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Maringoni: o PT e o grande pacto nacional

“A campanha deve ser mais forte, não apenas pelos apoiadores do partido, mas também pelas candidaturas mais à esquerda (Ciro e Boulos).” *** Na Forum Teoria da conspiração e naturalização do golpe Em novo artigo, Gilberto Maringoni aborda a sucessão presidencial: “No momento em que a casa está pegando fogo, é hora de concentrar esforços […]

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Foto: Leandro Ferreira/ AAN

“A campanha deve ser mais forte, não apenas pelos apoiadores do partido, mas também pelas candidaturas mais à esquerda (Ciro e Boulos).”

***

Na Forum

Teoria da conspiração e naturalização do golpe

Em novo artigo, Gilberto Maringoni aborda a sucessão presidencial: “No momento em que a casa está pegando fogo, é hora de concentrar esforços contra a direita. Mas deve-se, prudentemente, manter o olho vivo”

Por Gilberto Maringoni

As matérias do Estadão de ontem – dando conta da aproximação de Haddad com o mercado financeiro – e a de César Felício no Valor de hoje – apontando que o PT é inofensivo aos desígnios da banca – começam a mostrar que o chega pra lá na candidatura de Ciro Gomes, no início do mês, pode ter sido algo mais do que a mera ausência de carteirinha do clube por parte do pedetista.

Sabendo-se das dificuldades materiais objetivas da candidatura Boulos – poucos recursos e exíguo tempo de TV -, Ciro despontava como o único postulante viável para enfrentar os grandes interesses da oligarquia financeira.

Assim, não se pode descartar que o choque de projetos políticos tenha entrado em cena na operação para viabilizar Fernando Haddad – ou Lula, no limite – como candidato de um grande pacto nacional, envolvendo golpeados e golpistas. Ou setores populares e o grande capital.

Um PT desidratado de qualquer veleidade transformadora é uma grande saída institucional para mudar tudo deixando as coisas como estão. Ou seja, é uma alternativa para o grande capital, que nada tem a ganhar se o país for à breca e a convulsão social latente se instalar como fator perene da cena nacional.

Os sinais dados pelo ex-prefeito de São Paulo, apesar do programa petista, são claros. Na convenção do partido, medidas que impunham perdas maiores aos bancos foram sumariamente vetadas pelo comando partidário. FH tem externado posições que soam como música aos ouvidos do mercado: PPPs em profusão, acenos a parcelas dos partidos envolvidos no golpe, a ausência de menções à revogação da reforma trabalhista e a promessa – feita ao capital financeiro – de um possível ministro da Fazenda oriundo “do mercado”.

O comando petista precisa levar em conta que estas eleições embutem um caráter heroico, já visível no pleito de 2014. Ou seja, há uma sede de justiça, democracia e volta de direitos por parte de um largo contingente de brasileiros dispostos não apenas a sufragar a chapa petista, mas a ir às ruas em campanha. Cometer novamente um estelionato como o de quatro anos atrás pode despertar algo que começa como decepção, passa à raiva, sem que se saiba ao certo onde pode desaguar.

Isso tudo quer dizer que não se deva ir às ruas pela postulação petista?

Ao contrário.

A campanha deve ser mais forte, não apenas pelos apoiadores do partido, mas também pelas candidaturas mais à esquerda (Ciro e Boulos).

No momento em que a casa está pegando fogo, é hora de concentrar esforços contra a direita. Mas deve-se, prudentemente, manter o olho vivo. Afinal, ninguém aqui é criança e a memória da eleição de Dilma II está viva demais na cabeça de todos.

