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Análise dos dados estratificados do Datafolha

Atualização: Datafolha já disponibilizou a íntegra do relatório. O Datafolha divulgou ontem sua segunda pesquisa de intenção de voto, neste segundo turno, para presidente da república. A Folha disponibilizou uma página com gráficos dinâmicos com dados estratificados da pesquisa. Vamos analisá-los um a um. Publicamos primeiro o gráfico, em seguida fazemos comentários acerca dos números […]

16 comentários
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Giotto: Julgamento Final

Atualização: Datafolha já disponibilizou a íntegra do relatório.

O Datafolha divulgou ontem sua segunda pesquisa de intenção de voto, neste segundo turno, para presidente da república.

A Folha disponibilizou uma página com gráficos dinâmicos com dados estratificados da pesquisa.

Vamos analisá-los um a um. Publicamos primeiro o gráfico, em seguida fazemos comentários acerca dos números apresentados.

No geral, houve aumento da vantagem de Bolsonaro sobre o adversário, de 16 para 18 pontos. O placar ficou em 59% X 41%.

Entre homens, a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad, que era de 26 pontos, cresceu para 30 pontos: 65% X 35%.

Bolsonaro também ampliou sua vantagem em relação a Haddad junto ao eleitorado feminino, de 4 para 6 pontos.

Entre mais jovens, Bolsonaro abriu vantagem de 10 pontos.

A vantagem de Bolsonaro é maior entre pessoas mais velhas, 26 pontos.

Como se vê nos gráficos acima, Haddad ainda tem vantagem sobre Bolsonaro junto aos eleitores com baixa escolaridade (até ensino fundamental), mas o candidato do PSL também cresceu nesse segmento. O placar agora está em Haddad 52% X 48% Bolsonaro.

Entre os eleitores com ensino médio, a vantagem de Bolsonaro é de 26 pontos; entre aqueles com ensino superior, de 30 pontos.

Nas estratificações por renda, Haddad mantém vantagem de 6 pontos entre eleitores com renda familiar até 2 salários, mas a partir daí a vantagem de Bolsonaro é massacrante. Entre eleitores com renda familiar entre 2 e 5 salários, Bolsonaro tem 30 pontos de diferença. Observe ainda que, nos segmentos de renda mais alta, Bolsonaro cresceu fortemente na última semana.

Haddad mantém sua vantagem no Nordeste, mas Bolsonaro segue líder isolado em outras regiões, com destaque para Sudeste (65% X 35%). Observe ainda o alto crescimento do deputado no Norte, tradicional reduto lulista, onde Bolsonaro, segundo o Datafolha, abriu 32 pontos de vantagem.

Em cidades com mais de 500 mil habitantes, Bolsonaro oscilou 2 pontos para cima, enquanto Haddad caiu igualmente dois pontos, ficando o placar em 60% X 40%.

A vantagem de Bolsonaro entre evangélicos é massacrante: 71% X 29%.

No estado de São Paulo, a vantagem de Bolsonaro é de 30 pontos: 65% X 35%.

No estado do Rio, o placar está em Bolsonaro 68% X 32% Haddad.

Em Minas, o placar ficou em Bolsonaro 64% X 36% Bolsonaro.

No Distrito Federal, a vantagem de Bolsonaro é de 40 pontos: 70% X 30%.

 

 

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Marcelo Abb

19/10/2018 - 15h23

Valeu PT !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Valeu LULA, GÊNIO DA ESTRATÉGIA POLÍTICA!

Rumo ao fascismo!

João Ferreira Bastos

19/10/2018 - 13h32

já descobertas 156 “empresas” cada uma aportando 12 milhões

1 bilhão 872 milhões oriundos da sonegação

O maior crime eleitoral do mundo

    Paulo

    19/10/2018 - 14h13

    Tem algum documento comprovando o q fala ou é só imaginação sua?

      João Ferreira Bastos

      19/10/2018 - 14h35

      Você passou a campanha toda acreditando que o coiso é uma pessoa honesta (hahahahahahahahaha)
      apesar dos 200 mil da friboi, do assalto ao cofre da ex, dos funcionarios fantasmas, de passagens aereas pagas pelo contribuinte, etc etc etc

      Você pode Jair se acostumando com o maior crime eleitoral do mundo: 1 bilhão 872 milhões, de dinheiro oriundo da sonegação.

      Eu tenho certeza, tu és um otário. Mas ainda é tempo, vote 13

        Serg1o Se7e

        19/10/2018 - 14h53

        Tem algum documento comprovando o q fala ou é só imaginação sua?

