boulos! Não dá para comparar com Ciro, que o cafezinho e outros blogs estão tentando enviar garganta abaixo da militância.

    beth

    08/05/2018 - 17h40

    Concordo. Aliás, eu gostaria de ouvir explicações dos editores dos blogs para entender por que é que resolveram todos entrar na campanha do Ciro. Mesmo às custas de sacrificar uma liderança como Lula, primeiro colocado nas pesquisas. E não venham me dizer que é “para salvar o país”, blá blá blá. Desde quando Ciro representa a esquerda ou mesmo a centro-esquerda?

    Se o PCdoB, parte do PT e o resto resolveu nos fazer de otários, eu imaginaria que ao menos os editores de blogs “combativos”, que acompanho há anos, fossem menos caras de pau. Não subestimem a nossa inteligência. Por que abandonar Lula? Ainda que esteja preso, Lula tem mais cacife eleitoral do que todos os outros. Continuo esperando explicações.

Seba

08/05/2018 - 13h31

Não assisto programa de televisão, muito menos programa de burguês.

    beth

    08/05/2018 - 17h42

    Também não. Muito menos emissora dominada pelos golpistas.

Pedro Vieira

08/05/2018 - 13h13

Ontem o programa roda morta da TV Cultura, voltou a ser Roda Vida ao entrevistar o Guilherme Boulos, foi uma entrevista brilhante por parte do entrevistado e por alguns interlocutores.
Há tempos não se via algo com tanta transparência na TV aberta, apesar de alguns interlocutores, que com suas manobras golpistas tentavam deixá-lo em má situação, coisa que em nenhum momento aconteceu!
O Boulos é fantástico, brilhante e com uma humildade que dá inveja a muitos marmanjos (coxinhas e empadas da sociedade paulistana), merece todo nosso crédito como renovação da política partidária brasileira.
Venho acompanhando os seus trabalhos há algum tempo, gostaria de registrar os meus parabéns a ele, parabenizar a seus pais também pela sua educação!
Juntos Lula e Guilherme Boulos em 2018 pelo Brasil Melhor e Livre das interferências Americanas!

    Sergio Sete

    08/05/2018 - 15h17

    Ele vai então abrir a mansão abandonada da família para os sem tetos?
    É ele que dá no máximo 1% de intenção de votos?

    Debater é salutar.
    Fantasiar não.
    Um burguês que se traveste de defensor dos pobres usando uma ideologia que não funcionou desde que foi criada há 200 anos não tem condição de ser presidente.

      Pedro Vieira

      08/05/2018 - 15h40

      Uma empada jamais será uma coxinha! ( empada é aquele pseudo rico, já o coxinha você sabe muito bem o que é )

      Fabio

      08/05/2018 - 15h43

      Boulos tem meu voto, caso Lula indique.

      , wanderley kusma de faria

      08/05/2018 - 16h50

      Pela primeira vez na vida sou OBRIGADO a concordar com um COXINHA. BOULOS não tem condição de ser presidente, candidate-se e eu não votarei no capitão BOÇALNÁRIO, meu voto será seu.

      Mirko Kraguljac

      08/05/2018 - 16h56

      “Ele vai então abrir a mansão abandonada da família para os sem tetos?” Miguel de novo deixa fascistas alastrando fakenews no blog, em interesse do “dialogo” ou, talvez, do Ciro? Todo jeito, você merece assistir entrevista brilhante do Boulos na integra! Sabe por que? Para comparar com falas estupidas do Bolsonazi!


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