Gilberto Maringoni é professor de Relações Internacionais na Universidade Federal do ABC. É também jornalista e cartunista.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Adriano

28/08/2018 - 14h42

A ESQUERDA JÁ PERDEU, INFELIZMENTE
No xadrez das eleições presidenciais, parece que a banca tem jogado com muito mais argúcia que o campo progressista: no debate eleitoral, conseguiram, com uma só tacada, calar tanto Manuela D’Ávila (que vinha demonstrando excelente desenvoltura, a exemplo da entrevista no Roda Viva), quanto o (vice) candidato do PT, impedido de participar. Conseguiram também desidratar o tempo de TV de Ciro Gomes, além de reciclarem com sucesso a velha estratégia do racha na esquerda.

Em outra frente, obliteraram também Paulo Rabello de Castro, personagem, aliás, que merece um capítulo à parte: foi colocado na presidência do BNDES pelo governo Temer, como resposta à grita empresarial à atuação de Maria Silvia Mãos-de-tesoura. Foi um golpe no núcleo duro do austericídio (Henrique Meirelles Bank Boston, Ian Goldfajn Itaú Unibanco e Maria Silvia Goldman Sachs), que a banca não perdoou. Por dessas coincidências que somente o Cabo Daciolo sabe explicar, a delação do Joesley veio antes mesmo de Paulo Rabello tomar posse, afinal de contas, vingança é um prato que se come quente.

Paulo Rabello, tido como ‘liberal’ (talvez confundido com ‘neoliberal’), surpreendeu a todos: já chegou criticando a TLP, defendendo magistralmente o BNDES na entrevista da Jovem Pan e declarando que os juros no Brasil são uma pornografia econômica. Levou um pito presidencial e foi obrigado a desdizer parte do que disse. Logo em seguida, foi inesperadamente picado pela mosca azul e se lançou à corrida presidencial, sem chegar a esquentar a cadeira da presidência do BNDES por um ano. Por conta de articulações que merecem novamente a atenção do Cabo Daciolo, Rabello perdeu o assento no debate presidencial para o candidato Lexotan-‘Moro-é-meu-ministro’.

Em resumo, o debate perdeu três vozes de peso, que poderiam fazer pender definitivamente a atenção dos telespectadores para temas centrais, com viés progressista / desenvolvimentista. Enquanto isso, grande parte da militância petista e da própria imprensa independente permanece em transe com o mantra do ‘Lula livre’. Em que pesem as arbitrariedades flagrantes da Justiça neste caso, o fato é que a atenção dedicada ao tema, neste momento, esvazia a pauta econômica, e a estratégia da banca obviamente é estender esse imbróglio ao máximo. Imagine por um momento que a imprensa independente direcionasse à pauta econômica toda a atenção dada ao caso Lula: a dívida pública, os juros escorchantes, as operações compromissadas, a criação das estatais não-dependentes, a perda de direitos, a PEC 241, a reforma trabalhista, a desnacionalização das indústrias, o saque à nação, a ameaça à soberania… A polarização ideológica seria bem menor e o debate eleitoral teria outro rumo. Já não bastasse a fragmentação da esquerda com as pautas identitárias, que já vem de longa data, a candidatura Lula produziu um novo polo de discórdia, não só entre os segmentos de esquerda, mas catalisando também a extrema direita.

O controle sobre a admissibilidade da candidatura Lula, sob controle do braço jurídico da banca, será também utilizado estrategicamente conforme melhor lhe convier. Se Ciro Gomes ameaçar vir para o segundo turno, não seria impensável que a candidatura de Lula seja aceita. Seria o último recurso para tirar Ciro do páreo, já que até Temer inadvertidamente declarou que “qualquer um, menos Ciro Gomes”.

Ante a ameaça pedetista, o último recurso seria autorizar a candidatura da ‘esquerda que a direita gosta’. De acordo com Nildo Ouriques, Gustavo Castanon, e os próprios Boulos e Ciro, o PT nunca contrariou os interesses do grande capital, nunca implementou nenhuma alteração institucional a não ser a tomada de 3 pinos. Não fez mais que distribuir migalhas do capital numa era em que a demanda chinesa fez explodir os preços das commodities exportadas pelo Brasil. Mesmo essas migalhas fizeram grande diferença na vida de milhões de brasileiros, mas a impressão final é que bastou poucos meses de governo Temer para pôr abaixo tudo que os governos petistas construíram em mais de uma década.