Pablo Herrera

19/10/2018 - 13h18

Eita povo burro! Merece o que vem pela frente…

    Pablo Herrera

    19/10/2018 - 13h40

    E quanto mais burro, mais inclinado a votar no nazista, como comprova a extratificação por religião:
    Ateus: 46×54 a favor do Haddad
    Católicos: 54×46 a favor do miliquinho
    Evangélicos: 71×29 a favor do bostonaro
    Faz sentido. Afinal, quem aceita um ditador invisível que flutua no céu não tem problemas em aceitar um ditador visível terrestre.
    “The God of the Old Testament is arguably the most unpleasant character of all fiction: jealous and proud of it; a petty, unjust, unforgiving control freak; a vindictive, bloodthirsty ethnic cleanser; a misogynistic, homophobic, racist, infanticidal, genocidal, filicidal, pestilential, megalomaniacal, sadomasochistic, capriciously malevolent, bully.” – Richard Dawkins
    Notaram alguma sememlhança com o Bostinha?

      Paulo

      19/10/2018 - 14h16

      Tanto q haddad ganha entre os q tem baixa escolaridade, estes são muito inteligentes.

devanir marchioli

19/10/2018 - 13h11

A situação só piora, se der uma olhada na pesquisa da PODER360, a situação e mais desesperadora ainda. E digo mais, se não aparecer uma prova mais concreta das denuncias da Folha com urgência, vai aumentar ainda mais o sentimento antipetista. Aí não teremos uma eleição, e sim um massacre nas urnas

Jadson Dias Correia

19/10/2018 - 12h53

Resumindo, a estratégia deu errado e o PT se lascou.

    Bella

    19/10/2018 - 14h13

    O pai$ $ofre uma guerra hídrida totalmente a$$imétrica via
    mídia e rede$ sociai$.
    Uma agre$$ão criminos$a contra a democracia.

EDGARD FELIX SANTANA

19/10/2018 - 11h37

Miguel, qual foi o Instituto que mais se aproximou do resultado do primeiro turno?

Serg1o Se7e

19/10/2018 - 10h47

De onde surgiu o Bolsonaro?
(por Gustavo Bertoche – Dr. em Filosofia )

De onde surgiu o Bolsonaro?

Desculpem os amigos, mas não é de um “machismo”, de uma “homofobia” ou de um “racismo” do brasileiro. A imensa maioria dos eleitores do candidato do PSL não é machista, racista, homofóbica nem defende a tortura. A maioria deles nem mesmo é bolsonarista.

O Bolsonaro surgiu daqui mesmo, do campo das esquerdas. Surgiu da nossa incapacidade de fazer a necessária autocrítica. Surgiu da recusa em conversar com o outro lado. Surgiu da insistência na ação estratégica em detrimento da ação comunicativa, o que nos levou a demonizar, sem tentar compreender, os que pensam e sentem de modo diferente.

É, inclusive, o que estamos fazendo agora. O meu Facebook e o meu WhatsApp estão cheios de ataques aos “fascistas”, àqueles que têm “mãos cheias de sangue”, que são “machistas”, “homofóbicos”, “racistas”. Só que o eleitor médio do Bolsonaro não é nada disso nem se identifica com essas pechas. As mulheres votaram mais no Bolsonaro do que no Haddad. Os negros votaram mais no Bolsonaro do que no Haddad. Uma quantidade enorme de gays votou no Bolsonaro.

Amigos, estamos errando o alvo. O problema não é o eleitor do Bolsonaro. Somos nós, do grande campo das esquerdas.

O eleitor não votou no Bolsonaro PORQUE ele disse coisas detestáveis. Ele votou no Bolsonaro APESAR disso.

O voto no Bolsonaro, não nos iludamos, não foi o voto na direita: foi o voto anti-esquerda, foi o voto anti-sistema, foi o voto anti-corrupção. Na cabeça de muita gente (aqui e nos EUA, nas últimas eleições), o sistema, a corrupção e a esquerda estão ligados. O voto deles aqui foi o mesmo voto que elegeu o Trump lá. E os pecados da esquerda de lá são os pecados da esquerda daqui.

O Bolsonaro teve os votos que teve porque nós evitamos, a todo custo, olhar para os nossos erros e mudar a forma de fazer política. Ficamos presos a nomes intocáveis, mesmo quando demonstraram sua falibilidade. Adotamos o método mais podre de conquistar maioria no congresso e nas assembleias legislativas, por termos preferido o poder à virtude. Corrompemos a mídia com anúncios de empresas estatais até o ponto em que elas passaram a depender do Estado. E expulsamos, ou levamos ao ostracismo, todas as vozes críticas dentro da esquerda.

