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Ministério da Agricultura fica responsável por demarcar terra indígena

Na Agência Brasil Processo era feito pela Funai Publicado em 02/01/2019 – 06:37 Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil Brasília Em medida provisória divulgada na noite desta terça-feira (1º), em edição extra do Diário Oficial da União, o governo de Jair Bolsonaro estabelece que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) passará […]

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Índios do Acampamento Terra Livre fazem nova manifestação na Esplanada dos Ministérios José Cruz/AgenciaBrasil

Na Agência Brasil

Processo era feito pela Funai

Publicado em 02/01/2019 – 06:37

Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil Brasília

Em medida provisória divulgada na noite desta terça-feira (1º), em edição extra do Diário Oficial da União, o governo de Jair Bolsonaro estabelece que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) passará a fazer a identificação, a delimitação e a demarcação de terras indígenas.

Um conselho interministerial deve ser criado para tratar do assunto. Até então, o processo ficava a cargo da Fundação Nacional do Índio (Funai). O conselho interministerial deve reunir as pastas da Agricultura, Defesa, Meio Ambiente, Direitos Humanos e Gabinete de Segurança Institucional.

A publicação também transfere do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a pasta a responsabilidade pela regularização de terras quilombolas.

No caso de terras quilombolas, o processo, atualmente, envolve sete etapas, começando pela abertura de um processo no Incra. Na sequência, estudos e relatórios sobre a área reclamada são elaborados, até que um decreto presidencial oficialize a concessão do título de propriedade, se o entendimento for de que a região pertence, de fato, a descendentes de escravos.

Secretaria especial
Em 18 de dezembro, o ministério anunciou uma alteração na estrutura da pasta. A reorganização inclui a criação da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, que, sob o comando do técnico em zootecnia Luiz Antônio Nabhan Garcia, vai tratar da regularização fundiária, incluindo as atividades de identificação e demarcação de terras indígenas e quilombolas, o licenciamento ambiental e as políticas de reforma agrária.

Segundo nota da assessoria da pasta, a execução dessas políticas caberá ao Incra, inclusive relativas a questões indígenas e quilombolas. Já a Funai, que fará parte do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, continuará a atuar nos assuntos ligados aos povos indígenas.

Em nota enviada à Agência Brasil, a Funai destacou que respeita a decisão do novo governo e que continuará a cumprir a missão institucional de proteger e promover os direitos dos povos indígenas.

Matéria atualizada às 10h15 para acréscimo de informação.

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Edição: Talita Cavalcante
Tags: JAIR BOLSONARO TERRAS INDÍGENAS MINISTÉRIO DA AGRICULTURA FUNAI

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Comentários

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José Ricardo Romero

03/01/2019 - 10h26

A índia da foto que ilustra o artigo é fake.

Paulo

02/01/2019 - 20h04

Outro erro conceitual, do mesmo naipe da extinção do Ministério do Trabalho…

Alan Cepile

02/01/2019 - 15h41

“O afrodecendente mais leve lá pesava 7 arrobas, não fazem nada, eu acho que nem pra procriador servem mais”

(Bozo, durante a campanha)

Fernanda Arêdes

02/01/2019 - 15h17

Ministério dos lobos famintos fica responsável pela segurança das ovelhas nutritivas.
É muita bandalheira sendo esfregada na cara do povo brasileiro, que não quer dar o braço a torcer e admitir que nada de bom virá durante esse novo governo.


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