A bem da verdade, houve um momento no governo Dilma onde o capital foi contrariado: a Presidente declarara guerra aos juros, forçando a SELIC à menor taxa real da história e realizou histórico pronunciamento em 1º de maio de 2012. Foi o estopim para o início da guerra híbrida (magistralmente analisada pelo blog Cinegnose), que mergulharia o país no transe, produziria no ano seguinte a ‘primavera brasileira’, em 2016, o golpe e, desde então, o caos.

ADRiano

28/08/2018 - 14h26

A ESQUERDA JÁ PERDEU, INFELIZMENTE
No xadrez das eleições presidenciais, parece que a banca tem jogado com muito mais argúcia que o campo progressista: no debate eleitoral, conseguiram, com uma só tacada, calar tanto Manuela D’Ávila (que vinha demonstrando excelente desenvoltura, a exemplo da entrevista no Roda Viva), quanto o (vice) candidato do PT, impedido de participar. Conseguiram também desidratar o tempo de TV de Ciro Gomes, além de reciclarem com sucesso a velha estratégia do racha na esquerda.

Em outra frente, obliteraram também Paulo Rabello de Castro, personagem, aliás, que merece um capítulo à parte: foi colocado na presidência do BNDES pelo governo Temer, como resposta à grita empresarial à atuação de Maria Silvia Mãos-de-tesoura. Foi um golpe no núcleo duro do austericídio (Henrique Meirelles Bank Boston, Ian Goldfajn Itaú Unibanco e Maria Silvia Goldman Sachs), que a banca não perdoou. Por dessas coincidências que somente o Cabo Daciolo sabe explicar, a delação do Joesley veio antes mesmo de Paulo Rabello tomar posse, afinal de contas, vingança é um prato que se come quente.

Paulo Rabello, tido como ‘liberal’ (talvez confundido com ‘neoliberal’), surpreendeu a todos: já chegou criticando a TLP, defendendo magistralmente o BNDES na entrevista da Jovem Pan e declarando que os juros no Brasil são uma pornografia econômica. Levou um pito presidencial e foi obrigado a desdizer parte do que disse. Logo em seguida, foi inesperadamente picado pela mosca azul e se lançou à corrida presidencial, sem chegar a esquentar a cadeira da presidência do BNDES por um ano. Por conta de articulações que merecem novamente a atenção do Cabo Daciolo, Rabello perdeu o assento no debate presidencial para o candidato Lexotan-‘Moro-é-meu-ministro’.

Em resumo, o debate perdeu três vozes de peso, que poderiam fazer pender definitivamente a atenção dos telespectadores para temas centrais, com viés progressista / desenvolvimentista. Enquanto isso, grande parte da militância petista e da própria imprensa independente permanece em transe com o mantra do ‘Lula livre’. Em que pesem as arbitrariedades flagrantes da Justiça neste caso, o fato é que a atenção dedicada ao tema, neste momento, esvazia a pauta econômica, e a estratégia da banca obviamente é estender esse imbróglio ao máximo. Imagine por um momento que a imprensa independente direcionasse à pauta econômica toda a atenção dada ao caso Lula: a dívida pública, os juros escorchantes, as operações compromissadas, a criação das estatais não-dependentes, a perda de direitos, a PEC 241, a reforma trabalhista, a desnacionalização das indústrias, o saque à nação, a ameaça à soberania… A polarização ideológica seria bem menor e o debate eleitoral teria outro rumo. Já não bastasse a fragmentação da esquerda com as pautas identitárias, que já vem de longa data, a candidatura Lula produziu um novo polo de discórdia, não só entre os segmentos de esquerda, mas catalisando também a extrema direita.