O que fizemos com o Cristóvão Buarque?
O que fizemos com o Gabeira?
O que fizemos com a Marina?
O que fizemos com o Hélio Bicudo?
O que fizemos com tantos outros menores do que eles?

Os que não concordavam com a nossa vaca sagrada, os que criticavam os métodos das cúpulas partidárias, foram calados ou tiveram que abandonar a esquerda para continuar tendo voz.

Enquanto isso, enganávamo-nos com os sucessos eleitorais, e nos tornamos um movimento da elite política. Perdemos a capacidade de nos comunicar com o povo, com as classes médias, com o cidadão que trabalha 10h por dia, e passamos a nos iludir com a crença na ideia de que toda mobilização popular deve ser estruturada de cima para baixo.

A própria decisão de lançar o Lula e o Haddad como candidatos mostra que não aprendemos nada com nossos erros – ou, o que é pior, que nem percebemos que estamos errando, e colocamos a culpa nos outros. Onde estão as convenções partidárias lindas dos anos 80? Onde estão as correntes e tendências lançando contra-pré-candidatos? Onde estão os debates internos? Quando foi que o partido passou a ter um dono?

Em suma: as esquerdas envelheceram, enriqueceram e se esqueceram de suas origens.

O que nos restou foi a criação de slogans que repetimos e repetimos até que passamos a acreditar neles. Só que esses slogans não pegam no povo, porque não correspondem ao que o povo vivencia. Não adianta chamar o eleitor do Bolsonaro de racista, quando esse eleitor é negro e decidiu que não vota nunca mais no PT. Não adianta falar que mulher não vota no Bolsonaro para a mulher que decidiu não votar no PT de jeito nenhum.

Não, amigos, o Brasil não tem 47% de machistas, homofóbicos e racistas. Nós chamarmos os eleitores do Bolsonaro disso tudo não vai resolver nada, porque o xingamento não vai pegar. O eleitor médio do cara não é nada disso. Ele só não quer mais que o país seja governado por um partido que tem um dono.

E não, não está havendo uma disputa entre barbárie e civilização. O bárbaro não disputa eleições. (Ah, o Hitler disputou etc. Você já leu o Mein Kampf? Eu já. Está tudo lá, já em 1925. Desculpe, amigo, mas piadas e frases imbecis NÃO SÃO o Mein Kampf. Onde está a sua capacidade hermenêutica?).

Está havendo uma onda Bolsonaro, mas poderia ser uma onda de qualquer outro candidato anti-PT. Eu suspeito que o Bolsonaro só surfa nessa onda sozinho porque é o mais antipetista de todos.

E a culpa dessa onda ter surgido é nossa, exclusivamente nossa. Não somente é nossa, como continuará sendo até que consigamos fazer uma verdadeira autocrítica e trazer de volta para nosso campo (e para os nossos partidos) uma prática verdadeiramente democrática, que é algo que perdemos há mais de vinte anos. Falamos tanto na defesa da democracia, mas não praticamos a democracia em nossa própria casa. Será que nós esquecemos o seu significado e transformamos também a democracia em um mero slogan político, em que o que é nosso é automaticamente democrático e o que é do outro é automaticamente fascista?

É hora de utilizar menos as vísceras e mais o cérebro, amigos. E slogans falam à bile, não à razão.

Serg1o Se7e

19/10/2018 - 10h04

“Bolsonaro também ampliou sua vantagem em relação a Haddad junto ao eleitorado feminino, de 4 para 6 pontos.”

Ué? Mas ele não é o candidato anti-mulher?

“Como se vê nos gráficos acima, Haddad ainda tem vantagem sobre Bolsonaro junto aos eleitores com baixa escolaridade (até ensino fundamental), mas o candidato do PSL também cresceu nesse segmento. O placar agora está em Haddad 52% X 48% Bolsonaro.”

É aqui que o pt está mais perdendo votos – devagar o “povo” vai aprendendo.

Ronaldoxxx

19/10/2018 - 09h12

O mais incrivel e o aumento da vantagem no eleitorado feminino!!

    Oswald Gründorf

    19/10/2018 - 12h13

    Nao é tao incrivel nao, ja que nos governos do PT a violencia contra a mulher, gays e negros quase que triplicou. Além das mulheres terem sido as mais afetadas pelo desemprego na crise da Dilma (2015-2017).

    Por incrivel que pareca, o PT falhou nas áreas em que deveria ser especialistas

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