O controle sobre a admissibilidade da candidatura Lula, sob controle do braço jurídico da banca, será também utilizado estrategicamente conforme melhor lhe convier. Se Ciro Gomes ameaçar vir para o segundo turno, não seria impensável que a candidatura de Lula seja aceita. Seria o último recurso para tirar Ciro do páreo, já que até Temer inadvertidamente declarou que “qualquer um, menos Ciro Gomes”.

Ante a ameaça pedetista, o último recurso seria autorizar a candidatura da ‘esquerda que a direita gosta’. De acordo com Nildo Ouriques, Gustavo Castanon, e os próprios Boulos e Ciro, o PT nunca contrariou os interesses do grande capital, nunca implementou nenhuma alteração institucional a não ser a tomada de 3 pinos. Não fez mais que distribuir migalhas do capital numa era em que a demanda chinesa fez explodir os preços das commodities exportadas pelo Brasil. E mesmo essas migalhas fizeram grande diferença na vida de milhões de brasileiros.

A bem da verdade, houve um momento no governo Dilma onde o capital foi contrariado: a Presidente declarara guerra aos juros, forçando a SELIC à menor taxa real da história e realizou histórico pronunciamento em 1º de maio de 2012. Foi o estopim para o início da guerra híbrida (magistralmente analisada pelo blog Cinegnose), que mergulharia o país no transe, produziria no ano seguinte a ‘primavera brasileira’, em 2016, o golpe e, desde então, o caos.

Pedro Cândido Aguarrara

28/08/2018 - 10h02

asdfg hjjklç nmmjk mmklop.

O golpe foi péssimo para o Brasil. Sem dúvida. Péssimo!

Mas, em compensação, o golpe foi ótimo para o PT e para toda a esquerda brasileira.

Justamente as duas coisas que o golpe pretendia “destruir”.

O golpe realizou a maravilha de tirar o PT das garras das bandas podres do PMDB e do PP.

O PT não fará mais alianças políticas com essa súcia. Só construirá alianças com a esquerda

de agora em diante. E isso é muito bom. O PT está mais forte depois do golpe que estava antes e

a esquerda, com o PT, se tornou muito mais forte que antes do golpe.

Ou seja, deu tudo errado para quem rasgou a Constituição e jogou o Estado de Direito no lixo

na vã pretensão de acabar com o PT e com a esquerda.

A partir de janeiro teremos um governo REALMENTE de esquerda, com um programa de governo

REALMENTE de esquerda, com TODOS os cargos públicos mais importantes preenchidos por

pessoas que tenham um compromisso REAL com a esquerda e com a luta da esquerda para

melhorar as condições de vida das pessoas mais humildes da população.

E TUDO ISSO GRAÇAS AO GOLPE!!!

Muito obrigado Rede Globo!!! Muito obrigado FIESP!!! Muito obrigado BAND, Veja, Isto É, Folha e Estadão!!!!

Muito obrigados aos senhores procuradores, policiais federais e juízes de TODAS as instâncias que,

politizados, ideológicos e CARTELIZADOS, ao invés de destruir o PT e a esquerda terminaram nos

dando esse FORMIDÁVEL PRESENTE!!!

hocuspocus

27/08/2018 - 19h11

Só consegui ler até o 2° parágrafo,ocara me usa estadão e valor como fonte !!!!!!!!!!!!!
Larguei ,volta e meia este transloucado psolista,expreme suas mágoas com os pts.
E sempre a mesma ladainha ciro,ciro,ciro ,poxa não deu pra entender que o ciro não desce na goela daquele que o conhece minimamente?????????????
Quando será a próxima aparição deste 5° coluna???ou o outro delirante o tal de “professor “wanderley????

Alexandre Neres

27/08/2018 - 10h07

Quer esteja de um lado, quer esteja de outro, não há como negar que a estratégia eleitoral do PT foi acertada. Talvez também a de alguns críticos à campnha de Lula, pois podiam temer que de fato o que aconteceu tinha grande chance de ocorrer. Seria uma tática suicida abdicar de tamanho cabedal político. Gerou mágoas de parte a parte, o que é inerente ao jogo político. Sobretudo em tempos de anormalidade democrática, abrir mão disso é impensável. No segundo turno, Lula, Ciro, Boulos, Manu, Haddad, todos vamos estar juntos! De Marina para lá é o campo político adversário.

Marcelo

26/08/2018 - 17h23

O PT sendo PT nada mais.

André Romero

26/08/2018 - 12h31

Como sempre, minha opinião, concordem ou não com ela.
Muito legal esse discurso do “perigo da direita”, realmente relevante até, admito. Sempre o mesmo papo, a “união” das esquerdas. E sempre em torno do PT.
O problema é que escuto isso desde 1989, há exatas oito eleições, incluindo essa.
O outro problema é que o PT primeiro tem de chegar ao 2o turno. Essa “transferência maciça” de votos ainda está meio sub-judice, mas não duvido. E se lá chegar, apesar do ‘oba-oba’, tenho muitas dúvidas se conseguirá deter a avalanche reacionária contrária, já que a rejeição ao partido nunca foi tão grande. É aquela história, que só os petistas não veem: não adianta ter 30, 40% dos votos se a onda contrária pode reunir 50, 60% do outro lado. Lula é um fenômeno por si só. Os votos nele em sua maioria não são votos no PT. É só ver as pesquisas. E ele não competirá.
Nesse cenário de extrema polarização, Ciro seria claramente a melhor opção eleitoral, o que agregaria mais num 2o turno. E contrariando a propaganda petista, é o cara que mete medo no Mercado. Basta ler os relatórios dos bancos.
Ainda que o PT se eleja (como sempre contando com o apoio providencial e salvador daqueles que o partido despreza pelo caminho), não vejo força política para implementar uma agenda comprometida com as necessárias reformas do Estado Brasileiro. Afinal, as forças dominantes, o Congresso e a Justiça são exatamente os mesmos que conspiraram, articularam e promoveram a derrubada do PT do Poder. E ainda estão aí, ditando todas as cartas.
E quanto às tais reformas: não as implementaram em 13 anos de Poder, 4 mandatos consecutivos, governando apenas com os remendos, os programas sociais. Vão implementa-las agora?
Para mim, o problema não são as ideias, mas sim quem diz pretender implementa-las.
Por isso, vou de Ciro no 1o. turno. No 2o turno… veremos.

JOÃO BATISTA

26/08/2018 - 11h41

As propostas de Ciro nada tem de revolucionárias, apenas explicitam o que, numa democracia, é a normalidade. Os excessos de atuação e participação dos bancos e da mídia, dois cartéis, no conjunto da economia e da política, um financiando e o outro encobrindo, fazem do país o que presenciamos ao longo da história, ambiente fértil para golpes que mantenham a pilhagem das riquezas.
2016 não foi diferente.
E, novamente, o pt se apresenta favorito para retornar ao poder. Não se espere do pt mais do que por ele foi apresentado nos quatro governos que presidiu. O pt é constituído por empregados e intelectuais. Os primeiros acostumados a obedecer, enquanto os segundos acostumados a sonhar. Ambos pragmáticos no usufruto da máquina estatal. As quatro gestões anteriores mostram isso. Ciro tem dito com clareza que as ideias centrais devem ser apresentadas antes e durante o processo eleitoral para que a legitimidade do eleito seja plena. No caso de Ciro tem sido assim, apresentando-se como é e descrevendo o que faria, se eleito. Evidentemente, essa necessária legitimidade, esse contrato social celebrado nas urnas dá ao governante eleito as condições para implementar suas ideias.
Há muito o pt é tido como a esquerda que a direita gosta.
O que se apresenta ratifica essa visão. Haddad é um intelectual moderado, representante (ou poste) de lula, um peão moderado. Carta aos brasileiros (banqueiros) foi o compromisso celebrado por lula de que, na presidência, se comportaria direitinho. Distribuiu benesses miúdas ao povão e manteve todas as vantagens dos graúdos, inclusive, e principalmente, a de golpear a democracia.
O pt é e será sempre a esquerda que a direita gosta.

ari

26/08/2018 - 11h35

Como se não bastasse um Ciro Gomes…

    André Romero

    26/08/2018 - 14h29

    Chato esse negócio de Democracia, né? Ter de ficar ouvindo o contraditório é realmente muito difícil para o messianismo de cabeça feita…

      Angela

      27/08/2018 - 15h27

      Bravo, André Romero!

Stalingrado Lula da Silva

26/08/2018 - 09h02

Confusão de Maringnoni ao acreditar que agora a banca quer o PT.
A banca deu o Golpe em 2016 para tirar o PT, não o contrário.
O lado bom disso foi que colocou o PT de volta às origens e terminou o ciclo de Lula Magno chorar em enterro de Roberto Marinho e dos Palocci, Paulo Plim-Plim Bernardo, Zé Cardozo e outros.
O Golpe, não mudou Ciro Jeirissati, que continua achando que se o rito jurídico foi seguido, Lula Magno não pode ser candidato por ser inelegível. Ele não reconhece a luta ideológica nem a desobediência civil.
#HaddadNoGovernoLulaNoPoder

    André Romero

    26/08/2018 - 14h27

    Stalingrado, como sempre o amigo tenta colar em Ciro a pecha de traidor, apenas porque esse não se curvou mais uma vez à máquina petista nessas eleições. Essa distorção apenas ocorre na cabeça de quem pensa que o PT “detém” o monopólio das esquerdas por direito divino, exatamente como a Igreja Católica “detinha” o monopólio da religião e do Cristianismo, nos tempos da Santa Inquisição, e os militares e os evangélicos hoje “detém” o monopólio do princípio da Moral, a Família e os Bons Costumes. Haja fanatismo.
    Outro engano seu – e de muitos que não sabem sequer argumentar: os ritos processuais foram seguidos sim. O processo legal correu, com todos os seus recursos e trâmites, testemunhas foram ouvidas, etc. Essa não é a questão.
    O problema real foi o processo ter sido viciado, com uma condenação sem provas, baseada apenas em depoimentos e ignorando as contraprovas, com clara motivação política. Isso é totalmente diferente de dizer que os ritos não foram respeitados, como numa Ditadura.
    Portanto ao dizer que o rito jurídico foi observado, Ciro não falou nada que qualquer advogado falaria e nem tampouco quis desmerecer o fato de que houve sim um julgamento político (o que sempre falou em alto e bom som que foi).
    Quanto ao Haddad, o fato permanece: o PT promete mas não dá garantia de entrega das suas alegadas ideias. Seu passado de inação nesse sentido e seu extenso histórico de apropriação das piores práticas dos outros partidos que condenou a vida inteira o desqualificam.
    Gostem ou não, uma verdade: Não há nada de mais desastroso para uma ideia do que a desmoralização de quem a defende.
    Claro, isso sem contar que ele se debateria com as mesmas forças que promoveram o golpe, o que é garantia da perpetuação do caos, do imobilismo do governo. E certamente outra tentativa de impeachment, que seria gestado no primeiro dia de um governo Haddad. Isso é líquido e certo.
    Repito: vou de Ciro. Abraços.

Justiceiro

26/08/2018 - 08h49

Ora,ora…então Addad está engando os trouxas petistas? Aquele blábláblá de combater o spread é lorota? E a revogação do teto de gasto e da lei trabalhista, é mentira?
Eu e milhões de brasileiros sabemos que o PT não vai bater de frente com a banca, só quero ver a cara dos petistas.

E agora petistas?


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